CRISES DE ESTADO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Direito

Documento 1

Não obstante, a análise da crise de 2008 se faz necessária, a fim de que reste evidenciado de que forma o estado pode causar danos a economia e a sociedade em geral se interferir da maneira indevida no âmbito privado. Da Formação do Estado Moderno A priori, pode-se afirmar que a noção de estado, como conhecemos nos dias de hoje, surge da análise da ciência política e da filosofia moderna, a partir de meados do século XVI. Entretanto, isso não implica, necessariamente, na completa ausência de organização estatal em um momento anterior da história. Nesse sentido, para Aristóteles, “o homem é naturalmente um ser sociável e político”. Assim, a formação e a organização do Estado também decorrem, sobretudo, de uma intenção natural do homem em se organizar e socializar, de maneira que envolva o maior número de pessoas possível.

Na sua ótica, o homem deriva do estado de natureza, segundo defende Hobbes. Entretanto, sente a necessidade de viver em sociedade e precisa que o estado civil intervenha para garantir a segurança das suas relações interpessoais. Em suma, dentro dessas visões antagônicas dos filósofos supracitados, surge a ideia de contrato social, no qual duas pessoas pactuam algo e o estado surge como guardião para que tudo seja cumprido da forma correta e justa, administrando os indivíduos sob a sua tutela. Assim, a célula embrionária da estrutura estatal contemporânea é a formação do contrato social, tendo na figura do estado um guardião das relações interpessoais e de suas consequências para a sociedade em geral. Das Crises de Estado Segundo BOBBIO1, “por crise do Estado entende-se, da parte dos escritores conservadores, crise do Estado democrático, que não consegue mais fazer frente às demandas provenientes da sociedade e por ele mesmo provocadas; da parte dos pensadores socialistas ou marxistas, crise do Estado capitalista que, não consegue mais dominar o poder dos grandes grupos de interesse em concorrência entre si”.

Referidos bancos estatais receberam o nome de Fenny Mae e o Freddie Mac, os quais utilizavam do dinheiro público para refinanciar as hipotecas privadas dos cidadãos. Mais à frente, para a agravar ainda mais a situação, os bancos paraestatais passaram a vender para investidores os títulos de crédito e as hipotecas outrora adquiridas dos bancos privados, o que gerou uma bola de neve e trouxe uma enorme instabilidade para a economia norte-americana. Outro importante fator que gerou a crise de 2008 foi a redução drástica dos juros no Estados Unidos, decorrente do pós ataque de 11 de setembro de 2001 e da bolha da internet do início do século, fazendo com que a população se endividasse ainda mais, tudo com base e na confiança do preço inflacionado dos imóveis.

Aos poucos, entre os anos de 2004 e 2008, a economia passou a se estabilizar e o preço dos imóveis caiu drasticamente, o que levou muitas pessoas a darem o calote e pararem de pagar as suas hipotecas, tendo em vista que não seria mais vantajoso ante ao preço exorbitante fixado à época da compra dos imóveis financiados. Não obstante, notório salientar que os credores dessas dívidas de imóveis e empréstimos da população norte-americana não eram mais os bancos paraestatais americanos (Fenny Mae e o Freddie Mac), já que estes repassaram esses títulos de crédito para bancos e investidores do mundo todo, o que elevou o alcance da crise de 2008 para o patamar global. Tradução: Marco Aurélio Nogueira.

São Paulo: Paz e Terra, 2012. BAUMAN, Zygmunt; BORDONI, Carlo. Estado de crise. Tradução: Renato Aguiar.

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