EFEITO DA APLICAÇÃO DO Bacillus subtilis linhagem QST 713 SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DO FRUTO DO ABACAXIZEIRO PÉROLA Ananas comosus L

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Orientador: Prof. Dr. Esdras Henrique da Silva Co-orientador: Prof. Me. Raimundo F. Which highlights the need for efficient production systems, they can get quality fruit and meet today's market requirements. In this context, the present study aims to assess the effect of the Serenade®, drawn from the fungicide composition of Bacillus subtilis. The methodology consisted in the application of the product in the culture of pineapple Pearl, after the treatment of Floral Induction (TIF), through the spraying of the fruit. The main results show that the fruits of Pearl pineapple analyzed present favorable physical and chemical features, which fall under the classification of the CEAGESP pattern and with much of the technical and academic works. Concluding that the fungicide is able to increase productivity of culture and act in the biocontrol of diseases, in addition to providing biodegradability and low toxicity.

mil toneladas e área plantada de 60. ha em 2010 (PEREIRA, 2013). Esta produção é destinada, principalmente ao mercado interno sendo os principais estados produtores correspondem ao estado de Minas Gerais, Pará e Paraíba (PEDREIRA; NASCIMENTO, 2008), sendo o Tocantins responsável por 4,2% na produção total de frutos de abacaxi no Brasil, o que corresponde a 66,6 milhões de frutos (SANTOS, 2018). As principais cultivares de abacaxi exploradas comercialmente no Brasil são a Smooth Cayenne e a Pérola (PEREIRA, 2013). Porém, o tipo Pérola é considerado a mais importante variedade cultivada no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste (SANTOS; SANT’ANA; SANTOS, 2014). O Bioma é do tipo Cerrado. Foram coletados dados da distribuição das chuvas na fase de desenvolvimento do fruto, conforme gráfico 1. Gráfico 1 - Distribuição da precipitação na fase reprodutiva do abacaxizeiro Fonte: Estação meteorológica automática de Colinas do Tocantins, TO.

O plantio foi executado em dezembro de 2017, orientado no sentido leste-oeste em linhas duplas na densidade de 27. plantas. g-¹ de ativo), registrado no Brasil pela multinacional Bayer Cropscience. A dose aplicada foi de 2,0 litros do produto comercial por hectare em cada aplicação. Os tratamentos foram os seguintes: T0 – testemunha sem aplicação do Serenade®, T1 – aplicação do Serenade® 30 dias após TIF, T2 – aplicação do Serenade® 30 e 60 dias após TIF, T3 - aplicação do Serenade® 30, 60 e 90 dias após TIF, T4 - aplicação do Serenade® 30, 60, 90 e 120 dias após TIF e T5 - aplicação do Serenade® 30, 60, 90, 120 e 150 dias após TIF, conforme descrito na tabela 1. Todos os tratamentos receberam aplicação de fungicida e inseticida para controle de Fusarium guttiforme (Fusariose) e Strymon megarus (Broca-do-Fruto), de acordo com a recomendação técnica, respectivamente.

A colheita dos frutos foi realizada aos 150 dias após TIF, em 17/05/2019, para as avaliações, onde em cada tratamento foram colhidos 14 frutos, sendo 7 frutos de cada da fileira simples, resultando em 84 frutos colhidos para avaliação. Entretanto, a garantia destas propriedades depende diretamente de métodos adequados de conservação e manuseio de frutos, uma vez que após a coleta, estes frutos podem sofrer uma série de injúrias mecânicas que, dependendo da sensibilidade do produto, estarão sujeitos a danos (PARISI; HENRIQUE; PRATI, 2012). Além disso, estão suscetíveis a uma série de transformações endógenas, que tendem a promover alterações nas características específicas do fruto (textura, cor, sabor, aroma, grau de maturação e senescência). Tais alterações podem promover a invasão de patógenos, contribuindo assim, para o rápido desenvolvimento destes microrganismos (SANTOS FILHO et al.

Segundo Santos et al. as perdas pós-colheita devem ser eliminadas ou, pelo menos, minimizadas, para evitar a ocorrência de desperdícios financeiros, assim como para aumentar a oferta de produtos. Os frutos eliminados, por não atenderem aos pré-requisitos, são descartados, normalmente, na linha de embalagem ou direcionados para uso alternativo (mercado local, instituições ou processamento industrial), desde que o defeito detectado não comprometa a segurança para o consumo e, consequentemente, ofereça risco a saúde (SENHOR et al. No transporte, estes frutos devem ser armazenados no veículo por meio de métodos seguros, que evitem a exposição prolongada do produto ao sol (responsável por reduzir a umidade), bem como a ocorrência de empilhamentos elevados, que poderão favorecer a deterioração do fruto e ocasionar rachaduras, arranhões ou ainda, qualquer tipo de alteração danosa, que implique na redução de sua qualidade (EMBRAPA, 2000).

