Dropshipping e o comércio eletrônico em um mercado globalizado

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Administração

Documento 1

Para a pesquisa foram utilizados os conceitos de Marketing Empreendedor, como estratégia para a prática do empreendedorismo, os Marketeplaces e sua atuação na era da tecnologia, além do Marketing Digital, que tem sido usado para promover os negócios baseados na internet. A pesquisa mostrou que diante do crescimento do uso das tecnologias, principalmente no uso de aplicativos móveis, o comércio online apresenta perspectivas de crescimento maior do que o comércio tradicional. Palavras-chave: Dropshipping. Mercado Eletrônico. Marketing Digital. O trabalho foi realizado através de um levantamento bibliográfico, composto por artigos, periódicos e outras publicações na área, buscando conceituar a modalidade de dropshipping e os demais fatores que de alguma forma estão ligados a esta técnica. Tendo em vista os objetivos apresentados para o estudo, este tipo de pesquisa consegue atender adequadamente, trazendo a vantagem de acrescentar conhecimentos para a área proposta na pesquisa.

A estrutura do artigo está apresentada da seguinte forma: logo após ao item 1 que corresponde a introdução, o item 2 apresenta breve relato sobre o dropshipping e a modalidade de comércio eletrônico; no item 3 é abordado sobre o empreendedorismo e o Marketing empreendedor; no item 4, o artigo aborda sobre os marketeplaces e o comércio virtual; o item 5 conceitua a modalidade de dropshipping trazendo nos itens subsequentes do capítulo as vantagens e desvantagens deste tipo de comércio, além de descrever como funciona na prática o dropshipping. O item 6 aborda como Marketing Digital tem sido utilizado para promover negócios online; as considerações finais sobre o artigo são apresentadas no item 7; e no item 8 são apesentadas as referências utilizadas durante a pesquisa para a construção deste artigo.

Dropshipping e o comércio eletrônico Conforme a ABComm (E-COMMERCEBRASIL, 2019), o comércio eletrônico no país deve registrar em 2019, um ticket médio de R$ 301,00 por pedido, totalizado 265 milhões de pedidos de compras até o final do ano. A inovação tecnológica, conforme Schumpeter (1988), traz impactos em todo o sistema econômico, na medida que o desequilibra e modifica, fazendo com que as empresas criem diferenciação umas das outras, pelo uso da tecnologia como grande aliada na oferta de opções em produtos e serviços, gerando a vantagem competitiva. Akabane (2016) enfatiza as oportunidades e desafios para as empresas advindos do avanço da internet. Com o aumento da interconectividade e com o avanço tecnológico, passou-se a utilizar largamente os dispositivos móveis, tais como tablets e smartphones, pelas empresas (AKABANE, 2016), que permitem o acesso fácil e rápido aos canais de publicidade, às estratégias de marketing, permitindo transações comerciais e a distribuição de bens e serviços a qualquer tempo e em qualquer lugar.

Com o avanço tecnológico, a Internet criou um número quase ilimitado de negócios e oportunidades, com inúmeras empresas e indústrias formadas basicamente a partir da internet, atuando em todos os lugares do globo. Neste sentido o dropshipping é uma modalidade que tem sido aderida por estas empresas como forma de vender qualquer produto, de forma segura pois o pagamento é certo, sem a preocupação das inúmeras responsabilidades obrigatórias que outros negócios exigiriam. Abrir empresas, ou empreendedorismo empresarial, é uma das infindáveis formas de empreender. Contudo, não se considera empreendedor alguém que, por exemplo, adquira urna empresa e não introduza nenhuma inovação (quer na forma de vender, quer na de produzir ou na maneira de tratar os clientes), mas somente gerencie o negócio (DOLABELA, 2006, p.

Segundo Dolabela (2006), também é considerado empreendedorismo a busca de soluções inovadoras para enfrentar os desafios que se apresentam para a empresa, aí incluídos o desenvolvimento e a melhoria de produtos e serviços, bem como a implantação de novas tecnologias, tanto administrativas quanto operacionais. Importante salientar que oferecer melhorias nos produtos e serviços oferecidos, é um ato que cria valor para todos os envolvidos, levando-se em conta a oportunidade percebida. O mercado consumidor tem mudado nos últimos tempos. Os concorrentes conseguem manter segredo de informações detalhadas de 70% (setenta por cento) de todos os novos produtos no período de um ano após seu desenvolvimento. – Produção. Os novos processos são muito mais difíceis de proteger do que os novos produtos. – Marketing. O recurso a instrumentos extra preços é uma técnica à qual se atribui maior potência do que alterações de preços, talvez porque seja mais difícil de ser copiada.

