Cooperativismo Agroindustrial no sudoeste do Paraná

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Sociologia

Documento 1

Tem como objetivo também deixar esta investigação para servir de base aos pesquisadores que pretendam investigar a temática apresentada. A pergunta norteadora a ser respondida nesta investigação é se o sistema de cooperativa apesar do seu dualismo compre a missão a qual se destina. O trabalho será dividido em duas partes: Na parte A da investigação iremos conhecer a categoria trabalho e sua mudança de significado através dos séculos. Vamos pensar o movimento humano no sentido de deslocamento, ocupação do território e expansão das fronteiras. No item b da primeira parte da investigação abordaremos o sistema capitalista e suas mazelas, os ciclos capitalistas, o conceito de mais-valia e de capitalização do campo. Olhando para a citação de Bueno podemos deslumbrar os séculos transcorridos para efetuar uma mudança numa categoria tão importante e fundamental para a existência da vida e da comunidade.

Como pode mudar tanto uma concepção do ato de trabalhar? De uma ação de tortura o trabalho passa a ser considerado uma maneira nobre de viver, o sustento a partir do suor e do esforço o entendimento desta mudança vai nos ocupar esta parte inicial da instigação com a intenção de compreendemos visões diferente sobre esta categoria. Na literatura Marxista a divisão das tarefas e a mais-valia traçam o perfil do trabalho e principalmente do grau de exploração e/ou conscientização que se encontra uma sociedade. Conforme se modifica o modo de produção da existência humana, portanto o modo como o ser humano trabalha, mudam as formas pelas quais os homens existem. É possível detectar, ao longo da história, diferentes modos de produção da existência humana que passam pelo modo comunitário, o comunismo primitivo; o modo de produção asiático; o modo de produção antigo, ou escravista; o modo de produção feudal, com base no trabalho do servo que cultiva a terra, propriedade privada do senhor; e o modo de produção capitalista, em que os trabalhadores produzem com meios de produção que não são deles.

O homem, no exercício do trabalho, sofre ao vacilar sob um fardo. O fardo pode ser invisível, pois, na verdade, é o fardo social da falta de independência e de liberdade. KURZ, 1997, p. Em nossas leituras encontramos certo padrão nas diversas sociedades investigadas, a distribuição das tarefas no mundo rural está quase sempre relacionada com a religião patriarcal e com o lugar “concedido” ao gênero feminino vigente no mundo ocidental, principalmente no mundo rural, como veremos mais adiante. Por hora nos é suficiente saber que as tarefas sempre foram divididas de forma diferenciada, comportamento que motivou homens e mulheres a buscar outras fronteiras migrando ou imigrando para outros espaços e territórios. A referência aos valores gregos se faz necessários a Grécia e necessária, pois os europeus responsáveis pela disseminação do modo capitalista de produção se consideram herdeiros da cultura grega.

No entanto, por razoes que vamos explorar mais adiante, principalmente por razões religiosas o sentido do trabalho foi mudando. No final da Idade Média, expressava-se o trabalho com o sentido positivo que passou a incorporar: era encarado como uma ação autocriadora, e o homem, em seu trabalho, como senhor de si e da natureza. Deu-se valorização positiva ao trabalho, considerado, então, como um espaço de aplicação das capacidades humanas. Acompanhava-o a noção de empenho, que é o esforço para atingir determinado objetivo. No próximo subitem vamos analisar a mais valia e como a religião solidificou os valores patriarcais e, portanto a submissão da mulher, inclusive a tarefas menos qualificadas. B - O sistema capitalista e suas mazelas. Indivíduo nenhum e nenhuma forma concebível de sociedade hoje ou no futuro podem evitar as determinações e o correspondente fardo do tempo histórico, bem com a responsabilidade que necessariamente emerge de ambos.

Em termos gerais, talvez a maior acusação contra nossa ordem social dada é que ela degrada o fardo insecável do tempo histórico significativo- o tempo de vida tanto dos indivíduos como da humanidade- à tirania do imperativo do tempo reificado do capital. Sem levar em conta as consequências (Mészáros, 2007, p. A primeira grandeza determina seu valor-de-troca, a segunda constitui seu valor-de-uso. Por ser necessário meio dia de trabalho para a manutenção do trabalhador durante 24 horas, não se infira que este está impedido de trabalhar uma jornada inteira. O valor da força de trabalho e o valor que ela cria no processo de trabalho são, portanto duas magnitudes distintas (MARX, 1980, p. Neste ponto da investigação usamos autores da sociologia marxista para explicar temas pertinentes à questão agrária, conceito que desde o começo da nossa história trás em cima uma problemática histórica e difícil de ser solucionada.

A ocupação da terra voltada para o latifúndio deixou uma herança de mazelas e pobreza no campo. O sistema capitalista da época contemporânea como um todo interfere nas relações sociais e econômicas das comunidades. A manutenção deste sistema depende muito dos grupos no poder e das decisões de quais segmentos serão apoiados ou não para o apoio as decisões que interessam ao governo O capital, como um sistema orgânico global, garante sua dominação, nos últimos três séculos, como produção generalizada de mercadorias através da redução e degradação dos seres humanos ao status de meros “custos de produção” como “força de trabalho necessária”, o capital pode tratar o trabalho vivo homogêneo como nada mais do que uma “mercadoria comercializável”, da mesma forma que qualquer outra, sujeitando-a às determinações desumanizadoras da compulsão econômica (Mészáros, 2015, p.

