Dificuldades de aprendizagem no processo de desenvolvimento da leitura e escrita

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO- O presente artigo objetiva apresentar uma reflexão sobre as dificuldades da aprendizagem, que podem comprometer o processo do desenvolvimento do aluno tanto na leitura como também na escrita. Induzindo o indivíduo ao aumento da probabilidade de problemas sociais, emocionais. A inclusão de alunos que apresentam distúrbios de aprendizagem em escolas de ensino regular é um grande desafio, na qual, todos os alunos sejam eles deficientes físicos ou mentais devem estar incluídos nas salas de aulas, e receber um ensino de qualidade. Sendo assim, se faz necessário que a escola reflita sobre esse novo conceito de ensino, e realize algumas mudanças necessárias no trabalho pedagógico da escola, para que mantenha a convivência dos alunos com vulnerabilidade com os demais alunos.

Neste ambiente os alunos se deparam com os mais variados conteúdos em que precisam pensar e refletir, que em muitas situações são postas ao grupo de indivíduos de igual forma. Porém, sabe-se que nem todas as crianças possuem o mesmo ritmo de desenvolvimento da aprendizagem, ou, muitas vezes, muitos não alcançam o resultado que se é esperado para o nível ou série que está inserido. As dificuldades de aprendizagem podem ser entendidas de modo geral como por uma ordem pedagógica, no que diz respeito ao modo de ensino, ou seja, a forma que os conteúdos são apresentados aos alunos ou a dificuldade de aprendizagem podem estar associadas ao campo neurológico, isto é, o ato da não aprendizagem ao funcionamento cerebral propriamente dito.

Para estes indivíduos aprender a ler e escrever não são tarefas fáceis. Tais dificuldades são classificadas por muitos estudiosos como distúrbios de aprendizagem. Já os distúrbios de aprendizagem, segundo Drowet (2001), referem-se a problemas de ordem neurológicas, com perdas físicas, sensoriais, emocionais e intelectuais. Os problemas ocasionados por problemas de origem pedagógica estão ligados ao modo como os conteúdos são passados a crianças ou a maneira como estão organizados, ou até mesmo as metodologias utilizadas em sala podem não estar sendo favorável para a construção do conhecimento do educando. No que diz respeito às dificuldades de ordem neurológica faz referência à condição clínica dos educandos, sendo assim, são problemas neurológico que provocam as dificuldades na aquisição dos conteúdos trabalhados na escola.

Distúrbio de aprendizagem é um termo genérico que se refere ao grupo heterogêneo de alterações manifestas por dificuldades significativas na aquisição e no uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Estas alterações são intrínsecas ao indivíduo e presumivelmente devidas à disfunção do sistema nervoso central. ALGUNS DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM E SUAS POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO -Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) Em se tratando de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), muitas são as teorias que buscam entender suas causas e explicar o seu tratamento. Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH tem como principal causa a alterações neurobiológicas que podem ocasionar problemas no desenvolvimento da pessoa por toda a vida.

Muitos estudos comprovam que o TDAH pode afetar algumas regiões do cérebro, principalmente a região frontal, responsável pela regulação do comportamento, em especial ao que está relacionado ao controle da atenção, autocontrole, memória, organização e planejamento. Segundo Domingos (2007): O déficit de atenção pode estar associado ou não à Hiperatividade. Ocorre predominantemente em meninos com início antes dos 7 anos. A atenção é uma função psicológica que o sujeito possui ao nascer, são as condições biológicas necessárias para seu desenvolvimento. Portanto, a atenção só pode se desenvolver a partir de um arcabouço biológico que é próprio da espécie humana. Entretanto, a atenção no início da vida é muito volátil, sendo que na criança quanto menor sua idade maior é a dificuldade de permanecer atenta a algo.

VYGOTSKY, 1991) Com o passar dos anos e com o processo de inserção cultural, a criança começa a dar sentido ao mundo que a rodeia, os seja, cada vez mais consegue reconhecer e nomear os objetos, processo esse que é desenvolvido quando a criança começa a desenvolver a fala. Desta forma, quanto maior for o repertório de conhecimento singular sobre o mundo, maior será capacidade de regular sua atenção. Neste sentido, a dislexia pode resultar dificuldades com a leitura e a escrita. ABD, 2017) No que diz respeito ao seu diagnóstico, é necessário que o aluno já tenha passado pela etapa de alfabetização, uma vez que os sintomas da dislexia são comuns em indivíduo que estão em processo de alfabetização. Tais como segundo a ABD (2017): desatenção e dispersão nas atividades de leitura e escrita, dificuldade na leitura e escrita, troca de algumas letras na escrita, dificuldades em cópias de textos, entre outras.

Entretanto, vale ressaltar que nem todo problema de leitura e escrita é resultado de um quadro patológico, uma vez que, em muitas situações pode-se deparar com alunos em processo de aquisição da leitura e escrita que foram mal alfabetizadas e devido a isso apresentam as mesmas características apontadas pela ABD. Assim, é preciso uma avaliação bastante criteriosa que busque saber as principais causas que levou o indivíduo a apresentar problemas no seu desenvolvimento da leitura e escrita, tais como o modo que o aluno foi ou está sendo alfabetizado ou até mesmo seu contexto social e familiar. Vale ressaltar que na escola, e dever de todos que dela fazem parte, cuidar, auxiliar e ter responsabilidades com todos os alunos que possuem necessidades de atendimento especiais, e não somente o professor como muitos ainda pensam.

De fato, a escola é uma forma de auxiliar na aprendizagem e inclusão de diversas maneiras, seja através de materiais didáticos adaptados que facilita no entendimento; por meio de cursos disponibilizados para estes educadores com o objetivo de dar acesso a novas práticas de ensino. A meta da inclusão é, desde o início, não deixar ninguém fora do sistema escolar, que deverá adaptar-se às particularidades de todos os alunos (. à medida que as práticas educacionais excludentes do passado vão dando espaço e oportunidade à unificação das modalidades de educação, regular e especial, em um sistema único de ensino, caminha-se em direção a uma reforma educacional mais ampla, em que todos os alunos começam a ter suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educação regular (MANTOAN, 1997, s/p).

Infelizmente, ainda encontramos escolas superlotadas onde o professor não consegue tratar todos da melhor forma, garantindo uma educação com qualidade. E quanto mais cedo for identificada tais problemas melhor será para iniciar o tratamento, na qual o mesmo terá mais chances de um melhor desenvolvimento. É fundamental que os professores tenham preparo especializados e estejam sempre preparados e dispostos a atender todas as necessidades especial de cada indivíduo presente no ambiente escolar, para que seja realizado de fato a inclusão. REFERÊNCIAS ABDA. Associação Brasileira de Déficit de Atenção. Sobre o TDAH. BARBOSA, Eveline Tonelotto. Os “donos da imaginação”: a contação e produção de histórias promovendo o interesse e a participação de adolescentes em atividades escolares. Tese (Doutorado em Psicologia) – Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Centro de Ciências da Vida, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Campinas, 2017.

BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas Especiais. M. CAPOVILLA, F. C. Atualização em transtornos de aprendizagem. São Paulo, SP: Artes Médicas, 2009. e MOYSÉS, M. A. A. A história não contada dos distúrbios de aprendizagem. Cadernos CEDES nº 28, Campinas: Papirus, 1992. Org. A integração de pessoas com deficiência. São Paulo: Memnon. SENAC. OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno. Aprendizagem e comportamento humano. São Paulo: Cultura acadêmica, 2010. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem.

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