p. ou seja, leva as atitudes e os comportamentos empreendedores para o desenvolvimento de programas de marketing. Portanto, a definição para Marketing Empreendedor, segundo Kurgun et al. p. pode ser dada como “a identificação proativa e a exploração de oportunidades para adquirir e reter clientes lucrativos através de abordagens inovadoras para gerenciamento de risco, alavancagem de recursos e criação de valor”. O aumento do comércio eletrônico permitiu aos marketplaces ganharem visibilidade e serem procurados pela capacidade de crescimento no mercado e pelos baixos custos para a realização das vendas, (SOH; MARKUS; GOH, 2006). Também Tauschen e Laudien (2017) explicam que avanços tecnológicos, tanto em pesquisas de novos produtos, como criação de algoritmos com ampla difusão em dispositivos móveis, permitiu o desenvolvimento de novos modelos de negócios, capazes de atender a diversos mercados consumidores, desde transporte (Uber), alojamento (Airbnb), e finanças (Lending Club).

São proposições de valor inteiramente novas, segundo os escritores. Neles é possível agregar em um mesmo ambiente diversos vendedores para produtos específicos, focados em um determinado nicho de mercado. Como exemplos de marketplaces podem ser citados o Mercado Livre, sendo uma referência em produtos eletrônicos, o Submarino e Magazine Luiza como referência de lojas de departamentos, o Airbnb que negocia o aluguel de casas ou quartos para temporada, o Uber como serviço de táxi, dentre inúmeros outros (SILVA, 2016). Quarto, a plataforma não produz ou comercializa substancialmente bens ou serviços em si. Esta condição exclui modelos de negócios de produtores ou varejistas que, adicionalmente, permitem que outras partes ofereçam plataforma digital (Hagiu & Wright, 2015), (apud TAUSCHEN; LAUDIEN, 2017, p. Abaixo são demonstrados os tipos de comércio eletrônico que são praticados, e que os marketplaces podem facilitar (PÁDUA, 2017): - Comércio B2B: conhecido também como Electronic Data Interchange (EDI).

Se dá quando a transação comercial ocorre entre empresas via meio eletrônico, e geralmente no atacado. Neste modelo Business to Business, uma empresa comercializa os produtos de outra, ou recebe os produtos de algum fornecedor, não havendo interação com o cliente pessoa física. Através da intranet, as empresas oferecem bens e serviços aos seus colaboradores. Comércio P2P: Peer-to-Peer: é o compartilhamento dos arquivos digitais sem o uso de intermediador. Através de um software de transferência, as pessoas podem compartilhar arquivos. Como exemplo,4shared. Além destes também acontecem o mobile commerce (m-commerce), que é a transação comercial com o uso de um dispositivo; o social commerce (s-commerce) que é o uso das redes sociais e das redes de relacionamentos para atração e fidelização de clientes; e o comércio televisivo (t-commerce) que é a venda pela TV digital a qualquer momento, na disponibilidade do cliente.

Os mercados eletrônicos usam a tecnologia da informação para realizar as funções acima, com maior eficácia e menores custos de transação, resultando em mercados mais eficientes e livres de inconveniências (BAKOS, 1998, p. O que é e como funciona o Dropshipping O Dropshipping é uma estratégia de negócio onde o varejista vende diretamente ao consumidor um produto que não existe no seu estoque físico, ou seja, o produto negociado entre o consumidor e o varejista é despachado diretamente do fornecedor (OLIVEIRA, 2015). Para concretizar a venda via drop shipping, o varejista primeiro compra o produto do fornecedor a preço de atacadista, revendendo em seguida no seu marketplace ou loja virtual, sem se quer ver o produto em seu estoque físico. Quem vende ao cliente o produto não vai jamais manipulá-lo, sendo esta a maior diferença entre as vendas do varejo padrão e a gestão do dropshipping.

O varejista online acaba mantendo um inventário de compras de um terceiro, geralmente um fabricante, e atende as solicitações de pedidos realizadas pelo consumidor final (ORDERHIVE, 2019). O fornecedor por sua vez é quem vai realizar o processo logístico (item 3), entregando o produto comprado no endereço fornecido pelo cliente no momento do pedido. Toda a transação de venda é mantida entre o cliente e o varejista do e-commerce. Figura 1 - O processo de Dropshipping. Fonte: criado pelo autor baseado em Roach (2018) Para iniciar um e-commerce e trabalhar na maneira de dropshipping, o interessado não precisa de muito capital, sendo este um ponto positivo para quem gosta e tem perfil para trabalhar com vendas, mas dispõem de recursos limitados. Com a técnica ganhando cada vez mais adeptos no mundo, o e-commerce tem crescido muito, em parte auxiliado pela agilidade e comodidade que a internet promove.

