Deficiências Múltiplas e a formação do professor

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Conclui-se, que a educação inclusiva no Brasil, encontra-se longe do ideal, e vai um pouco além da simples formação profissional do professor. São necessários investimentos públicos. O presente artigo não esgota o tema, pesquisas e mais entrevistas devem ser realizadas para se chegar a resultados mais contundentes. Palavras-chave: Deficiências Múltiplas. Professor. Estas são pessoas que mesmo com algum tipo de deficiência, mostraram que em alguns casos com persistência e dedicação pode se ter uma vida social mais digna, cabe à sociedade não se limitar e ver a pessoa aquém sua deficiência (NOGUEIRA, 2010). Felizmente, essa realidade tem mudado nos últimos anos graças aos avanços científicos e à ampliação dos direitos educacionais das pessoas com deficiências em geral, nota-se que a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais vem sendo pauta das agendas política nacional e internacional nas últimas décadas (PLETSCH, 2015; LACERDA, 2018).

Segundo dados do último Censo Demográfico, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 23,9% da população brasileira têm algum tipo de deficiência, seja ela: auditiva, visual, física ou intelectual. Já com relação à idade, a pesquisa mostrou que 14% deste total estão na faixa de 0 a 10 anos e que 24% estão na faixa dos 11 aos 20 anos, ou seja, são deficientes que se encontram em idade escolar (IBGE, 2017). No município de Capim Grosso, localizado na microrregião de Jacobina do estado da Bahia, cerca de 8 415 (oito mil quatrocentas e quinze) pessoas apresentam algum tipo de deficiência (IBGE, 2010). Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes.

Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros (DUTRA et al, 2008, p. O escopo do presente artigo, são os alunos portadores de deficiência múltipla. Para tal, é indispensável que os professores tenham acesso a conhecimentos que possibilitem uma formação que reconheça a complexidade e as possibilidades do ser humano por meio da apropriação da cultura (SILVEIRA E NEVES, 2006; PLESCTH, 2015). MATERIAIS E MÉTODOS A fim de atingir os objetivos propostos, a metodologia utilizada foi revisão bibliográfica exploratória de artigos conceituados e descritivos, resumos, livros, revistas e textos científicos que abordam temas relacionados à educação inclusiva, formação de professores e deficiências múltiplas.

De acordo com Lima e Mioto (2007), a pesquisa bibliográfica possibilita um amplo alcance de informações, além de permitir a utilização de dados dispersos em inúmeras publicações, auxiliando também na construção, ou na melhor definição do quadro conceitual que envolve o objeto de estudo. Nesta etapa do trabalho, o principal método foi a leitura, pois é através dela que se pode identificar as informações e os dados contidos no material selecionado, bem como verificar as relações existentes entre eles de modo a analisar a sua consistência. A partir disso, para aprimorar este quadro conceitual, foram realizadas entrevistas presenciais com alunos portadores de deficiência múltipla e professores da região do município de Capim Grosso, Bahia (Brasil), nos dias 21 e 22 de novembro do ano de 2018.

Atualmente o projeto atende 130 alunos com necessidades especiais (SILVA, 2018). O primeiro aluno, Florisvaldo, é deficiente visual, trata-se de um senhor que possui 9 filhos (7 biológicos e 2 enteados), casado. O aluno tem aulas em um colégio regular no qual está cursando o segundo ano do ensino fundamental. Florisvaldo não nasceu com a deficiência, aos 12 anos ele contraiu meningite o que ocasionou a cegueira, antes disso ele já estudava e aprendeu escrever o seu nome. Atualmente, ele tem aulas de Braile e datilografia no NAEPI. A entrevistada relatou que geralmente a criança especial é encaminhada para a sala de recursos com o laudo médico com o número de Classificação Internacional de Doenças (CID), o qual já traz o nome da deficiência do aluno. Faz-se a matrícula normal e o acompanhamento do responsável para a sala de AEE, também conhecida como sala de recursos multifuncionais onde a mãe irá responder questões sobre a criança desde o momento da gravidez, parto e a infância do aluno.

Após o relato da história de vida da mesma, será construindo um plano de trabalho para dois meses ou mais a depender da evolução da aprendizagem. Esse plano é desmembrado em um planejamento diário onde fica exposto a data, objetivo e as metodologias do atendimento. Ao final de cada bimestre a professora faz um relatório sobre as aprendizagens do aluno. No final da entrevista conclui-se que a professora tem capacidade e experiência pra trabalhar com os alunos e tem algumas matérias de apoio pra realizar as atividades. Conforme Silva (2018) o NAEPI conta com: Marcia Gleibe, Gestora do programa, professores do AEE, com destaque para Nadja Loise, que em uma entrevista para rádio Transamerica fez declarações que é simplesmente apaixonada pelo trabalho que realiza, com a participação ainda da Psicóloga Rosane, conhecida por Ane, que descreveu resultados fantásticos tendo como essência o lado pedagógico; e Tiago, Psicólogo, também registrando grandes experiências e resultados que dignificam a cada dia a vida de cada participante do NAEPI, com um grau de satisfação que não tem dinheiro no mundo que possa substituir.

Através das entrevistas realizadas podemos inferir que não existe incentivo por parte do município na educação inclusiva, tanto na questão da qualificação da mão de obra quanto na questão do transporte público e infraestrutura, algo que prejudica enormemente os portadores de deficiências múltiplas. Porém, podemos notar que professores e alunos que participam de projetos paralelos a formação regular, demonstram uma enorme satisfação e dedicação ao processo de ensino aprendizagem relatados acima, e pode-se dizer que esses projetos têm ajudado no desenvolvimento de alunos com deficiências múltiplas na região do município de Capim Grosso, Bahia (Brasil). CONCLUSÃO O presente artigo tinha como objetivo verificar como o suporte pedagógico oferecido por professores da educação básica têm contribuído para o processo de ensino e aprendizagem e, consequentemente, para o desenvolvimento dos alunos com deficiência múltipla, tendo como modelo a região do município de Capim Grosso (BA).

portaleducacao. com. br/conteudo/artigos/direito/deficiencia-multipla/57024> Acesso: 04 de Dez. de 2018. BRASIL. pdf > Acesso: 04 de Dez. GRUGEL, Maria Aparecida. A pessoa com deficiência e sua relação com a história da humanidade. Ampid. Disponível em: < http://www. br/brasil/ba/capim-grosso/pesquisa/23/23612> Acesso: 04 Dez. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pessoas com deficiência: adaptando espaços e atitudes. Disponível em: < https://agenciadenoticias. ibge. LACERDA, Marina Martins Moura. O Educador Físico frente a Inclusão de Portadores de Necessidades Especiais nas Aulas. Monografia (Pós-Graduação Educação Física Escolar), Faculdades Facel. p. LIMA, Telma Cristiane Sasso de; MIOTO, Regina Célia Tamaso. doi. org/10. S1414-49802007000300004. NOGUEIRA, Alessandra. incríveis portadores de deficiência. SILVA, Arnaldo. Profissionais do NAEPE falam ao Jornal Transamérica 2a edição.

Repórter Bahia. Capim Grosso, 12 de Julho de 2018. Disponível em: <http://www. n. p.

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