DECISÃO MAKE-OR-BUY NA CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS MEDIDORES DE TEMPERATURA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Dr. XXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXX ________________________________ Prof. Dr. XXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXX ________________________________ Prof. Dr. Nesse processo, o equipamento é calibrado usando como referência um equipamento com calibração acreditada. Em uma empresa produtora de equipamentos para laboratórios, foi realizado um estudo de caso avaliando a decisão estratégica de realizar o procedimento de calibração rastreável dos equipamentos internamente ou contratar uma empresa terceirizada para realizar o serviço de calibração. A análise da decisão foi feita em termos econômicos, mostrando que a opção de realizar internamente a calibração permite reduzir custos e até mesmo aumentar o volume de vendas. Palavras-chave: Calibração. Certificação. Make-or-buy. LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial NBR Norma Brasileira PID Proporcional Integral Derivativo RBC Rede Brasileira de Calibração LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Visão Aérea da Empresa 22 Figura 2 - Banho Maria metabólico Dubnoff digital NT230 23 Figura 3 - Termômetro Digital UT325 Contemp 25 SUMÁRIO 1.

INTRODUÇÃO 11 1. MÉTODO 12 2. REVISÃO DA TEORIA 14 2. No entanto, não basta existir a instrumentação e as medições serem efetuadas. É preciso que a medição efetuada corresponda ao valor real da grandeza medida e é preciso saber qual o erro da medição. Ou seja, é preciso que o equipamento de medição esteja devidamente aferido e calibrado. Atualmente, a devida calibração dos equipamentos de medição ganhou ainda mais importância, devido à maior competição entre as empresas e à crescente preocupação com a qualidade. Para que se possa trabalhar com confiabilidade e rastreabilidade dos desvios, requisitos básicos dos sistemas de qualidade, é preciso ter segurança de que as medidas e informações estão corretas. Entre os equipamentos fabricados por esta empresa estão Banhos Maria, Centrífugas, Incubadoras, Shakers, Estufas, entre outros.

MÉTODO O presente estudo é classificado, quanto à sua natureza, como uma pesquisa aplicada, pois busca gerar conhecimento para a aplicação prática, conhecimento dirigido à solução de problemas específicos (GIL, 2007). Normalmente, parte-se de conhecimentos já desenvolvidos em investigações básicas anteriores para aplicá-los na prática, partindo de um problema prático com a finalidade de melhorar um processo, comportamento ou produto. Em relação aos seus objetivos, este estudo se caracteriza como exploratório, pois serão utilizadas pesquisas bibliográficas dentro das categorias conceituais de calibração de instrumentos, certificação de processos e decisão estratégica de comprar ou fazer (make-or-buy), conforme descrito ao longo deste documento. De acordo com Gil (2007), o objetivo deste tipo de pesquisa é familiarizar-se com um assunto não tão conhecido, ou pouco explorado.

Com o conhecimento dos erros e desvios, os valores de medições passam a ter maior confiabilidade e sentido sob os números apresentados. Um ditado corrente na indústria diz que todos os instrumentos medem errado, inclusive os mais modernos sensores. A calibração determina o tamanho deste erro de medição, permitindo administrá-lo adequadamente. Assim, a prática de calibração de instrumentos de medição adquire grande importância devido à sua relação direta com a metrologia e a qualidade dos processos e produtos (DA SILVA; DE CAMPOS, 2001). A utilização de equipamentos de medição adequadamente calibrados é essencial para empresas e laboratórios que almejam manter a qualidade e confiabilidade de seus testes, produtos e trabalhos de desenvolvimento. A não realização periódica de testes e calibração destes instrumentos pode levar a grandes prejuízos no processo produtivo, uma vez que as medições não alcançam assertividade em seus números não podendo garantir valores assertivos e eficiente para manter o processo produtivo.