Custo inicial de e-commerce; Abertura rápida do negócio A abertura de uma loja virtual é menos burocrática que para abrir uma loja física; Loja Virtual A loja é gerenciada de qualquer local do mundo, por aplicativo móvel ou notebook; Loja aberta 24 hs/dia Como é virtual, a loja vende todos os dias durante 24 hs, aumentado as vendas na loja e facilitando a vida do consumidor pelas alternativas de horário; Alcance do negócio A loja virtual tem maior alcance que um comércio físico, podendo atender sem limites de fronteiras; Facilidade de acesso A loja no e-commerce pode ser acessada de qualquer lugar e de qualquer aplicativo, facilitando as vendas; Altamente Escalável É possível ir aumentando o número de produtos vendidos no e-commerce, ou diversificar conforme interesse; Parcerias de negócios Há várias opções de fornecedores para diversos tipos de produtos que trabalham na modalidade drop shipping; Poucos gastos Os custos no e-commerce são baixos, já que não há aluguel do espaço, mão-de-obra, impostos sobre mão-de-obra, e outros que encarecem as empresas tradicionais; Quadro 1 - As Vantagens do Dropshipping Fonte: criado pelo autor, a partir de Oliveira, 2015 Quanto à legislação sobre o dropshipping, no Brasil a prática se enquadra como intermediação de negócios, onde o dropshipper (dono da loja virtual) fornece um serviço de ofertar um produto de algum fornecedor para clientes que ele tenha conquistado via internet (MARTINS, 2018) Para realizar vendas como e-commerce é necessário a constituição de empresa, além do fato de deixar claro ao cliente que os produtos não estão disponíveis em estoque físico da loja virtual, mas na propriedade de um fornecedor, e que o frete e prazo de entrega também segue algumas especificações do fornecedor.

Algumas plataformas de gerenciamento de e-commerce oferecem a opção de emissão da nota fiscal ao consumidor final, dos produtos por ele comprados. Mas a depender do volume financeiro das vendas, é a loja virtual que terá que ter pelo menos um registro MEI – Micro Empreendedor Individual – e pagar os impostos sobre esta modalidade (BERTÃO, 2013). As Desvantagens do Dropshipping Dentre as questões a serem planejadas está o fato de que o cliente pode devolver um produto comprado, independente dos motivos dele. Como o e-commerce precisa garantir as condições de troca para os produtos que o consumidor final comprar, há necessidade de manter parcerias com fornecedores que permitem e facilitam esta troca, pois a que se pensar em alguns empecilhos como exemplo, um fornecedor estrangeiro e a sua disponibilidade em manter uma política de troca.

Como todo negócio é preciso entender os processos que dele fazem parte, no caso da loja virtual é conhecer os processos logísticos que correspondem desde o pedido realizado pelo cliente até a entrega do produto comprado. Escolha dos fornecedores, ainda não existem muitos fornecedores que aceitam trabalhar como drop shipping, mas na procura por um, as qualidades de idoneidade e experiência no comércio online, contam muito; - Determine os produtos para a venda, uma mineração de produtos para venda ajuda a posicionar a loja virtual para o seu público alvo, e consequentemente, fazer girar as vendas; - Escolha do nome do e-commerce, baseado no nicho de mercado para melhor identificação do negócio; - Monte a loja virtual, hora da aquisição de um domínio com plataforma de vendas e gerenciamento dos processos de e-commerce.

Divulgação da loja virtual, é criar páginas de conteúdo sobre o negócio de e-commerce. Assim, conhecendo o cliente, é possível direcionar ações de marketing de forma a atingi-lo via redes sociais como Facebook, Instagram e outras; - Precificação de produtos, a comparação de preços com outros negócios virtuais ajuda na precificação das mercadorias, sabendo que é a quantidade que gera a lucratividade; - Verificação das leis de importação para produtos importados, que são a maioria dos casos de fornecedores do dropshipping, devendo ser levadas em conta para não ocorrer prejuízos. As técnicas de Marketing Digital para a promoção dos negócios online Juntamente com a revolução da tecnologia, a internet trouxe também novas formas de se buscar informações, permitindo a todos diante de um computador, o acesso a qualquer dado que queira buscar, desde que disponível na rede de computadores.