Além disso, o abacaxi não deve ser transportado junto a outras espécies de frutos, principalmente, a aquelas que liberam altos teores de etileno, como a banana, devendo assim, ser transportado de forma isolada (EMBRAPA, 2007). Com base, também, na temperatura de conservação exigida (SENHOR et al. Durante o transporte e comercialização do produto, segundo a EMBRAPA (2000), a qualidade do abacaxi pode ser prejudicada, também, pela penetração de agentes patogênicos por meio da secção do pedúnculo como, por exemplo, o fungo da podridão-negra (Ceratocystis paradoxa e Chalara paradoxa) ou podridão-mole (Erwinia carotovora). Tais aditivos químicos, segundo Cruz et al. tem por função evitar o escurecimento enzimático, bem como evitar a perda do sabor e do aroma, o amaciamento dos tecidos e a perda da qualidade nutricional.

Nesta categoria, além dos ácidos ascórbicos, há os ácidos cítricos, isoascórbico, eritórbico e EDTA (ácido etileno-diamino-tetracético). Há ainda, outros produtos químicos direcionados a inibir ou reduzir o desenvolvimento de leveduras, fungos e bactérias, principalmente, na superfície dos frutos, dentre estes, é possível citar: os ácidos benzoicos, sórbicos e sais de sódio, potássio e cálcio. Entretanto, devem estar de acordo com o limite máximo da concentração no fruto (tolerância) com base no que prevê a legislação (REIS, 2014). A quitosana pode ser definida como um produto composto por um polissacarídeo natural de alta massa molecular, comestível, derivado da quitina e extraído da carapaça de crustáceos, o qual tem por função atuar no controle de doenças, seja por meio da ativação de resistência no fruto ou ainda, pelo seu efeito direto sobre microrganismos.

Este produto é responsável por formar um filme semipermeável, que permite modificar a atmosfera ao redor do produto e, consequentemente, reduzir os processos de respiração e transpiração do abacaxi, minimizando a perda de água (BRON et al. Este recobrimento semipermeável tende a prolongar a vida útil pós-colheita e atuar, também, contra atividades antifúngicas e antibacterianas, sendo ideal para frutos que possuem uma alta taxa de maturação (REIS, 2014). Já os óleos e extratos naturais e essenciais de plantas apresentam uma grande capacidade de controlar e atuar sobre os fitopatógenos, por meio de suas atividades antimicrobianas e antifúngicas, diretas e indiretas, que tendem a inibir o crescimento micelial e a germinação de esporos, assim como induzir o acúmulo de fitoalexinas (substâncias químicas de baixo peso molecular que apresentam propriedades antimicrobianas) (REIS, 2014).

Bacillus subtilis O Bacillus subtilis constitui uma bactéria não patogênica capaz de tolerar condições ambientais atípicas, a qual é amplamente utilizada em bioprocessos. Sendo assim, conforme ressalta Lanna Filho, Ferro e Pinho (2010), as bactérias Bacillus subtilis atuam na produção de uma grande diversidade de metabólitos antifúngicos, entre os quais, encontram-se os lipopeptídeos das famílias surfactina, iturina e fengicina. De acordo com o mesmo autor, o produto é capaz de promover o biocontrole, de natureza direta ou indireta. Do ponto de vista direto, as bactérias tendem a agir por antibiose, exercendo efeito contra os fitopatógenos, por meio da produção de substâncias antimicrobianas e da síntese de compostos voláteis, que tendem ocasionar competição por espaço e nutrientes.

Já o mecanismo indireto é exercido pelo fenômeno nomeado como resistência sistêmica induzida (ISR), o qual proporciona a sistemicidade da resposta de defesa contra patógenos. Este mecanismo é, geralmente, ativado por meio da síntese dos lipopeptídeos das famílias surfactinas e fengicidas (LANNA FILHO; FERRO; PINHO, 2010). o Bacillus subtilis linhagem QST 713 apresentou eficácia no controle da sigatoka negra Mycosphaerella fijiensis) em bananas. Enquanto que no estudo de Kon e Honma (2012), foi possível verificar que o produto efetuou o controle preventivo de Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) na manga. Em relação ao abacaxi, o de Brandi (2015), demonstrou que o Bacillus subtilis linhagem QST 713 foi responsável por inibir o crescimento micelial de Thielaviopsis paradoxa (podridão negra) em condições controladas, de modo que, notou-se que este fungo é sensível aos metabólitos da bactéria.