Mézaros nos diz fala que o efeito destes estágios capitalistas tem conseqüências nefastas para uma humanidade inteira. No momento afrontado com o desperdício, com o fantasma do desemprego e do e desmoronamento das possibilidades de vida. Podemos ver que este século diferente dos valores da antiguidade tanto no que se refere a trabalho braçal como intelectual a uma troca incessante de mão de obra. No estado do Paraná as cooperativas agropecuárias tiveram um papel fundamental no processo de modernização da agricultura, levando os produtores associados às mesmas a aderirem rapidamente às inovações tecnológicas, especialmente ao pacote tecnológico da soja, atuando como centros propagadores da mesma modernização (Jadardo, 2016, página. As ações governamentais, as empresas colonizadoras e são grandes atores nesse cenário, onde aconteceu à expansão do cooperativismo agroindustrial no sudoeste do Estado do Paraná, uma direção pensada e orientada para a importância do agronegócio na economia regional.

A expansão do agronegócio obedece a regras rígidas onde ciclos políticos e a própria expansão ou refração do capital influem. Alem dos fatores específicos referidos acima temos de considerar que a expansão das fronteiras é um comportamento humano a procura de novas terras, alimentação mais farta e de uma vida menos difícil. Assim a ocupação do oeste paranaense tem de ser explicado pela necessidade de expansão do momento característico das forças capitalistas, pela necessidade de apoio do grupo que ocupava o poder, mas também pelo fator humano de eterna busca de melhorias sociais e econômicas. A economia estava integrada ao mercado nacional, havia disponibilidade de terras excelentes e existia um nível razoável de acumulação entre os produtores de café (FLEISHFRESSER, 1988, p.

É na década de 1970 que tem início a instalação de grandes unidades industriais com o setor agroalimentar ocupando a liderança no conjunto da economia paranaense (Jadardo, 2016, p. Vejamos um pequeno histórico do cooperativismo no Brasil e no mundo: O Dia Mundial do Cooperativismo foi instituído em 1923, no Congresso da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). Em 1995, a Organização das Nações Unidas (ONU) também passou a comemorar a data, reconhecendo que as cooperativas desempenham um importante papel no desenvolvimento econômico, social e cultural das comunidades. Em 2 de dezembro de 1969 foi criada a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e no ano seguinte, a entidade foi registrada em cartório. Depois dela, surgiram outras cooperativas em Minas e também nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul (Fonte: OCB).

No Paraná, os primeiros movimentos marcados pela cooperação surgiram no ano de 1829, com a chegada do primeiro grupo de 248 imigrantes alemães que fundaram a Colônia Rio Negro, hoje município. Entre as experiências mais importantes realizadas no terreno cooperativo destaca-se a da "Colônia Cecília", em 1890, no município de Palmeira, no Paraná, idealizada pelo agrônomo Giovanni Rossi, líder do grupo de italianos chamados de "anarquistas". Seguiram-se vários outros movimentos de cooperação, como por exemplo: a fundação, em 1906, da Associação Beneficente 26 de Outubro, por ferroviários de Ponta Grossa, a qual se transformou em Cooperativa Mista 26 de Outubro, mais tarde; em 1909, indústrias madeireiras se reúnem e fundam a Cooperativa Florestal Paranaense; a fundação da Colônia Muricy com a constituição em 1912, da Sociedade Agrícola Polonesa, transformada em Cooperativa Mista Agropecuária São José Ltda, em 1945 (RITZMANN, 2016).

O autor ainda nos fala que Sob a liderança do ferroviário ucraniano Valentin Cuts, surgiram outros movimentos cooperativistas, como a Sociedade Cooperativa Svitlo (luz) em Carazinho, União da Vitória, em janeiro de 1920, e a Cooperativa Agrária de Consumo de Responsabilidade Ltda, "Liberdade", em Vera Guarani, município de Paulo Frontin, surgida no ano de 1930. Com as famílias crescendo, não havia espaço para todos, deixando os camponeses sulistas com a opção de ir par a cidade ou migrar pra outro estado em busca de terra. Vemos aqui mais uma vez o movimento de ocupação/esgotamento do espaço que obriga o homem a se movimentar sobre pena de cair em condições de pobreza e falta de oportunidade. Vale ressaltar que a ocupação do Paraná acontece através de três fronteiras de expansão e o Sudoeste é uma das últimas áreas ocupadas e colonizadas efetivamente a partir de 1940.

