Cultura, conceito antropológico

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Antropologia

Documento 1

O que caracterizaria uma sociedade. Ou poderia ainda ser definida, como certas normas de comportamento, saberes e hábitos, que distinguiriam os grupos. E por fim, a expressão ou estágio evolutivo das tradições e valores de uma região, num período determinado. Veremos agora o que é, e o que não é, segundo a Antropologia. Para isso, vamos mergulhar um pouco na origem da palavra cultura. Mas é claro, que para se chegar aos conceitos vigentes nos dias de hoje, outras definições muito populares no passado, tiveram de ser superados. E para um melhor entendimento da concepção de cultura presente, vamos voltar nossos olhos um pouco para as visões do passado, abordando o Determinismo Biológico e o Determinismo Geográfico. O Determinismo Biológico em síntese, como o próprio nome diz, é baseado na noção de que certas qualidades específicas, são inerentes de certas “raças”.

São vários os exemplos: Os judeus são negociantes avarentos; Os negros são ótimos velocistas, ou o brasileiro tem samba no pé. São amostras simples, e que não fazem muito sentido, já que os antropólogos da atualidade, estão convencidos de que simples diferenças genéticas, não são os fatores determinantes das diferenças culturais. Elucidados estes pontos, passaremos agora para uma análise das teorias modernas sobre cultura, e da tentativa de reconstrução destes conceitos. O Antropólogo, Roger Keesing (1974), elaborou no seu artigo “Theories of Culture”, uma classificação, na tentativa de alcançar precisão conceitual, relacionada a concepção de cultura. Segundo este autor, as culturas são padrões de comportamento socialmente transmitidos, que adaptam as comunidades humanas, alicerçando-as biologicamente.

Este modo de vida das comunidades incluem vários fatores, como organização política, crenças (Religião), organização econômica, entre outros fatores. A mudança cultural, é um processo equivalente a seleção natural, ou seja, apesar de possuir cultura, o homem é um animal que deve manter uma relação adaptativa com o ambiente que o circunda, e ele consegue isso, através da cultura, num processo equivalente ao da seleção natural, que governa a adaptação biológica. Finalmente, a última abordagem faz referência às teorias idealistas, que consideram a cultura como sistemas simbólicos, uma posição que foi desenvolvida nos Estados Unidos, principalmente por dois antropólogos, Clifford Geertz e David Schneider. Esta teoria refuta a ideia de uma forma ideal de homem, rompendo com o iluminismo e a antropologia clássica.

Nesta teoria, a cultura operaria como um condicionante da visão do homem. Ela é como uma lente, através da qual o homem vê o mundo. Justamente por isso, essa lente, que nada mais é do que nossa herança cultural, nos condiciona a reagir de forma depreciativa em relação a outras culturas. É o caso dos valores e hábitos. O segundo tipo seria o material, formado por objetos, peças e utensílios. O terceiro tipo seria o da cultura ideal, e que é apresentada verbalmente por determinados grupos, mas cujo discurso não corrobora com a realidade. Os conhecimentos culturais, são geralmente de ordem prática, mas eles também compreendem os costumes, as estruturas sociais, entre outros. As crenças por exemplo, são separadas em três classes distintas.

Cada uma de suas mudanças é resultado de conflitos entre ações inovadoras e conservadoras. E o que não podemos esquecer, é de que toda cultura tem uma lógica própria. Não existem como se acreditava, sistemas culturais lógicos e pré-lógicos. Não se pode fazer a transferência da lógica de um sistema para outro o que é inviável. A lógica de um sistema só pode ser analisada, a partir do sistema ao qual ele pertence. Os primeiros antropólogos tentaram isso, utilizando a civilização europeia como o ápice evolucionário. Mas foi comprovado que tal teoria é equivocada. É extremamente importante estar atento à lente (visão), pela qual se observa outras culturas, pois de outra forma, corre-se o risco de ser vítima de uma perspectiva etnocêntrica, pela qual presumimos que apenas o nosso modo de vida é o mais correto.

As culturas, todas elas, são dinâmicas e estão em constantes mudanças. Estas mudanças são de dois tipos: A externa, que é muito rápida e é o resultado do encontro de um sistema cultural com outro.

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