Competitividade internacional da indústria brasileira

Tipo de documento:Análise

Área de estudo:Economia

Documento 1

A partir desse período, muitas montadoras vieram para o Brasil assim como outras que produziam insumos para estas. Furtado (2003), ao analisar a indústria recente, argumenta que a premissa para a expansão econômica seria a consolidação de setor exportador no mercado além do progresso técnico. O desenvolvimento econômico por meio do fortalecimento e aperfeiçoamento da estrutura exportadora se inicia com certo grau de dependência do setor externo como agente dinâmico de crescimento. Contudo, à medida que o setor industrial se aprimora, essa dependência se reduz. A globalização conduz as empresas a um cenário de alta competitividade, e alcançar estes mercados em nível global configura-se como condição indispensável para a sobrevivência das empresas. Há ainda outros autores que se dedicaram ao tema da importância da indústria para o desenvolvimento e especialmente desenvolvendo hipóteses para a melhoria da competitividade destas no setor externo.

Tais autores apontam diversas questões, sobretudo de caráter macroeconômico tais como redução da taxa de juros, políticas fiscais e de câmbio, além de questões ligadas às estratégias empresariais que incluem, por exemplo, otimização da produção, reduções de custos, preferências por determinadas regiões. Assim, os próximos tópicos apresentam breves conceitos de teorias do desenvolvimento, o comportamento da indústria brasileira no cenário internacional e estratégias para a melhoria da competitividade da indústria brasileira. Teorias de crescimento e desenvolvimento Hirschman (1958) aponta a indústria como setor com elevado nível de encadeamento, de modo que possui maiores chances de alavancar outros setores e criar cadeias produtivas ao seu redor, em um processo que o autor chama de teoria do crescimento sequencial.

Para o autor, a questão da baixa produtividade e competitividade de certas indústrias está ligada não especificamente à escassez dos recursos, mas pela incapacidade das empresas de utilizar esses recursos de forma dinâmica, além da ausência de investimento. Em contrapartida, há outro grupo de teóricos que estabelece o crescimento não é razão suficiente para o desenvolvimento, uma vez que há países em que as taxas de crescimento econômico não se traduzem em desenvolvimento (HIRSCHMAN, 1958), (MYRDAL 1997). Isto posto, depreende-se que a concepção de desenvolvimento e crescimento econômico não é absoluta. Alguns autores tratam crescimento e desenvolvimento com o mesmo conceito, ao passo que outros distinguem suas características e as razões para a melhoria das economias. De todo modo, a ideia de que o desenvolvimento não ocorre de forma semelhante mesmo que sob as mesmas características e fatores de produção é evidente.

Estratégias para a melhoria da competitividade da indústria brasileira A melhoria da competitividade da indústria depende de uma série de fatores internos e externos ao setor. Trennepohl (2010), esclarece que a teoria de North é pouco compreendida, uma vez que este não defende a manutenção do modelo primário-exportador: “[. a teoria de North esclarece que o esforço produtivo realizado pelo setor exportador para atender uma demanda remuneradora gera efeitos positivos sobre os demais setores da economia local ao ampliar a demanda por produtos e serviços ou por viabilizar os investimentos em infraestrutura de produção ou de comercialização com uso compartilhado. Portanto, a busca de uma oportunidade do mercado externo e a especialização produtiva num setor exportador não se constitui em objetivo, mas em estratégia econômica para a ampliação do mercado interno e o desenvolvimento das forças produtivas na região (p.

” A expansão e diversificação das exportações de produtos nacionais são elementos importantes para melhoria do balanço de pagamentos, principalmente em um cenário de elevado índice de importações. Estes setores carecem de políticas de financiamento de longo prazo, sobretudo nos setores em que há maiores chances de expansão no mercado. Gil (2008) indica que a pesquisa exploratória proporciona mais familiaridade com o objeto de estudo. O método da pesquisa descritiva é baseado em identificar as características da população estudada e pode ocorrer por meio da coleta de dados – como é o caso desta pesquisa – ou também por meio de questionários. Normalmente o objetivo é identificar a frequência de ocorrência de um evento e a relação deste com outras variáveis.

Quanto aos procedimentos, é considerada uma pesquisa bibliográfica, documental e de levantamento de dados. Na pesquisa documental, os materiais já elaborados tais como livros, periódicos, artigos, ou seja, o pesquisador toma como base trabalhos já publicados. pdf> Acesso em 27 ago 2018. FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2003. Metodologia da pesquisa em ciências sociais: um tratamento conceitual. São Paulo: EPU, 1979. MDIC. Estatísticas de Comercio Exterior. Rio de Janeiro: Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior – MDIC, set 2018. gov. br/index. php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior> Acesso em: 30 set 2018. MYRDAL, Gunnar. ASPECTOS POLÍTICOS DA TEORIA ECONÔMICA. Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Atlas, 1997. SUZIGAN, W. Experiência Histórica de Política Industrial no Brasil. Instituto de Economia/UNICAMP, 1995.

Economia Micro e Macro. ª ed. São Paulo: Atlas, 2011. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. São Paulo: Atlas, 2001. OLIVEIRA, C. S. Metodologia científica, planejamento e técnicas de pesquisa. São Paulo: LTr , 2000.

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