DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE IGUALDADE DE GÊNEROS

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Esse trabalho busca mostrar caminhos concretos para melhor debater o tema entre os adolescentes, que nessa fase da vida, estão à mercê de atos de bullying, preconceitos e agressões físicas e psicológicas. O intuito desse texto argumentativo é abrir portas para discussões necessárias sobre o comportamento dos jovens como também, mostrar a sociedade, que visões machistas, que foram construídas ao longo da história, e hoje fazem parte da cultura de muitas famílias, devem ser repensadas. As visões que desabonem a mulher por serem consideradas pela história como fracas devem ser abolidas, pois elas têm mostrado que possuem condições de produzir tanto quanto os homens. Sendo na vida familiar ou até mesmo num jogo de futebol. DESENVOLVIMENTO Estamos vivendo numa sociedade que possui muitos problemas, sendo muitos deles relacionados aos adolescentes.

A própria sociedade criou estereótipos em relação aos gêneros. Mulher nasceu para ser dona de casa, enquanto homens maceram para comandar. A questão de submissão feminina ao homem é histórica e cultural. Histórica por ser a mulher por milhares de anos privadas de ser integrante ativa na sociedade. Cultural porque já incorporou visões nas famílias de ser frágil e por não ter capacidade de conduzir o processo familiar, salva exceção de cuidar dos afazeres domésticos e educação dos filhos. As mulheres não só mostraram que sabiam jogar futebol, apresentando excelentes técnicas e um lindo show futebolístico, mas esse espaço pode mostrar que o mundo começou a abrir espaços às mulheres que até pouco tempo eram proibidas.

No Brasil, por exemplo, as mulheres ficaram décadas sem poder jogar o futebol. Na era de Getúlio Vargas na década de 1940 foi criada uma lei que não permitia as mulheres alguns jogos entre eles estava o futebol. O futebol era um jogo masculino e não feminino. O Decreto de Lei número 3. Como não há como erradicá-lo, há como minimizá-lo? Documentos como o Plano Nacional de Educação que tem sua vigência de 2011 a 2020, possui um conjunto de ações afim de combater as desigualdade de gêneros. Cabe no PNE ações de incluir pessoas, que agem, que pensam e que são “diferentes” em políticas públicas de atendimento a fim de protegê-los e fazer com que a sociedade reflita sobre as desigualdades existentes.

E onde entra o papel do professor nesse embate? O papel do professor é de suma importância nesse processo. Pode ser a principal linha de construção aos embates surgidos. Com a construção do PNE ações são a base para a formação de implantação de políticas públicas e educacionais em outros documentos. Claro que a tarefa não é fácil, principalmente tratar o assunto com os adolescentes que estão numa fase de descobertas de sua sexualidade e corpo, pois nessa fase a rebeldia está mais aparente do que quando eram crianças. Mas é preciso que a escola elabore planos embasados em tantos estudos que existem sobre o tema a fim de construir rumos concretos que minimizem o problema. LOURENÇO & QUEIROZ (2010) destacam que a puberdade possui uma característica própria que é a sua variabilidade.

Por isso, a escola não deve tratar o problema pensando que todos os alunos são iguais. Tanto escola quanto pais devem buscar entender e auxiliar os adolescentes no processo de mudanças. Por isso, é importante a escola agir rápido em ações verdadeiras em defesa da isonomia de pensamentos, ideologias, comportamentos físicos e psicológicos. Nesse papel de mudança, encaminhado pela escola, muitos jovens deixarão de sofrer humilhação ou até mesmo deixarem de automutilarem ou tirar a sua vida por não ter encontrado um espaço que o respeitasse. Por fim, é necessário, por parte da escola, repensar suas práticas; à sociedade cabe entender e encaminhar os jovens para caminhos de sucesso e não de sofrimento. Há sempre tempo para mudanças, mas é preciso agir e abrir o espaço escolar que até então buscou a introdução de conhecimentos científicos para algo mais real e vivido pelos alunos.

O processo de mudança, não só contribuirá para erradicação de visões machistas, mas que todos entendam que a sociedade é composta por homens e mulheres. Abrir mão disso é oportunizar ao jovem conhecimento antissocial. A questão de igualdade de gênero é assunto para todos os professores da rede de ensino, afinal de contas, o trabalho coletivo e interdisciplinar poderá proporcionar a consolidação de ações fortes, reais e consolidadas por parte da escola. Documentos como a nova BNCC, Planos Nacionais de Educação e outros referenciais curriculares já trazem apontamentos de demanda de trabalho com relação a igualdade de gêneros. A inserção do adolescente numa sociedade tão cheia de problemas permite a escola repensar suas práticas de ensino. Além disso, deve realizar processos de formação não somente com jovens, mas com a comunidade e, para a peça mais importante: o professor.

Salomão (Trad. Obras completas. Vol. pp. Rio de Janeiro: Imago, 1987. PRADO, Marco Aurélio Máximo. Preconceito contra homossexualidades: A hierarquia da invisibilidade. São Paulo: Cortez, 2008. LOURENÇO, Benito. QUEIROZ, Ligia Bruni. SOUZA, Lúcia Aulete Búrigo; GRAUPE, Mareli Eliane. Gênero e Políticas Públicas na Educação. In. Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, Universidade Estadual de Londrina, 27 e 29 de maio de 2014.

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