Para Feres (1990), na década de 1960, os três fluxos de expansão encontram-se e interpenetram-se: a Fronteira Tradicional de Paranaguá e Curitiba, através de sua pecuária nos campos, exploração do mate e dos pinhais, caracterizando o latifúndio pecuarista; a Frente do Café, ao norte1 do estado, como latifúndio monocultor de exportação e a Frente Colonial do Sudoeste com suas pequenas propriedades policultoras para o mercado interno. SINHORINI, 2007, p. Em Julho de 2012 é sancionada a Lei Nº 12. que “Dispõe sobre a organização e o funcionamento das Cooperativas de Trabalho; institui o Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho – PRONACOOP” e as cooperativas de trabalho são regulamentadas por esta lei. O Art. ° desta lei considerava uma cooperativa de trabalho “a sociedade constituída por trabalhadores para o exercício de suas atividades laborativas ou profissionais com proveito comum, autonomia e autogestão para obterem melhor qualificação, renda, situação socioeconômica e condições gerais de trabalho”.

A Lei também coloca em seu Art. associados. No Paraná, o sistema cooperativista responde por 16,5% do Produto Interno Bruto do Estado e 55% do PIB agropecuário (COAMO, 2008, ed. Parte significativa da população economicamente ativa do sudoeste do Estado do Paraná atua em atividades direta ou indiretamente relacionadas às cooperativas rurais. Em entrevista à Rádio Paraná Cooperativo em setembro de 2018, o presidente da Cooperativa Agrária disse que “apesar dos pesares, os investimentos não podem parar”. foi um ano difícil para a nação, com uma eleição conturbada e o país em crise econômica. Para a analise da expansão expansão do cooperativismo agroindustrial no sudoeste do Estado do Paraná e a importância do agronegócio na economia regional foram utilizados os seguintes autores Lia Osório Machado,Sigrid Ritzmann, Letícia Risso Casagrande, José Marcos Shinhorini e Sergio Jadardo entre outros.

Serão analisados os artigos de Periódicos, sites de notícias e Periódicos online contendo informações sobre o assunto e pesquisa em legislação correspondente. Para pensar a estrutura do artigo, utilizei a obra de Maria Cecília de Souza Minayo (et al):Pesquisa Social – Teoria, método e criatividade. A legislação estudada foram as Leis 5. de Julho de 1971 e 12. Sendo necessária a implantação de cooperativas para serem guias do agro negócio e do escoamento da produção. Analisamos o dualismo do sistema de cooperativas. Havia e há na continuação ou não na existência das cooperativas; muitos interesses dos grupos políticos e econômicos nelas envolvidos. Este foi o caminho percorrido numa investigação que precisaria de mais espaço para ser desenvolvida e que pretendo em outra oportunidade retomar.

Respondendo nossa questão norteadora se o sistema de cooperativa apesar do seu dualismo compre a missão a qual se destina. Editora Martin Claret, 2001: São Paulo BEN, Marilucia; Schlosser, Marli Terezinha Szumilo. A TERRITORIALIZAÇÃO DO COOPERATIVISMO EMPRESARIAL NO OESTE PARANAENSE. Revista Pegada – vol. n. dezembro/2012. gov. br/ccivil_03/leis/L5764. htm> BRASIL. LEI Nº 12. DE 19 DE JULHO DE 2012. São Paulo: Lisa, 1988. Carcanholo, Marcelo Dias. CONTEÚDO E FORMA DA CRISE ATUAL DO CAPITALISMO: LÓGICA, CONTRADIÇÕES E POSSIBILIDADES. Crítica e Sociedade: revista de cultura política. v. html> Jadardo, Sergio. A ação das cooperativas agropecuárias na modernização da agricultura no estado do Paraná. Brasil, 2016. Disponível em <https://pt. scribd. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1980. Mészáros, István. A Crise estrutural do Capital.

Disponível em http://outubrorevista. com. RITZMANN, Sigrid U. L. O COOPERATIVISMO NO PARANÁ E O SISTEMA OCEPAR. Publicado em 2016. Disponível em <http://www.   Mar.   Disponível em http://www. scielo. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462003000100010&lng=en&nrm=iso SINHORINI, José Marcos. pdf ANEXOS Anexo I – Referências Jornais GAZETA MERCANTIL. Américaeconômica. Ediçãoanual, 1995/96. GAZETA MERCANTIL. Américaeconômica. GAZETA MERCANTIL. BalançoAnual. Ediçãoanual, 1990. GAZETA MERCANTIL. BalançoAnual. GAZETA MERCANTIL. BalançoAnual. Ediçãoanual, 1999. GAZETA MERCANTIL. BalançoAnual. GAZETA MERCANTIL. BalançoAnual. Ediçãoanual, 2008. GAZETA MERCANTIL. maioresempresas da América Latina. portfolioweb. kit. net/ocb2003/gerencias/tecnica/siterecoop. html>Acessoemabril de2012. OCB. Relatório de Atividades 2007. Disponívelem <http://www. brasilcooperativo. coop. br/GERENCIADOR/ba/arquivos/relatorio_atividades_2007. Disponívelem <http://www. brasilcooperativo. coop. br/GERENCIADOR/ba/arquivos/relatorio_ocb_2009_web.

pdf>Acessoemmarço de 2012. OCEPAR. Revista Paraná Cooperativo. Edição especial, nº 76, nov. dez. de 2011.

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