RESULTADOS E DISCUSSÃO 4. Peso do fruto com coroa De acordo com Almeida et al. De acordo com a tabela 2, o tratamento T5, que recebeu 5 aplicações de Serenade®, apresentou o valor de peso médio do fruto com 1. g, na colheita para a característica peso do fruto com coroa, classificada como Classe 3 pela Norma brasileira de Classificação de Abacaxi (CEAGESP, 2003). O tratamento T1, que recebeu 1 aplicação de Serenade®, apresentou o valor de peso médio do fruto com coroa 1. g na colheita e classificada como Classe 2 da Norma Brasileira de Classificação de Abacaxi (CEAGESP, 2003). Na avaliação de pós colheita, transcorrido 7 dias após a colheita, foi observada perda de peso médio de 172g no tratamento T5 e de 112g no tratamento T1. T3 996 1271 1490 191.

T4 1352 1568 1840 170. T5 1382 1604 1824 175. Apesar de alguns frutos, na etapa de colheita e pós-colheita apresentarem valores médios superiores a 1800g, segundo Pedreira e Nascimento (2008), o consumo in natura, no mercado interno brasileiro, a menor massa aceita para o fruto abacaxi é equivalente a 800g. Já para o mercado externo, a massa do abacaxi deve estar entre 700g a 2300g, sendo eliminados aqueles frutos pequenos, com peso inferior a 700g, e aqueles considerados muito grandes, superior a2300g. cm a 35. cm na colheita e 32. cm a 35. cm na pós colheita. No estudo de Fagundes e Kiyoshi (2000), as amostras apresentaram um comprimento entre 13,0 cm a 19,0 cm, enquanto que na pesquisa de Bleinroth (1987), o abacaxi pérola alcançou 22,0 cm. T3 29 34. T4 30 33. T5 33 35 38 1. O comprimento do fruto com coroa, no trabalho de Pedreira e Nascimento (2008), variou de 14,1 cm a 24,0.

Os autores notaram, também, que os frutos menores apresentavam, geralmente, coroas maiores. T3 10 16. T4 10 11. T5 11 14. Comprimento da coroa As coroas apresentaram um comprimento médio de 12,35 cm a 15, 57 cm na colheita, e 13,1 a 16,2 cm na pós-colheita, estando de acordo com as normas de qualidade dos Estados Unidos da América, para importação (PEDREIRA; NASCIMENTO, 2008). Uma vez que, a presente norma americana de qualidade estabelece, segundo os mesmos autores, que a coroa não deva ser menor que 9,2 e nem maior de que o dobro do comprimento do fruto. T1 9 10. T2 9 10. T3 9 10. T4 10 10. T5 10 11. T1 89 112. T2 66 112. T3 105 116. T4 104 112. T5 103 121. O maior aumento de massa pode ser observado no T2 (27g) e o menor no T4 (4g). Este crescimento 4. BRIX Os valores médios referentes ao Brix, que se refere ao percentual de sólidos solúveis totais (SST) presentes no fruto, ou seja, a quantidade de açúcares totais na polpa do fruto, seguem apresentados na Tabela 7, os quais demonstram que esta característica bioquímica está acima dos padrões exigidos pela Norma Brasileira de Classificação de Abacaxi, definida pela CEAGESP (2003), sendo exigido o teor igual ou superior a 12° brix para a colheita do fruto.

Vale notar que os valores encontrados na colheita evidencia que esta etapa do cultivo poderia ser antecipada em função dos teores encontrados aos 150 dias após o TIF, pois apresentam em todos os tratamentos teor superior a 12° brix, possibilitando ao produtor a antecipação do processo de comercialização em função do encurtamento do ciclo reprodutivo do abacaxizeiro nas condições do estudo. Tabela 7 –Brix COLHEITA Tratamentos Valor Mínimo (g) Valor Médio (g) Valor Máximo(g) Desvio Padrão Coeficiente de variação (%) T0 13 14. T5 13 14. Pedreira e Nascimento (2008) ressaltam que, as condições climáticas tem um papel fundamental nos teores de açúcar, visto que, em seu estudo os frutos apresentaram um teor inferior ao recomendado, de 11,3°Brix a 11,9°Brix. Um fato resultante da colheita precoce do fruto ou da presença de baixa luminosidade no cultivo.