A calibração de instrumentos é a forma mais acertada de avaliar o funcionamento de qualquer equipamento, sendo uma condição exigida para que se obtenham resultados confiáveis. O controle e acompanhamento da calibração de um instrumento deve se iniciar a partir do momento em que o medidor estiver disponível para uso em testes de qualidade, afim de manter a assertividade e qualidade dos dados podendo garantir um maior rendimento em processos produtivos (CHEN; GREEN; DOLLIMORE, 1996). CALIBRAÇÃO DE INSTRUMENTOS DA GRANDEZA TEMPERATURA A variável mais comum e frequentemente medida na indústria é a temperatura. A temperatura influencia muitas características físicas dos materiais e seus impactos sobre a qualidade, consumo de energia e emissões ambientais, por exemplo, podem ser significativos. O órgão responsável para auditar à norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017 é o Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia, o INMETRO.

Para Cassano (2003) utilizar um laboratório credenciado pelo INMETRO é um benefício aos usuários, que terão a certeza de precisão e uma condição de serviço mais eficiente, e é também um benefício aos proprietários das organizações que passarão a ter maior credibilidade no mercado nacional e até internacional, com maior facilidade para expandir seus negócios. Constituída por laboratórios acreditados (credenciados) pelo Inmetro, a Rede Brasileira de Calibração (RBC) é constituída por laboratórios acreditados (credenciados) pelo INMETRO, congregando capacitações e competências técnicas vinculadas às indústrias, universidades e institutos tecnológicos, habilitados aos serviços de calibração. A acreditação, concedida pelo INMETRO através da coordenação de acreditação (CGCRE), subentende a comprovação da competência técnica, credibilidade e capacidade operacional do laboratório (INMETRO, 2019b).

O processo de acreditação consiste em algumas fases, conforme estabelecido na Norma NBR ISO/IEC 17025:2017, sendo elas: solicitação (briefing das operações a serem realizadas); análise crítica (avaliação do órgão sobre o conhecimento técnico e disponibilidade para avaliar o solicitado); formação de equipe de avaliação (seleção de equipe e critérios para realizar a validação); análise da documentação (avaliação de documentos encaminhados pela empresa e suas validades); avaliação inicial (visita inicial presencial da equipe que irá verificar existência física e de procedimentos obrigatórios); decisão da acreditação (após avaliação obtém-se a decisão da aprovação ou não); formalização da acreditação (envio de ofício para formalizar a acreditação).

A grande tendência existente até então, de que empresas detivessem toda a responsabilidade da produção começava a acabar, e a busca por fornecedores especializados para tentar reduzir os custos globais do processo produtivo havia começado (Miguel, 2009). Para Fine e Whitney (1996), em tempos de globalização as empresas devem compartilhar conhecimento, compartilhando algumas tarefas, pois não devem ser capazes de possuir total conhecimento sobre todos os aspectos do produto/serviço e seu respectivo processo produtivo. Tal fenômeno é chamando de fragmentação da cadeia de valor, onde diferentes atividades que compõem a cadeia de valor de um produto são fragmentadas e divididas em diferentes empresas e até nações. A capacidade de produção interna é desejada quando o produto a ser fabricado é de grande criticidade para a performance do projeto, seja em termos de qualidade, custo, tempo, e até de controle possibilitado alterações rápidas de projeto (SHORTEN et al.

Dessa forma, após a identificação de uma oportunidade ou problema, discussões entre gestores e tomadores de decisão devem ser iniciadas para que propostas de ações sejam estabelecidas (FAÇANHA et al. Por outro lado, passam a existir custos de contratação. Outra vantagem é poder contar com fornecedores especializados que dominam a tecnologia para produção do determinado produto ou serviço, podendo estes auxiliarem no desenvolvimento de novos produtos e serviços (FORD, 1993). O ponto negativo de todos esses benefícios possíveis está na tendência de que, ao longo do tempo, a empresa fique refém da empresa terceirizada, prestadora do serviço ou fornecedora do produto, pois a empresa contratante acaba não dominando a tecnologia de fabricação, não desenvolvendo suas capacitações, e ficando com máquinas e estrutura ultrapassadas para produção destes itens (FORD, 1993).

