Conclusão de dissertação Quantitativo

Tipo de documento:Dissertação de Mestrado

Área de estudo:Tecnologia da informação

Documento 1

Ao analisar os principais fatores que corroboram com a inovação, a partir dos dados da ALETI, as amostras foram identificadas com base nos fatores de aprendizado "investigativo", "transformativo" e "exploratório". Tais fatores se referem à "base de conhecimento", tanto em diversidade como em profundidade de conhecimentos práticos e formais em TI. A hipótese H1, que busca investigar a possível influência positiva que a "base de conhecimento" exerce no "aprendizado investigativo" a fim de fomentar a inovação na empresa não pode ser totalmente confirmada com base na literatura, visto que embora sua importância é indiscutível, segundo muitos autores, como Carlo et al. a), que assinalam que a habilidade da MPE de software de identificar, adquirir, integrar e explorar os conhecimentos relacionados ao processo de desenvolvimento de software para fins comerciais define sua capacidade absortiva na assimilação de inovações tecnológicas, os mesmos autores ressaltam que ainda, serem escassos os estudos sobre como a capacidade absortiva influencia o processo de inovação em TI e, quanto à isso, convergem Roberts et al.

A hipótese H2, por sua vez, que busca testar a influência da "rede de relacionamento" no "aprendizado investigativo", confirma a linha de pensamento de Bengtsson e Kock (2000), bem como Cândido e Sousa (2017) que afirmam que empresas inovadoras estão envolvidas em uma rede de relacionamento, onde diferentes atores podem participar em uma construção coletiva. Sobre isso, Caloffi et al. e Davis (2016) lembram que nesse ambiente caracterizado pela alta competitividade ao mesmo tempo em que há limitação de recursos, diferentes MPEs têm buscado a colaboração como forma de complementar o conhecimento e criar inovações. Quanto à aceitação da hipótese H3, este estudo proporcionou o nível de 1% de significância, ou seja, o "aprendizado investigativo" influencia o "aprendizado transformativo", exibindo portanto, correlação entre os dois fatores, ainda que de forma parcial ou moderada.

Conforme sugere a hipótese H4, o "aprendizado transformativo" tende a influenciar positivamente a inovação. Os testes realizados reforçaram a importância de se disponibilizar recursos financeiros e humanos para a inovação, assim como promover o aprendizado transformativo. Tais fatores, vão de encontro à verificação da hipótese H6, que se refere à "diversidade de equipes", ou seja, o capital humano da empresa, e o quanto essa diversidade influencia positivamente à inovação. Sobre isso, na construção da presente pesquisa, observou-se, que diferentes estudos demonstram que a diversidade é um fator que aumenta a inovação devido à variedade de ideias e perspectivas que tal diversidade de profissionais pode proporcionar. Nesse sentido, Owenz (2012) afirma que no processo de troca de ideias, é possível surgir mais soluções para os problemas identificados.

Quanto á confirmação ou refutação da hipótese H6, o resultado se mostrou dúbio, visto que a amostra da ALETI, quanto aos indicadores "recursos humanos" e "recursos investidos em capacitação" demonstrou que as MPEs desenvolvedoras de software têm no máximo 7 (sete) profissionais de TI, 3 (três) voltado à negócios e no máximo 2 (dois) profissionais de marketing, revelando, ainda, que a média investida em capacitação entre essas empresas é de 3% sobre o faturamento. Ao aplicar o modelo de regressão, evidenciou-se estatisticamente, que o investimento em capacitação influencia negativamente a inovação ao nível de 10% de significância, o que pode-se sugerir que o investimento reduzido limita a capacidade inovadora da empresa ou ainda, conforme apontam Mussi e Spuldaro (2008), que a especialização excessiva dos recursos humanos, podem significar barreiras à inovação.

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