Efeitos do treinamento resistido em indivíduos com hérnia lombar

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Educação Física

Documento 1

Dessa forma, foi realizada uma revisão de literatura dos artigos indexados nas bases de dados do ScieELO, Lilacs e PubMed no período de junho a julho de 2020, com coleta e análise das informações. Os resultados encontrados apontaram que o exercício físico é eficiente como método terapêutico para a restauração da área afetada. Sendo assim, foi possível verificar que o treinamento resistido em indivíduos com hérnia de lombar auxilia no fortalecimento da musculatura lombar; melhora da capacidade funcional; estabilização da coluna lombar, protegendo sua estrutura do desgaste excessivo; promove estabilidade funcional. Ao proporcionam a recuperação da força, resistência, flexibilidade e mobilidade, a atividade física gradual e com acompanhamento profissional é indicada para os indivíduos com hérnia lombar.

Palavras-chave: Hérnia lombar. A extensão em que o exercício pode influenciar a homeostase (incluindo reparo e manutenção) do tecido biológico foi avaliada através de vários esforços de pesquisa ao longo dos anos.  A maioria dos estudos sobre a resposta do tecido ao exercício foi realizada em modelos animais.  A homeostase dos tecidos ósseos e moles é mantida através do equilíbrio apropriado de atividade e repouso. Uma compreensão de como o exercício influencia os tecidos biológicos pode melhorar a prescrição de exercícios através do estadiamento da cura, bem como sua análise do porquê certas respostas favoráveis ​​ou desfavoráveis ​​se desenvolvem (KIM; PARK; SHIM, 2010). Um importante fator de proteção à coluna é a prática dos treinamentos resistidos associados a alongamentos específicos.

Quando vista de lado, uma coluna adulta possui uma curva natural em forma de S.  As regiões do pescoço (cervical) e da região lombar (lombar) apresentam uma leve curva côncava, e as regiões torácica e sacral apresentam uma curva convexa suave (figura 1).  As curvas funcionam como uma mola espiralada para absorver o choque, manter o equilíbrio e permitir amplitude de movimento em toda a coluna vertebral (MASUMOTO et al. Figura 1 – Coluna vertebral Fonte: Lima; Mejia (2014) Os músculos abdominais e das costas mantêm as curvas naturais da coluna.  Uma boa postura envolve treinar seu corpo para ficar em pé, andar, sentar-se e se deitar, de modo que a menor quantidade de tensão seja exercida sobre a coluna durante atividades de movimentação ou de sustentação de peso (MASUMOTO et al.

 As vértebras são numeradas e divididas em regiões: cervical, torácica, lombar, sacro e cóccix.  Apenas os 24 principais ossos são móveis; as vértebras do sacro e do cóccix são fundidas.  As vértebras em cada região têm características únicas que os ajudam a desempenhar suas principais funções (ROUSSEL et al. Em relação a lombar, a principal função é suportar o peso do corpo.  As cinco vértebras lombares são numeradas de L1 a L5. Figura 2 - Hérnia de disco Fonte: Lima; Mejia (2014) 2. Patologia da hérnia lombar O disco intervertebral consiste em um núcleo pulposo interno (NP) e um anel fibroso externo (AF).  O NP central é um local de secreção de colágeno e contém numerosos proteoglicanos (PG), que facilitam a retenção de água, criando pressão hidrostática para resistir à compressão axial da coluna.

 O NP é composto principalmente de colágeno tipo II, responsável por 20% de seu peso seco total.  Por outro lado, o AF funciona para manter o NP dentro do centro do disco com pouca quantidade de PG; 70% do seu peso seco é composto principalmente por fibras de colágeno tipo I concêntricas.  No entanto, são necessárias mais pesquisas para melhor elucidar o papel das aquaporinas na patogênese da hérnia lombar (VIALLE et al. Nem toda hérnia de disco ocorre no contexto de doença degenerativa.  Um subconjunto de pacientes com hérnia lombar carece de evidências de disco degenerativo grave, incluindo perda de proteoglicanos e água no PN.  Nesses casos, a hérnia ocorre como resultado da sobrecarga da coluna vertebral.  Um estudo recente de discos intervertebrais caprinos descobriu que a sobrecarga estática, em particular, em comparação com a carga fisiológica e a sobrecarga dinâmica, coloca o disco em risco de hérnia posterior.

 Em 2001, um estudo demonstrou que 53% dos pacientes com radiculopatia grave apresentaram anaeróbios Gram-positivos.  Quase 84% desses pacientes apresentaram P. acnes.  Recentemente, uma porção significativa de hérnia de disco (11%) demonstrou ter uma alta carga bacteriana de P. acnes (> 1000 UFC/mL).  Dados recentes mostraram que essas alterações são atenuadas de maneira dependente da dose com a administração de bloqueadores ASIC e que, em modelos não humanos, o bloqueio ASIC melhorou o limiar de dor (VIALLE et al. Os Fatores que podem aumentar seu risco de hérnia de disco incluem: • Peso.  O excesso de peso corporal causa estresse extra nos discos da região lombar. • Ocupação.  Pessoas com empregos fisicamente exigentes têm maior risco de problemas nas costas. A deficiência dos músculos extensores de tronco deve ser considerada na elaboração de programas de exercícios em sujeitos com dores lombares.

