CHICO ANYSIO UMA ANÁLISE CRÍTICA DOS PERSONAGENS

Tipo de documento:Revisão bibliografica

Área de estudo:Comunicações

Documento 1

Aos que de alguma forma contribuíram para minha formação, desde um amigo próximo que começou essa caminhada universitária junto e terminará junto, até aquele que de alguma forma dividiu bons momentos e conhecimentos esporadicamente. RESUMO Este trabalho foi realizado no intuito de descrever a vida e os personagens mais marcantes assim como a trajetória de Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho sendo considerado um dos grandes nomes do humor no Brasil, o trabalho enfoca nos personagens que fazia diversa criticas sociais e política em um tempo de censura onde devido seu talento conseguir expor sua opinião de forma engraçada e conseguindo conquista milhões de pessoas. O estudo foi realizado por meio de revisão bibliográfica e artigos já publicados com diferentes abordagens, e teve como foco principal: Chico Anysio: uma análise crítica dos personagens.

O objetivo do trabalho e realizar uma análise sobre os principais personagens desenvolvidos pelo humorista para a reflexão das injustiças mediante as críticas sociais e políticas. A concluir o trabalho foi identificado que o artista mesmo em meio a tanta dificuldade conseguiu passar sua informação, demonstrando sua visão de mundo, perante a injustiça que havia na sociedade. Political criticism SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 7 1. Justificativa 8 1. Problematização 9 2 OBJETIVOS 9 3 METODOLOGIA 10 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 10 4. O começo 15 4. Inicio no rádio 16 4. Não me trazia nenhuma felicidade esse nocaute que a televisão se preparava para impor ao rádio e muito me desagradou o rádio ter jogado a toalha, entregado a luta (ANYSIO,1992,p. Diante deste contexto, Chico apresentou o seu contato mais criativo para o desenvolvimento humorístico proporcionando ativamente uma formação profissional na televisão.

Isso fora marcada o início da criação de diversas interpretações que proporcionou o advento do humor televisivo e a conquista do carinho da população. Neste sentindo, o humorista protagoniza diversos personagens importantes que foram conhecidas pelo o seu talento (VIANA, 2015). Por outro lado, o humor era uma forma de pensar sobre a realidade política e social do país. Por meio do riso, pode-se constatar que o humor provocava o pensar, revelando os questionamentos referentes as injustiças sociais e as deformações do indivíduo. Por isso, a necessidade de identificar e analisar as características de acordo com a personalidade dos personagens do humorista como forma de refletir sobre as desigualdades sociais um instrumento de denúncia. A partir desta temática, foi estabelecidas perguntas de pesquisa como: • Quais as idéias, de acordo com o referencial bibliográfico, sobre a as características dos personagens do Chico Anysio?; • Como o processo de adequação dos personagens para o desenvolvimento de críticas sociais, econômicas e políticas?; • Quais são os problemas enfrentados no cenário nacional para a existência de tais críticas?; • Quais as formas de reflexão sobre as injustiças sociais de acordo com a situação do país demonstrados pelas críticas dos personagens? 1.

Problematização Dentro dos propósitos desse trabalho, busca-se um aprofundamento de pesquisa em seus aspectos: o humor, a crítica social e política; e a estrutura narratológica dos personagens de Chico Anysio Mantendo o foco deste trabalho, busca-se entender como a crítica política e social foi passada de acordo com a estrutura narrativa por meio dos conteúdos humorísticos pelos principais personagens interpretados por Chico Anysio. Neste sentindo, o desenvolvimento de personagens, mediante ao uso do humor, provocou reflexões para sociedade sobre a situação política e social do país. Os critérios de inclusão priorizará os artigos que tiverem a relação entre o uso da educação física para o processo de inclusão no ambiente escolar. Para tanto, utilizarão os descritores como: “Chico Anysio, Personagens, Crítica Social”.

Os critérios de exclusão incluirá estudos em que demonstram apenas os aspectos históricos referentes a vida e atuação profissional radialista e televisiva do Chico Anysio. Para o cumprir o objetivo deste estudo será feito uma análise dos conceitos e os aspectos relacionados com o desenvolvimento dos papéis, características e falas de personagens interpretados por Chico Anysio que relataram reflexões sobre as mazelas sociais, econômicas e políticas. Além disso, será possível coletar dados bibliográficos, por meio do estudo de Anysio (1992), Bufarah (2009), Viana (2015), (Viana, 2016), sobre as injustiças sociais existentes no cenário nacional para a criação destes personagens 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A temática sobre as criticas sociais e políticas feita através do bom humor de Chico Anysio por meio de diversos personagens, realizado por um veículo de comunicação através quadros humorísticos no período militar, provoca sensação de curiosidade em relação como uma critica bem humorada atuo, nessas condições, em meio a interação social, observando os desejos e perspectivas de transformações naquela realidade política vivida no momento, onde era identificado uma situação muito seria principalmente a nível social.

