Desempenho da Indústria Nacional

O gráfico 1 ilustra os resultados de todas as primeiras semanas de janeiro desde os anos 2000 e demonstra justamente o baixo grau de certeza que essas análises conferem. Percebe-se que os resultados são muito elásticos e não necessariamente refletem a realidade do mês/ano em que estiveram inseridos. Ainda assim, os dados semanais da balança comercial podem ser úteis para análises longas e específicas. Caso se queira analisar os resultados da exportação de soja, por exemplo, uma análise histórica que seleciona as semanas do ano em que geralmente se faz a colheita pode ser mais precisa do que uma análise que leva em conta longos períodos de tempo. Balança comercial Mensal e Acumulado Gráfico 2 - Saldo da Balança Comercial - 1º Semestre 2017 x 1º Semestre 2018 (em milhões de dólares) Fonte: MDIC, 2018 Gráfico 3 – Saldo da Balança Comercial - 1º Semestre 2017 x 1º Semestre 2018 (em milhões de dólares) Fonte: MDIC, 2018 Os gráficos 1 e 2 ilustram um comparativo entre o desempenho da balança comercial brasileira nos primeiros semestres de 2017 e 2018.

Irã $4. Alemanha $3. Espanha $3. México $3. Japão $3. Fonte: MDIC, 2018 As tabelas 1 e 2 apresentam aos dez principais parceiros comerciais do Brasil, no que diz respeito às importações (tabela 01) e às exportações (tabela 02). Em ambos os quesitos, destacam-se os China, Estados Unidos e Argentina, como os três principais parceiros do Brasil. Os dois primeiros, naturalmente, ocupam essas posições devido às suas economias fortes, enquanto que a Argentina aparece em terceiro lugar principalmente em função da proximidade com o Brasil. Nota-se que, dentre esses três principais parceiros comerciais, a balança comercial só não é positiva no caso da relação com os EUA, e por muito pouco. No caso da China, por exemplo, o saldo positivo em 2017 foi da ordem de US$18. América Central e Caribe $4.

Oceania $468. Fonte: MDIC, 2018 Tabela 04: Importações por Bloco Econômico (janeiro a setembro) Bloco Econômico 2018 - Valor FOB (US$) 2017 - Valor FOB (US$) Ásia (Exclusive Oriente Médio) $45. Europa $31. União Europeia - UE $26. Os números contidos nessas tabelas confirmam a tendência de saldo positivo da balança comercial brasileira, uma vez que, nos dois últimos anos, as importações só superaram as exportações nos casos da América do Norte e da Oceania. Balança comercial por UF do produto Tabela 05: Balança Comercial por UF do Produto UF do Produto Exportações 2018 ( em US$) Importações 2018 (em US$) Saldo São Paulo $38. Rio de Janeiro $21. Minas Gerais $17. Rio Grande do Sul $16. Pernambuco $1. Zona Não Declarada $1. Tocantins $1. Rondônia $1. Piauí $517. Na tabela, os três primeiros estados em termos de valor de exportações são os detentores dos três maiores PIBs dentre os estados brasileiros, o que confirma a relação entre esses dois indicadores (as outras posições seguem a mesma tendência, embora haja posições alternadas).

Entretanto, pode-se notar também que os líderes em valores de exportação não apresentam necessariamente os saldos mais positivos na balança comercial. No estado de São Paulo, por exemplo, importa-se aproximadamente 7 bilhões de dólares além do valor das importações. Já no estado do Pará, a balança comercial é de aproximadamente 10 bilhões positivos, embora as exportações não alcancem nem um terço do valor apresentado por São Paulo. No total, são nove os estados brasileiros (contando DF) que apresentaram balança comercial deficitária pelos dados de 2018. Esses números, no entanto, contemplam a situação das empresas brasileiras até o mês de setembro, de modo que a tendência é que ao final do ano algumas delas estejam ocupando posições mais altas.

Em função dessa defasagem, não convém destacar os dados de 2017, pois eles não serviriam para efeito de comparação, uma vez que são superiores, mas contemplam o ano inteiro.