Porém, o atual consumidor online tem algumas características, conforme Ryan (2016, p. que acabam influenciando as estratégias de marketing, podendo ser definidos da seguinte maneira: a) são experientes em usar mídia, os consumidores já estão acostumados a usar aplicativos e a comprar online; b) são imediatistas, no mundo basicamente digital, os consumidores estão crescendo e envelhecendo acostumados a ter imediatamente o que querem, as informações são on-time, desafiando as empresas a fornecer produtos e informações com velocidade; c) estão no controle, as estratégias de marketing devem ser baseadas no usuário como o centro da estratégia; d) são inconstantes, apesar de ser on-line, o consumidor espera a lealdade e transparência em todas as ações do vendedor, sendo portanto, fundamental para o marketing digital construir uma marca de confiança; e e) são vocais, o consumidor da era digital fala para os outros sobre suas experiências on-line, seja em fóruns, em mídias sociais, ou em comunidades de que participe.

Aaker e Joachimsthaler (2007, apud REIS et al. destacam os benefícios de manter a marca na internet, entre eles: a interatividade da rede, o acesso à informações valiosas e atualizadas, e a capacidade de personalizar a comunicação. Destaca-se que já não é possível manter a marca isolada, mas ela está caminhando entre as pessoas e seu público alvo que interferem no seu deslocamento criando opções de risco e oportunidades. Considerações Finais Este trabalho descreveu como o dropshipping tem sido usado para negócios de e-commerce no mundo todo, modalidade que no Brasil tem movimentado bilhões em negócios online, com perspectiva de aumento crescente nas vendas via internet. O avanço tecnológico e a melhoria dos processos logísticos têm permitindo que novos negócios e técnicas de vendas sejam implementados, e entre eles está o dropshipping.

Através do dropshipping, empreendedores têm visto uma oportunidade de incrementar renda ou até mesmo iniciar um negócio baseado na internet que além de oferecer os produtos conforme o seu perfil de vendedor, ainda conseguem o barateamento dos custos, pois no dropshipping muitas dificuldades encontradas pelas lojas físicas não existem para os e-commerce, dentre elas custos operacionais e produtivos, de logística e de impostos, tornando-se numa grande atração de interesses. Além das vantagens referentes à diminuição dos custos para criar, manter e gerenciar um e-commerce, outras ainda podem ser levantadas, como a crescente procura deste tipo de comércio pelos consumidores, cada vez mais habituados às compras online, e a comodidade oferecida pela modalidade para a troca de informações e comercialização dos produtos e serviços do portfólio.

Porém, como trabalhar na legalidade é uma obrigação, é preciso que os interessados estejam cientes da importância de legalizar a abertura do comércio eletrônico, visando evitar medidas legais contra ele, aplicados por falta de recolhimento de impostos, e por outras questões legais movidas por algum consumidor que se sentir lesado. AGÊNCIA BRASIL. Brasil é o 4º país em número de usuários de internet, 2017. Disponível em: <https://exame. abril. com. br/files/metodologia_do_trabalho_cientifico_1360073105. pdf>. Acesso em: 13 abr. BAKOS, Yannis. The Emerging Role of Electronic Marketplaces on the Internet Communications of the ACM, August 1998. Investigação, v. n. p. DAL´LAQUA, Daniel. Marketing digital: o que é, suas vantagens e ferramentas 18/03/18. São Paulo: Editora de Cultura, 2006. E-COMMERCE BRASIL. E-commerce cresce 12,1% no Brasil e fatura R$ 23,6 bi no 1º semestre de 2018, 2018.

Disponível em: <https://www. ecommercebrasil. KOEHLER, Cristiane; CARVALHO, Marie Jane Soares; FRANCO, Sérgio Roberto Kieling. Interação Social em Rede e nas Redes Sociais na Internet: Reflexões para uma Educação em Rede. Nuevas Ideas en Informática Educativa, TISE: 2015. KOTLER. Philip. LIMA, Brendha R. de. et al. Global Entrepreneurship Monitor. Empreendedorismo no Brasil: 2016. A nova regulação do BACEN e suas alterações para os marketplaces, 2017. Disponível em: <http://ndmadvogados. com. br/a-nova-regulacao-do-bacen-e-suas-alteracoes-para-os-marketplaces/>. Acesso em: 10 nov. pdf>. Acesso em: 11 nov. PEÇANHA, Vitor. O que é Marketing Digital? Entenda o conceito e aprenda agora mesmo a fazer! 2018. Disponível em: <https://marketingdeconteudo. n. jul/dez. São Paulo. p 41-54. ROACH, Andrew. Você sabe o que é um marketplace? 2016. Disponível em: <http://www. administradores. com. br/artigos/tecnologia/voce-sabe-o-que-e-um-marketplace/96803/>. L. GOH, Kim H.

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