O mesmo autor defende que existe uma diferença, uma discordância, entre essa coerência assim como da criatividade popular e a da razão. Segundo ele, “deve-se considerá-la, não somente o estudo da comicidade, mas também as reflexões da mesma ordem. È algo como a lógica do sonho: não o sonho ao capricho da fantasia individual, mas sonhado por toda a sociedade” (BERGSON, 1980, p. O cômico tem seu lugar garantido ao abrigar a lógica da complexidade: idéias que parecem incoerentes ou absurdas, o duplo sentido, o erro, a irracionalidade. Ele se caracterizar por colocar-se á margem da sociedade, questionando a estrutura de ordem social, tratando do reprimido, ligando o homem á sua essência e á sua condição (MASETTI, 1998: p. Na mesma concepção Morin (2009), ressalva que de forma progressiva a gradual através da critica realizada pela comicidade a população vai se conscientizando e criando discernimento das desigualdades existentes na sociedade, ocasionado em promover um maior debate, por meio de pautas que são expostas, e como fazer parte dessas mudanças dentro do contexto social na atualidade.

“os meios de comunicação continuam a ser os mesmos, mas estão ‘desviados’ de sua antiga função” (MORIN, 2009, p. Deste modo a percepção de Morin deduzi um maior cumprimento social em relação a mídia e sua influencia na sociedade, quem sabe, maior protagonismo nesse contexto sociocultural. E por meio desse ponto de vista, ele admiti que o humorista Chico Anysio procurou, nessa linha o papel social que a televisão pode exerce, sua afinidade com a população devido a se reconhecer naquelas cenas apresentas pelo autor isso com certeza foi um dos fatores que provocou a ele essa credibilidade onde gerava audiência. Chico Anysio relatava que uma das maiores função dos humoristas além de promover o riso era protesta contra as desigualdades, em uma epoca de instabilidade que o país enfrentava, nessa epoca por meio de “Nico Bondade” ele se expressa de forma sátira para interpreta a situação do Brasileiro que ao passar dos 40 possui grandes dificuldades de se colocar no mercado de trabalho, onde busca emprego constantemente.

Desse modo, foi compreendido com o humorista por meio de sua atuação cômica produziu uma grande interação com seu público, assim como na identidade criada, que possibilitava o surgimento da causa do riso, e na mesma proporção enfatizava nas críticas sociais, condição vista como inadmissível para a sociedade. Para Propp (1992) a questão e abordada e enfatizada no riso. Segundo ele, o riso ocorre no instante em que movemos nossa sapiência dos acontecimentos de natureza espiritual para uma linha exterior de suas manifestações: desse modo ocorre o riso: Entre todos os possíveis aspectos do riso nós escolheremos apenas um, para começar, e este será o riso de zombaria. Justamente este e, confirme foi visto, apenas este aspecto do riso está permanentemente ligado á esfera do cômico.

Basta notar, por exemplo, que todo o vasto campo da sátira baseia-se no riso de zombaria. O humorista era simples e gostava de ser Chamado de Chico, entretanto, reiterava sua opinião em se dar ao luxo de ser o simples Francisco que foi denominado como Chico, posteriormente quando aceitou a proposta do diretor Carlos Manga. Eu sou o único Francisco que só foi Chico quando quis. Todos na minha casa me chamavam de Oliveirinha, porque meu pai era chamado de Oliveira e eu tenho o mesmo nome dele. Desde que entrei para o colégio me chamavam de Anysio e de Anysio eu também era chamado pelos meus contemporâneos do rádio. Na televisão acontecia o mesmo. No corredor, ao sair do palco, recebi abraços de profissionais da Nacional e colegas concorrentes” (ANYSIO, 1992, p.

Neste dia ele ganha o primeiro cachê no valor de cento e cinqüenta réis na epoca utilizado para comprar uma bicicleta para seu irmão Zelito. Após esse primeiro triunfo ele se aprimorou suas técnicas daí em diante ganhou todos os programas de calouros que participou. Chegando a alguns programas não aceita-lo mais. Nesse momento e se sentiu confiante e foi para São Paulo onde se destacou em um programa chamado A Hora do Pato, onde seu apresentador Jorge Cury fazia diversos elogios. Dobraram o meu salário. Não por imposição ou pedido, mas por reconhecimento. Devia fazer direitinho as coisas que me davam a fazer. Eles não sabiam que os quatrocentos mil-réis estavam de bom tamanho. Quando eu recebia meu pagamento sempre pensava: e eles ainda me pagam, Senhor! (ANYSIO, 1992, p.

