Desafios na escolarização de surdos

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO- O presente artigo abrange o início da história de educação de surdos no Brasil até os dias atuais, bem como toda a evolução para garantir a Língua Brasileira De sinais (LIBRAS), que para ser reconhecida como a língua materna do deficiente auditivo fez uma grande trajetória, mostra também os mecanismos de educação e inclusão dessas pessoas junto a sociedade. Possui como proposta a necessidade da utilização da Libras na educação de ensino regular, na qual, requer dos docentes novas estratégias para que ocorra de fato a aprendizagem, visto que, esta língua é o instrumento principal que assegura a acessibilidade comunicativa para os surdos. Relata também as dificuldades encontradas pelos surdos para conseguir a inclusão.

A comunicação é um fator fundamental para o ser humano, e o objetivo principal do artigo é mostrar que a comunicação através da Libras é essencial para os surdos, com ela conquistaram o direito não só da comunicação entre pessoas surdas e ouvintes, mas também sua efetiva participação na sociedade. A língua de sinais possui estruturas gramaticais próprias, sendo ela composta por níveis linguísticos, o fonológico, morfológico, semântico e o sintático. É através dela que o surdo pode se comunicar e expressar todo o sentimento, desejos e assuntos a tratar.   Os surdos diante a tanto preconceito, isolamento social, e a falta de oportunidades por não poder expressar de fato sua opinião, por não serem vistos pela sociedade por suas potencialidades, mas pelas limitações impostas por sua condição, lutaram por uma sociedade mais igualitária, e foi em, 26 de setembro de 1857, no Brasil,  no governo de Dom Pedro II, os surdos começaram a ter acesso à educação, pois foi criado a primeira escola de educação para os surdos no Rio de Janeiro, na qual, atualmente funciona o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines).

  Apesar das dificuldades que ainda enfrentam estão conseguindo cada dia mais serem incluídos no processo de socialização, superando todas as suas necessidades, e mostrando que são capazes de desenvolver qualquer tipo de atividades sejam elas educacionais ou não.   O vigente trabalho tem como objetivo ressaltar o que ocorreu ao longo do tempo, sobre a importância da Libras no momento da comunicação e educação dos surdos, sendo de fundamental importância: destacar os acontecimentos históricos que ajudaram para o surgimento da Língua de Sinais; apresentar a importância da Libras no crescimento social dos surdos bem como na sua formação educacional. Segundo Mazzotta, (2005, p.   D. Pedro II que, pela Lei nº 839 de 26 de setembro de 1857, portanto, três anos após a criação do Instituto Benjamin Constant, fundou, também no Rio de Janeiro, o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos.

A criação desta escola ocorreu graças aos esforços de Ernesto Hüet e seu irmão.  ( MAZZOTTA, 2005, p. Começou a dar início a educação especial, escolas especializadas somente em um tipo de deficiência. Desta forma, os surdos passaram a ser reconhecidos como seres humanos, vencendo os velhos preconceitos derivados da idade média.   Sacks (1989, p. relata:  Esse período que agora parece uma espécie de época áurea na história dos surdos testemunhou a rápida criação de escolas para surdos, de um modo geral dirigidos por professores surdos, em todo mundo civilizado, a saída dos surdos da negligência e da obscuridade, sua emancipação e cidadania, a rápida conquista de posições de eminência e responsabilidade – escritores surdos, engenheiros surdos, filósofos surdos, intelectuais surdos, antes inconcebíveis, tornaram-se subitamente possíveis.

Sacks, 1989, p.     A inclusão é vista por Montoan como: A educação inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados para todas as minorias e para as crianças que são discriminadas por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro. REVISTA NOVA ESCOLA, Entrevista MONTOAN, maio , 2005). Já que a família é o primeiro grupo social que inicia a comunicação. Bem como, é de suma importância a inserção dessas crianças no meio social junto também a outros surdos, influenciando as suas identidades com a cultura, os costumes, a língua e, principalmente, a diferença de sua condição.

Assim como, com os ouvintes desta forma aprenderam a se relacionar com as diferenças, fortalecendo os vínculos sociais. Fica evidente a importância da libras junto com a capacitação do professor, embora, alguns reclamam que não tem formação ou estão despreparados para trabalhar com o aluno surdo, na qual, deverá desenvolver novas práticas, assim como ter domínio da língua, mas deve-se considerar que o simples domínio da língua não é suficiente para escolarizar o aluno com surdez. Eles necessitam de ambientes educacionais estimuladores e que desperte suas capacidades em todos os sentidos. Ele precisa ter qualificação específica para poder trabalhar, e estar disposto a ajudar pessoas com surdez em reuniões, congressos, eventos e principalmente em sala de aula, ajudando o professor comunicar-se na aula.

Em sala de aula com os alunos surdos inclusos, para desempenhar o papel de intérpretes de libras é necessário desenvolver inúmeras habilidades no seu trabalho. Eles servem como intermediários entre o professor e os demais colegas ouvintes da escola, têm o direito de serem orientados pelo professor através da revisão e preparação das aulas que assegura a qualidade da sua atuação durante as aulas. Pois com a ajuda do intérprete na sala de aula, possuirá condições de entendimento e compreensão do assunto ministrado. O intérprete educacional é aquele que atua como profissional intérprete de língua de sinais na educação.   A Língua de Sinais (LIBRAS) conseguiu um grande espaço na sociedade nos dias atuais após anos de luta, que após todo o sofrimento vivido pelo povo surdo, sua língua não extinguiu, sua identidade e cultura também não perderam-se na história.

É de suma importância que todos contribuam para o desenvolvimento dos surdos, assim como, os pais, professores, gestores, governante, ONGs, isto é, para que seja possível transformar a realidade e inseri-los, de fato, na sociedade. Pois, atualmente possuímos ótimas leis que falam sobre a inclusão do surdo,o direito ao uso da língua de sinais, dentre outras, basta que todas elas sejam melhoradas e colocadas verdadeiramente em prática.   Crianças nas séries iniciais já deveriam receber incentivos das escolas ao uso de libras, para que desde cedo as crianças aprendessem a viver com à aceitação das diferenças. Como também é de suma importância a qualificação dos professores, cada vez mais qualificados e preparados comprometidos com a educação inclusiva, para que junto ao intérprete proporcione às crianças um bom desenvolvimento educacional.

S. SILVA. M. C. SOUSA. MAZZOTTA, Marcos José Silveira. Educação especial no Brasil: História e políticas públicas 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.   Mantoan, Maria Teresa Eglér. REZENDE, P. L. F. Língua Brasileira de Sinais I. Florianópolis. Vendo Vozes. Trad. Laura T. Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

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