Derivativo de Câmbio

Tipo de documento:Revisão bibliografica

Área de estudo:Economia

Documento 1

Empresas brasileiras atuantes no comércio exterior ou financiadas por capital estrangeiro tem como forma de reduzir a exposição e repassar ao mercado seus riscos, bem como, melhorar a governança corporativa de sua empresa, com a utilização do hedge em suas transações no mercado de balcão ou na B3, bolsa de valores do Brasil, gerenciando seus investimentos com derivativos de câmbio. Conforme Lorenzen (2011, p. Embora a utilização de instrumentos financeiros derivativos não seja a única alternativa utilizada na mitigação dos diversos fatores de riscos existentes, elas constituem parte importante da estratégia de gestão de riscos de diversas companhias. As estratégias abordadas para proteção das operações financeiras em empresas nessas condições ditaram o sucesso ou desestabilidade em seus fluxos de caixa, portanto é muito importante elaborar de forma assertiva a adoção destes instrumentos financeiros por meios de profissionais qualificados, como também a observação de cases de players do mercado devido à complexidade do processo.

Metodologia de Trabalho O presente trabalho visa estudar os determinantes da volatilidade cambial no Brasil a partir do plano real e como empresas brasileiras exportadoras, importadoras ou financiadas por capital estrangeiro podem proteger seus fluxos financeiros a tal exposição. Em conseqüência da maxidesvalorização cambial de 1983, a inflação dobrou novamente de patamar, ultrapassando os 200% a. a. já em 1983. Foram criadas algumas medidas para tentar ajustar os impactos dos elevados índices de inflação justapostos com um baixo crescimento econômico. A primeira ação criada foi o Plano Cruzado, em 1986 no governo de José Sarney, tendo como medidas o congelamento dos preços das mercadorias, serviços e salários. “Os Planos Bresser e Verão não passaram de breves tentativas de reprimir a hiperinflação via congelamentos temporários de preços e salários”.

Ainda nos anos de 1990 e 1991 o governo buscava a criação de um plano econômico que conseguisse fazer com que o país avançasse e se desenvolvesse economicamente. Criou-se então o Plano Collor I e o Plano Collor II. A primeira medida foi congelar as cadernetas de poupança a fim de controlar a inflação, também é iniciada a era das privatições das empresas estatais. No primeiro, cerca de 10% do PIB em ativos financeiros foram bloqueados da noite para o dia, na mais grave intervenção em contratos privados jamais realizada no Brasil. Para Lameira (2004, p. apud ANDIMA 1999): Esse mecanismo de estabilização denominado âncora cambial gerava um elevado déficit em conta corrente (transações do país com o exterior) que seriam financiados pelo ingresso de capitais estrangeiros na forma de investimentos diretos e de investimentos estrangeiros de curto prazo que se aproveitavam de nossa altas taxas internas de juros (ANDIMA, 1999).

As crises econômicas que ocorriam fora do país na Ásia e na Rússia fizeram com que a dívida econômica interna crescesse, proporcionando uma desacumulação de reservas do Fundo Emergencial, tiveram que ser elevada as taxas de juros essas medidas tomadas tiverem como intuito conter os impactos das crises externas que se alastravam. O Brasil, neste período, buscou um acordo com o FMI em troca de apoio financeiro multilateral para superar os impactos da crise. Um quadro que se modificou bastante a partir de 1995 foi a taxa de desemprego, que com o passar dos anos só vem aumentando. A figura abaixo mostra as principais contas em comparativo com os anos subsequentes a implantação do Plano Real. Figura 1: Balanço de Pagamentos do Brasil 1994-96 Fonte: Sá 2008, p.

A única forma do governo de controlar as dívidas do mercado externo seria realizar uma forte redução da demanda interna, ou seja, reduzir a linha de crédito. Para isso ocorrer, a medida do governo foi fixar altas taxas de juros e ampliar os níveis de depósitos compulsórios dos bancos. A figura abaixo nos mostra a evolução da taxa cambial brasileira entre os anos de 1994 a 1996, configurando a importância de uma medida por parte do governo. Seu principal objetivo é estabilizar o valor de uma moeda em relação à outra mais estável, prevenindo a inflação e eliminando o risco cambial. Mesmo assim, o risco é grande, pois o Banco Central eventualmente poderá emitir uma quantidade maior de moeda nacional para equilibrar a taxa de câmbio estipulada, fazendo com que aumente a quantidade de dinheiro em circulação, o que acaba por gerar sua desvalorização.

O câmbio flutuante não possui intervenção do governo, as taxas de câmbio variam de acordo com a oferta e demanda do mercado. É um regime vantajoso para países que possuem uma economia estável. O câmbio atrelado possui as características do fixo e do flutuante, nele o Banco Central determina as faixas de valor onde o câmbio poderá variar. O contrato de mercado futuro é outra modalidade, nele as partes se comprometem a comprar ou vender certa quantidade de um ativo por um preço estipulado para sua liquidação em data futura, neste modelo os compromissos são ajustados diariamente. O contrato de mercado de opções é uma modalidade onde se negocia o direito de comprar ou vender um bem por um preço fixo em uma data futura, quem adquire o direito deve pagar um valor de prêmio ao vendedor por adquirir o direito de negociar o bem em uma data futura por um valor previamente acordado.