Renato Aragão entre outros tantos. Para alguns estudiosos relatam que Chico considera como maior influência na Carrera dele o Humorista José Vasconcellos, um artista que prestigiado que inspirou sou carreira. Outro humorista bastante conhecido e que também faz parte de sua historia foi Grande Othelo considerado um professor e um amigo por Chico. Na parte da direção em sua Biografia Chico ressaltava a grande importância de Boni para a comunicação, onde Chico referia como sendo: “Não existe, no mundo inteiro, ninguém que entenda de televisão mais que o Boni. A rapidez de raciocínio, o faro do sucesso, a mão de comando, a justiça das decisões, a imparcialidade, o talento, a palavra certa na hora exata, tudo nele funciona com um Rolex” (ANYSIO, 1992, p.

A comicidade ia muito bem, sendo considerado o principal produto do TV Rio na epoca consolidando como um programa que conquistava o carinho da população brasileira: Foi uma época deslumbrante para o humor. Tudo deu certo na TV Rio. Noites Cariocas tinha índices de Ibopes acima de sessenta pontos percentuais e oitenta por cento dos personagens conseguiram sucesso total. A nata do humor brasileiro fazia parte do elenco da TV Rio, porque além dos humoristas cariocas (a maioria) ainda contávamos com o que havia de melhor em São Paulo, como Maria Tereza, Murilo Amorim Correira, Renato Corte Real e toda a Praça da Alegria, comandada pelo talento, elegância e simpatia de Manoel da Nóbrega. A Praça cobria as noites das terças-feiras, fazendo explodir este fenômeno que Ronald Golias e lançava no mundo do riso Moacyr Franco (ANYSIO, 1992, p.

Outro personagem que também fazia uma critica social criado por Chico foi Salomé como o bordão “Barbaridade” grande sucesso que tinha em especial em sua criação o fato de diálogo com o então presidente do regime militar João Figueiredo, quebrando diversas barreiras e sendo conhecido por ridicularizar o então chefe da nação. Mas a frete, foi criado o Justo Veríssimo: com o bordão “quero que pobre se exploda” Chico fazia uma critica política devido a corrupção existente que ate nos dias de hoje arrasa o país, por personagem que sempre busca tirar vantagens de tudo além de demonstra seu preconceito principalmente em relação à pobre. Chico lembra que durante seu programa tinha um alcance tão impactante que chegava a dar 98% de audiência, de ibope essa dado foi marcado durante uma transmissão da TV Itacolomy, seu programa chegou a vencer três prêmios no ano de sua estréia: Devido o grande sucesso seu programa virou shows indo para todo o país.

“A televisão é uma vitrine indispensável a quem quer fazer esse tipo de trabalho e eu tinha essa vitrine. Os shows foram de muito sucesso. Tudo acontecia ali, defronte á emissora, e o jornalismo não gravava nada, não perguntava, não fuçava, omitia-se, apenas. Eu e o Léo Batista vimos, da janela da TV, o então coronel Montanha tomar sozinho o Forte de Copacabana. Ele inventou um nome: você está contra ou a favor do Fulano? Como, perguntou o soldado. Me dá esse fuzil. E assim foi tomando os fuzis e os revólveres de todos e os jogando para um canto, sempre com a pergunta: você está contra ou a favor do Fulano? Nem Clint Eastwood seria capaz daquela façanha. Em sues textos Chico reiterava que busca um viés nacionalista, entretanto para os militares isso era interpretado como comunista.

Ressaltava que suas piadas eram direcionadas para norte-americanos, devido quando chegava no país se alimentava de graça, isso provoca grande indignação em Chico. Seu cunhado era secretario de Saúde e chegou a avisar Chico que estava monitorado pelo regime militar e deveria toma cuidado se possível desaparecer por uns tempos. Porém, Chico refutava e preferiu continua. Em um belo dia chegará em sua porta dois Militares, onde perguntou será era Chico Anysio e por mais assustador que seja convidou para comparecer ao Agulhas Negras, contudo era apenas para se apresentar: “Fiz dois shows. ANYSIO, 1992, p. Em meio ao cenário estabelecido pelo regime militar Chico Anysio pediu demissão da TV Rio e vai para TV Excelsior, mesmo triste por deixar o grande amigo Walter Clark, logo após ele deixou o canal e volta para a TV Tupi do Rio.