No estudo Fagundes e Kiyoshi (2000) também foram observados valores de 12,5°Brix e 14,7°Brix. Nas condições climáticas da região e pelo manejo adotado no cultivo, é fundamental realizar monitoramento do BRIX durante o desenvolvimento dos frutos, de modo a verificar os teores e assim efetuar a colheita na época ideal, facilitando o processo de comercialização dos frutos. Na pós-colheita, o tratamento T0 proporcionou o menor percentual de frutos amarelos aos 7 dias após a colheita dos frutos, demonstrando que a coloração da casca dos frutos evoluiu no período de armazenamento, tornando-se amarela, sem que ocorresse modificações quanto à maturação interna, conforme dados na tabela 7 que apresenta os teores de grau brix, corroborando assim, a fisiologia dos frutos não-climatéricos. Sanidade pós colheita São várias as doenças e anomalias que afetam o fruto do abacaxizeiro na fase de pós-colheita, a podridão negra é considerada a doença com maior gravidade na pós-colheita, principalmente quando os frutos são destinados ao mercado de fruta fresca, como é caso da maioria dos Estados brasileiros produtores de abacaxi.

Esta doença é causada pelo fungo Thielaviopsis paradoxa, em sua fase imperfeita e chamado de Ceratocystis paradoxa na fase perfeita, no entanto não foi encontrada a presença deste patógeno nos frutos avaliados. No entanto, durante o período de pós-colheita do estudo, foi verificada e identificada visualmente a presença do fungo Aspergillus spp. O tratamento T0 e T1, conforme figura 2 e 3, apresentaram infecção no pedúnculo após 7 dias transcorridos da colheita, por outro lado, os tratamentos, T2, T3, T4 e T5, conforme figuras 4 a 7, que receberam de 2 a 5 aplicações do B. REFERÊNCIAS ALMEIDA, C. O. VILAR, L. C. SOUZA, L. BLEINROTH, E. W. Matéria-prima. In: MEDINA, J. C. f. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal). Universidade Federal de Tocantins. Gurupi, 2015.

BRANDI, F. DIAS, G. M. LURENTIZ, J. S. CASTRO, M. iac. sp. gov. br/?p=1190>. Acesso em: 19 de abril de 2019. CRUZ, M. J. CLEMENTE, E. CRUZ, M. E. abr. EMBRAPA. Abacaxi: Aspectos técnicos. Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, 2000, 77p. EMBRAPA. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. n. p. FANTE, C. A. NORONHA, M. A. S. FIGUEIREDO, R. F. GONÇALVES, N. B; CARVALHO, V. D. de. Características da fruta. p. S66. LAHLALI, R. PENG, G. GOSSEN, B. M. Evidence that the Biogungicide Serenade (Bacillus subtilis) Suppresses Clubroot on Canola via Antibiosis and Induced Host Resistance. Biological Control, v. n. p. LEDO, A. S. GONDIM, T. M. S. p. LEITE, D. T. ARTHUR, V. MATRAIA, C. CUNHA, G. A. P. MENDONÇA, R. M. n.

p. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. AGROFIT. Disponível em: <http://www. Rio Branco, 2014. PARISI, M. C. M. HENRIQUE, C. N. Variação sazonal da qualidade do Abacaxi cv. Pérola em Goiânia, Estado de Goiás. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. n. R. OLIVEIRA, J. S. B. MESQUINI, R. p. RANGEL, L. E. P. Instrução normativa conjunta INC n° 2, de 7 de fevereiro de 2018. p. Tese (Doutorado em Agronomia, Produção Vegetal). Universidade Federal da Grande Dourados. Dourados, 2014. REINHARDT, D. p. SANTOS, E. M. MIRANDA, M. V. Agropecuária Científica no Semi-Árido, v. n. p. SANTOS, M. L. CARVALHO, J. N. SILVAL, F. L. SILVA, M. ISHS Acta Horticulturae, Korbeek-Lo, n. SILVA, M. A. Fisiologia pós-colheita de abacaxi cvs. Pérola e Smooth Cayenne.

Cad. Prospec. v. Edição especial, p. SOUTO, R. Revista Brasileira de Fruticultura, v. n. p. THÉ, P. M. FERNANDES, S. M. CARVALHO, V. D. Efeitos de tratamentos pós-colheita sobre os fatores relacionados à qualidade de Abacaxi CV.

155 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download