Os Swaps estabelecem um acordo onde o credor e o devedor criam uma regra de mudarem o risco no futuro, costuma ocorrer em negociações que envolvam taxas de juros, moedas e commodities, neste caso o investidor se compromete a pagar uma taxa do ativo que oscilou. Conforme Lorenzen (2011, p. A combinação de diferentes tipos de derivativos em um único instrumento híbrido cria instrumentos exóticos com alta capacidade de alavancagem, que podem se tornar especialmente interessantes para especuladores. Intercambialidade (podem negociados antes do vencimento). Liquidação Normalmente ocorre somente no vencimento. Há contratos em que o comprador pode antecipar a liquidação. Presença de ajuste diário. Compradores e vendedores têm suas posições ajustadas financeiramente, com base no preço de fechamento da bolsa. Existem diversas operações de hedge, que correspondem ao tipo de ativo a ser protegido, são eles: • Hedge natural: ocorre quando a proteção contra variações do mercado acontece naturalmente, sendo mais recorrente em empresas exportadoras.

• Hedge em commodities: foi o primeiro mecanismo de proteção a ser utilizado, conforme citado anteriormente. Nele o produtor de commodities lança contratos futuros com o preço pelo qual deseja vender seu produto, desta forma o produtor consegue definir o preço de venda futura e o comprador já está ciente do valor a pagar, evitando uma oscilação brusca no preço dos produtos. Esta operação geralmente é utilizada no mercado agropecuário. • Hedge cambial: é utilizado quando uma empresa ou investidor busca anular o risco cambial de um ativo ou operação financeira, podendo comprar um contrato futuro na moeda definida para mitigar os efeitos de oscilação no resultado operacional. Ele fixou, portanto, um objetivo de compra das 4. cabeças a R$ 55,00 x 330 (número de arrobas por contrato) x 200 = R$ 3.

No vencimento do contrato futuro, em 28 de abril de 2013, as posições serão encerradas pela média dos últimos 5 dias úteis do preço à vista em São Paulo, calculado pela ESALQ, conforme estabelece o contrato futuro da BM&FBovespa. No dia 28, esse preço pode ser, por hipótese, acima, igual ou abaixo aos R$ 55,00 por arroba. O frigorífico liquida sua posição em bolsa, vendendo o mesmo número de contratos que tinha comprado, e compra o boi gordo ao preço que estiver no mercado à vista. A fragilidade financeira gerada pelas perdas com os derivativos cambiais foi fundamental para que, em 19 de maio de 2009, fosse anunciada a fusão entre a Perdigão e a Sadia. A união entre essas empresas gerou a Brasil Foods, que ficou com 68% do seu capital controlado pela Perdigão e 32% com a Sadia.

O Caso Aracruz Celulose A Aracruz Celulose exportadora brasileira e a maior produtora mundial de celulose de eucalipto, cuja exportação corresponde a representavam, em 2008, 92% de toda a receita operacional bruta da companhia. Após o ocorrido com a Sadia, a Aracruz Celulose também liberou nota de esclarecimento aos investidores expondo um prejuízo em 2008 de R$ 4,2 bilhões, claramente ao apurar o desempenho operacional não foi devido a retração da demanda que na época havia tido forte queda dos preços do eucalipto e sim sua exposição a derivativos negativo em cerca de R$ 1,95 bilhão. Mesmo a empresa divulgando em 19 de janeiro de 2009 ter concluído a renegociação com dez bancos, todos estrangeiros, alongando por nove anos a sua dívida em, mesmo com o acordo e um ótimos inicial dos acionistas a solução encontrada pelos acionistas majoritários para evitar um fim ainda mais trágico foi vender suas participações para a empresa Votorantim Celulose e Papel.

As empresas possuem atividades de exportação e antes de se ocorrer a crise em 2008 buscavam alternativas de captação de recursos mais baratos a fim de conseguir uma receita considerável em caso de queda no valor do dólar. Uma das modalidades utilizadas pelas duas empresas foi no câmbio de derivativos objetivando baratear os custos de financiamento e garantir ganhos no mercado especulativo. E uma das operações realizadas por ambas foi a Target Forward, considerada uma ação de alto risco. O objetivo dessa ação era garantir as taxas de conversão do dólar para real, nas atividades de exportação, garantindo ainda um lucro. Neste tipo de ação as empresas apostaram duplamente no dólar.  Operações de Hedge Cambial em Empresas Não Financeiras: um estudo de caso das empresas aracruz celulose e sadia.

f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Administração, Fundação Getúlio Vargas Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: http://bibliotecadigital. fgv. Acesso em: 19 abr. KAIRALLA, Julio Cesar.  Avaliação do risco e impacto do Hedge simultâneo de preços e cambio para o exportador brasileiro de café. f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Econômicas, Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2015. v. n. p. ago. FapUNIFESP (SciELO). f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Controladoria e Contabilidade, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, 2011. Disponível em: https://teses. usp. br/teses/disponiveis/96/96133/tde-18102011-170438/publico/FelipeLorenzenCorrigida. fundace. org. br/revistaracef/index. php/racef/article/view/23/18.

Acesso em: 23 abr. br/bib/jspui/bitstream/1408/17180/1/PRFol213237_A%20Economia%20Brasileira_Panorama%20Geral_compl_P_BD. pdf. Acesso em: 18/04/2020. SÁ, Leonardo Lima de Souza.  A Economia Brasileira Pós- Plano Real na Década de 90.

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