O comportamento das empresas terceirizadas para fornecimento de produtos e serviços pode também influenciar na decisão de compra. Por exemplo, quando não existe concorrência entre estes fornecedores e há variação no volume de produção, os custos podem sofrer aumentos significativos para seu fornecimento. Atendendo empresas dos setores de pesquisa, bioquímica, petroquímica, saúde, entre outros, a empresa é uma das principais fornecedoras brasileiras de equipamentos para laboratórios. Entre o mix de produtos da empresa encontram-se banhos maria, blocos digestores, câmara de sorocoagulação, centrífugas, destilador de água pilsen, estufas de cultura bacteriológica, estufas de secagem e esterilização, estufas de secagem e esterilização com circulação de ar, forno mufla, incubadora in vitro, e incubadoras shakers. A Nova Técnica produz equipamentos que realizam controle de temperatura, e esses equipamentos precisam ser calibrados para garantir a qualidade de suas medições.

Além disso, a empresa verificou uma crescente demanda de comercialização de equipamentos já certificados no padrão grandeza temperatura e a inclusão da oferta do serviço de calibração é vista como promissora para os objetivos estratégicos da empresa. Os banhos maria são equipamentos responsáveis por prover aquecimento, de forma lenta e uniforme, para qualquer tipo de substância, sólida ou líquida, dentro de um recipiente. Os custos para realizar a calibração por terceiros (buy) são de setenta e cinco reais por equipamento calibrado, com até três pontos de medição (por exemplo, 25°C, 37°C e 56°C). O serviço é realizado in loco, dentro da empresa, e o fornecedor leva cerca de vinte e quatro horas para ir até a empresa e realizar o serviço.

Ao final, a empresa contratada entrega um certificado impresso e um adesivo impresso para ser colado ao equipamento, indicando a calibração. Nesse arranjo, utilizando os serviços da empresa terceirizada, são realizadas cerca de quinze calibrações mensais e o preço de venda para cliente é de duzentos e vinte e cinco reais. A tabela abaixo apresenta os dados da situação atual (opção buy). O apêndice apresenta uma imagem digitalizada do certificado de calibração acreditado do termômetro digital. Além disso será criado um novo procedimento operacional padrão (POP) para realizar a calibração rastreável. Será elaborado um formulário para coleta dos dados de temperatura e também a folha padrão do certificado de calibração. O funcionário que já realiza os testes de todos os equipamentos pode também realizar a coleta das temperaturas e preencher o formulário de calibração, sem qualquer custo adicional de operação.

Será realizada a impressão do adesivo de identificação da calibração e impressão do certificado de calibração. Foi realizada uma análise de custos da decisão make or buy em termos econômicos, mostrando que a opção de realizar internamente a calibração apresenta muitos ganhos econômicos para a empresa. As principais vantagens de realizar internamente a atividade de calibração é eliminar o custo externo da operação, podendo reduzir o preço de venda e aumentar o volume de produtos vendidos. Além disso, a operação interna pode proporcionar aumento na confiabilidade e qualidade dos produtos ofertados e, adicionalmente, pode permitir a oferta de novos serviços, como a renovação da calibração efetuada, junto com manutenções preventivas, preditivas e corretivas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASSANO, D. Credenciamento: solução para quem usa ou oferece serviços de ensaio e calibração. DI SERIO, Luiz Carlos; SAMPAIO, Mauro. Projeto da cadeia de suprimento: uma visão dinâmica da decisão fazer versus comprar. Revista de Administração de Empresas, v. n. p. A variável “custo” no contexto de decisão entre comprar ou fabricar. Abr. Disponível em: https://administradores. com. br/artigos/a-variavel-custo-no-contexto-de-decisao-entre-comprar-ou-fabricar. p. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. ed. São Paulo: Atlas, 2007. Disponível em: http://www4. inmetro. gov. br/acreditacao. Acesso em: 20 nov. As Estratégias de Compras das Multinacionais Automobilísticas: um estudo de caso da PSA Peugeot Citroen no Rio de Janeiro. Dissertação de Doutoramento em Economia Industrial. Universidade Federal do Rio de janeiro, Instituto de Economia, 402 p.

Rio de Janeiro, 2009. MINTZBERG, H. p. PRAZERES, R. V. DOS SANTOS, J. A. n. p. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 4 jun. SERENO, Helton Rodrigo de Souza; SHEREMETIEFF Jr. Alexandre.

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