Os músculos extensores do quadril desempenham um importante papel em auxiliar indiretamente os músculos eretores espinhais na estabilização da coluna lombar e na prevenção de dor nesse segmento vertebral (BARROS, 2004). Exercícios de alto impacto enquanto o hérnia de disco estiver cicatrizando devem ser evitados. Atividades como corrida, salto, levantamento de peso ou qualquer coisa que envolva movimentos bruscos repentinos, podem aumentar bastante sua dor e retardar a cicatrização (REIS et al.  Pode até causar problemas ao longo da vida. No entanto, em todos esses estudos, o período de treinamento foi inferior a 3 meses e, quando seguido a longo prazo, não foram encontradas diferenças entre esses grupos de intervenção em relação à dor, incapacidade ou retorno ao trabalho (HÄKKINEN et al.

A única exceção relatada foi no estudo de Danielsen et al. onde bons resultados foram mantidos após 12 meses de acompanhamento. No entanto, ainda faltam evidências para a eficácia de programas de treinamento de longo prazo após a cirurgia do disco lombar. Autores apontam que o treinamento resistido é um componente comum do tratamento de hérnia de disco. O exercício de força feito frequentemente e com intensidade propostas na literatura para pessoas saudáveis amplia a massa muscular e reduz o percentual de gordura. Entretanto, quando são feitos ajustes no treinamento de acordo com a individualidade biológica de populações especiais, estes resultados podem não ser vistos. O treinamento resistido tem uma influência benéfica para a terapia de algias vertebrais, doenças degenerativas discais e lombalgias (ALMEIDA et al.

Apesar da resistência no uso de treinamentos de força em programas de atividade física para pessoas com lombalgias e hérnias de disco, por conta da possibilidade das forças aplicadas durante os exercícios sobre o local de herniação produzirem uma piora do quadro clínico, quando bem planejados e aplicados corretamente, os exercícios de força podem ser incentivados para fazer parte de programas de reabilitação de pacientes com hérnia de disco (GOMES et al. De acordo com Carvalho et al. O exercício pode ser uma maneira agradável e satisfatória de tratar os sintomas associados a um hérnia de disco.  O paciente e profissional podem trabalhar juntos para desenvolver um programa que possa ser mantido e reduzirá a dor (ALMEIDA et al.

É importante ressaltar as principais medidas de prevenção da hérnia de disco: • Exercício.  O fortalecimento dos músculos do tronco estabiliza e apoia a coluna. • Mantenha uma boa postura. O período da pesquisa compreendeu os meses de junho e julho de 2020. Os filtros inseridos para a busca foram: trabalhos nacionais e internacionais, com textos completos e disponíveis. Os termos utilizados foram: “Hérnia Lombar”, “Treinamento Resistido”, “Musculação”, “Coluna Vertebral”. Outra estratégia foi a busca nas referências dos estudos escolhidos. Dessa forma, ampliou-se as informações sobre o tema. Exercícios aeróbios e fortalecimento da musculatura abdominal e paravertebral foram apontados como eficazes ao controle da dor, na recuperação da flexibilidade e movimento muscular. O alongamento são fundamentais para manutenção e recuperação das articulações.

Diante de um quadro de hérnia de disco, as atividades de alto impacto não são desejáveis. Na utilização do exercício físico terapeuticamente, seu objetivo é recuperação da força, resistência, flexibilidade e mobilidade reduzindo a deficiência do trauma. Para tanto, atividades moderadas que estabilizem a região lombar através de trabalhos dos músculos abdominais e das costas são recomendadas. p. Mar. Acesso em: 19 jul. Disponível em: http://www. scielo. com/efd70/hernia. htm CECIN, H. A. et al. Projeto diretrizes: Diagnóstico e tratamento das lombalgias e lombociatalgias. lww. com/spinejournal/Abstract/2000/04150/Early_Aggressive_Exercise_for_Postoperative. aspx GOMES, Abel Barbosa Araújo. et al. Efeitos da Estabilização Segmentar Lombar no Equilíbrio de Tronco em Paraplégicos.

doi. org/10. j. apmr. LIMA, Erielma Santos; MEJIA, Dayana Priscila Maia. n. p. fev. Elsevier BV. doi. Gait Posture, v. n. p. Acesso em: 15 jul. Disponível em: https://www. BRS. b013e3182739cb4. REIS, Ewerton Durso dos et al. Benefícios da musculação para portadoresde hérnia de disco.  Revista Enaf Science, [s. A. et al. Reliability of the assessment of lumbar range of motion and maximal isometric strength in patients with chronic low back pain. Arch Phys Med Rehabil; v. n. br/ohs/data/docs/32/128_-_Inf. do_controle_motor_na_ES_terapYutica_nas_lombalgias_RevisYo_de_literatura. pdf TRIBASTONE F. Tratado de Exercícios Corretivos Aplicados a Reeducação Motora Postural. São Paulo: Manole; 2013.

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