No ano de 1969 Chico Anysio entre na rede globo onde durou até o fim de sua vida. Viveu grande parte de seu sucesso sobre um regime de censura que limita fala de que realmente sentia, expressava apenas pelos seus personagens, onde podia demonstra o que estava sentindo, por meio de seu programa que na década de 1980 conseguia autos índices de audiência, e conseguiu enfrentar todo o período até a redemocratização do país. “Creio que as crianças gostavam do meu trabalho pelo visual de cada tipo, mas não acredito que nenhuma delas entendesse o que era falado, já que meu humor sempre procurou fazer crítico social. “Tirar do humor o direito da crítica é amputar-lhe os dois braços. Trabalhamos amputados muitos anos, mas realizamos um trabalho bonito e muito simpático” (ANYSIO, 1992, p.

Mesmo com tanta repressão Chico Anysio conseguiu leva seu programa ao primeiro lugar de audiência nesses anos de ditadura, ainda foi capaz de realizar diversas criticas e se manter em evidencia por mais que tivesse varias limitações exigidas pelo regime militar. O texto feito de forma bem estruturada do humor e visto como algo inerente para conquista o sucesso. Para Chico Haroldo Barbosa era visto como um gênio, criava de forma excepcional, sendo considerado uma dos profissionais que tinha muita relevância naquele mundo artístico. Já havia muitos no meu show. Mas, não poderia ser exibido na TV” (ANYSIO, 1992, p. Chico narra que ao se encontrar com Dercy Gonçalves em um show na cidade de Santos em São Paulo logo após o ocorrido em Belém.

Ele relembrou o fato com ela, e da forma dela Souto: ‘se proibiram o teu show. puta que pariu. Chegaram um censor do Governo por nome de Anésio, e tentando mostrar sua autoridade vetou 4 quadros que havia em seu show, naquela situação era proibido de fazer qualquer reclamação, entretanto Chico sentiu ofendido e decidiu que sem aqueles monólogos não iria realizar o show. Até porque o show já tinha sido aprovado em outras regiões do país como São Paulo. Diante dessa decisão ele avisou sua platéia que iria ocorre o show. “Liguei para Brasília e comuniquei o acontecido ao Dr. Rogério. Criador de personagem como o Professor Raymundo Haroldo Barbosa deu liberdade para Chico usar de forma que queria seus personagens.

Figura: Professor Raimundo: "E o salário, ó" Fonte: Globo (2017) Chico relata com muito orgulho que a personagem Salomé, uma senhora refinada, foi idealizada principalmente para conversa com o maior chefe da nação, O então presidente João Batista Figueiredo: Figura: Salomé: "Barbaridade" Fonte: Globo (2017) Já o personagem Justo Veríssimo, nasce uma conversa com Agnaldo Timóteo na epoca Deputado que ao encontrar Chico relatava que na ocasião ao adentrar no congresso não havia sequer 8 políticos que tinha preocupação como o povo, além de outra conversa que teve com o Cantor Alceu Valença onde ele também dizia que outro político além de não pensar no país ele ainda não suportava pobre, nem sequer que pobre chegasse próximo dele dizendo “Na campanha vale tudo, depois de eleito, muda tudo, sou pior do Hitler, não quero pobre perto de mim”.

Figura: Justo Veríssimo: "Quero que pobre se exploda" Fonte: Globo (2017) Entre outros diversos personagens que fizeram com que Chico se torna-se uma referencia do humor, buscando basear sempre na vida, no cotidiano da sociedade de forma geral. Personagens esses que ficaram no imaginário da sociedade Chico Anysio lembra de um questionamento que era sempre recorrente sobre a inspiração para criar personagens, onde dizia que dependia muito, de diversos aspectos, e o principal era o mundo. Ou seja, sua inspiração vinha do ambiente social que ele viva, do que ocorreria nas ruas, no futebol, na política, na própria televisão, enfim para ele “o mundo era a inspiração”. REFERENCIAS ANYSIO, Chico. Sou Francisco – Rio de Janeiro: Rocco, 1992. ATTUCH, L. Chico, um gênio esquecido. Revista Isto É, Ed.

Tradução por Zahar Editores, 1983. BUFARAH, A. Chico Anysio: um radialista polivalente. Revista de História da Mídia, v. n. Sulina, 2007. MASETTI, Morgana. Soluções de Palhaços: transformações na realidade hospitalar. São Paulo: Palas Athena, 1998. MORIN, Edgar. O que é Semiótica. São Paulo, SP: Brasiliense, 1988. SOUSA, Rainer Gonçalves. Ernesto Geisel"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola. VIANA, C. Do riso à crítica social. Disponível em: https://www. chicoviana. com/riso-critica-social-chico-anysio/.

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