ERGONOMIA E TRABALHO: A QUALIDADE DE VIDA DO SERVIDOR PÚBLICO NO DESENVOLVER DE SUAS ATIVIDADES

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Gestão pública

Documento 1

O papel desempenhado pela ciência de Ergonomia em busca da qualidade no atendimento público das atividades desempenhadas pelo servidor público, também é abordado nesta pesquisa. Palavras-chave: Ergonomia; Qualidade de Vida do Trabalhador; Organização do Trabalho; Servidor Público. ERGONOMICS AND WORK: THE QUALITY OF LIFE OF THE PUBLIC SERVANTS IN THE DEVELOPMENT OF THEIR ACTIVITIES ABSTRACT The quality of life of the worker is closely linked to the productive processes to which he is subjected, as well as to other factors that influence the development of his activities, which can represent a great discomfort for the worker, sometimes distancing him from his work environment. Ergonomics plays an important role in the organization of work, since it is the task of the organization to establish the conditions under which the activities will be developed, seeking to prioritize the health and safety of the worker and, consequently, the quality of life at work.

Through a bibliographical survey, composed of scientific articles and other publications in the area, this work aimed to discuss the role of Ergonomics in productive organizations and the consequences of the interrelations between the workers and the activities to which they are submitted, seeking to value the quality of their worker's life. REFERENCIAL TEÓRICO 2. A ERGONOMIA: UMA CONCEITUALIZAÇÃO A ciência da Ergnomia surgiu na Segunda Guerra Mundial, possivelmente com as dificuldades apresentadas aos soldados no manuseio dos equipamentos e armas de guerra, tendo sido o avanço tecnológico e o desenvolvimento humano incompatíveis naquele evento, pois “o que se percebeu nesse período foi que muitos desses equipamentos não se adaptavam às características dos seres humanos que os operavam, provocando erros e acidentes, que poderiam ser graves e, consequentemente, levar à morte” (SILVA, 2010).

No pós-guerra, os esforços entre a tecnologia, as ciências humanas e biológicas foram usadas para o desenvolvimento da ergonomia e assim resolverem aqueles problemas percebidos durante a guerra (IIDA, 2005), sendo de 1950 a denominação da ciência, utilizando do grego ergon que quer dizer trabalho e nonos, significando leis ou regras. No início da sua aplicação, a Ergonomia segundo Abrahão e Pinho (2002), estava voltada a parametrizações nos processos do trabalho, como o gestual, o agrupamento das informações para o desenvolvimento do trabalho, seus procedimentos e os processos de pensamento. Com o desenvolvimento dos estudos na disciplina, estendeu-se seu conceito e utilização muito além dos postos de trabalho. As estruturas organizacionais, suas políticas e processos são fatores estudados pela ergonomia organizacional, com tópicos relevantes a respeito das comunicações, organização do trabalho, tipos de trabalho como o em grupos, participativos e cooperativos, cultura organizacional, teletrabalho e gestão da qualidade no trabalho, segundo o site da ABERGO.

No Brasil, a Norma Regulamentadora n. NR 17) estabelece os parâmetros para “a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente”. Assim, nas condições de trabalho das pessoas são avaliados dados relacionados ao levantamento, transporte, carga e descarga de materiais, questões ligadas aos equipamentos e mobiliário, às condições ambientais do local de trabalho e à organização do trabalho como um todo. A ERGONOMIA E A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO O termo Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) trata das ações de uma empresa no sentido de implantar melhorias e formular estratégias empresarias, tecnológicas e gerenciais para tornar o ambiente de trabalho o melhor possível, para o colaborador e também para a organização como um todo, segundo Limongi-França (1996).

Assim, segundo o autor, são tomadas providências para prevenir desconfortos e doenças relacionados às atividades do trabalho, como diminuição da repetitividade, estabelecimento de revezamento e descanso na jornada e as atividades educativas direcionadas aos trabalhadores, já que estes têm maior tendência de se adaptar ao ambiente de trabalho do que adequá-lo às suas necessidades. Segundo Dliberato (2002), a ergonomia contribui para solucionar problemas relacionados à saúde, segurança, conforto e eficiência dos trabalhadores nas suas atividades. Quando o trabalho é condicionado e adequado às limitações humanas, o desempenho do trabalhador será mais eficaz, e podem ser observados positivos os índices de produtividade da empresa. A Ginástica Laboral para melhoria da QVT No Brasil, a partir da década de 90, a atividade física na empresa começou a ser tratada a nível gerencial, com os estudos publicados de DaCosta e Pegado, com revisões de estudos e pesquisas realizados em empresas até então, sendo que em 1994 o SESI cria o programa Ginástica na Empresa com abrangência nacional (BRANCO et al.

p. Um Programa de Ginástica Laboral (PGL) oferece interferência sobre a saúde do trabalhador, na medida em que presta orientações e informações sobre a saúde, sobre as mudanças de comportamento e hábitos (PEREIRA, 2003 apud BRANCO et al. p. Branco et al. cita que a GL favorece a mudança na rotina ocupacional do trabalhador, desenvolvendo sua consciência corporal, a postura, diminuindo a tensão muscular, melhorado a mobilidade, flexibilidade e qualidade dos movimentos executados na rotina de trabalho, além de contribuir para um melhor relacionamento social no local de trabalho, reforçando a autoestima e melhorando a concentração. Porém, conforme salientam Swertz e Robazzi (2014), um PGL deve ser elaborado de forma específica para cada setor ou ambiente de trabalho em que será aplicado, atendendo as especificações de cada realidade, pois conforme o trabalho desenvolvido, será aplicado o tipo de exercício e de condutas terapêuticas.

requerendo que temas antes tratados na espera privada, agora devam ser pauta também nas esferas governamentais. O novo funcionário público está envolto em temas como “competências, discricionariedade, desenvolvimento gerencial, atendimento ao cidadão e desempenho” (RODRIGUES et al. p. obrigando-o a abandonar um estilo hostil e indiferente à produção do bem público, para um novo profissional que é revestido de qualidades, tanto do trabalho em equipe, como competências pessoais e técnicas para fazer jus à nova geração de bem-estar social. Pra Rodrigues et al. sendo da competência da organização do trabalho traçar os objetivos e os meios para alcança-los. No desenvolver da atividade, o executor busca encontrar uma compatibilidade entre os objetivos da produção, a competência que ele dispõe e a preservação de sua saúde (LAVILLE, 1983; WISNER, 1994 apud FERREIRA; MENDES, 2001).

A ergonomia por sua vez, disponibiliza uma distinção importante entre os conceitos atividade e tarefa, sendo a tarefa expressa pelo trabalho prescrito e principalmente, o que e o como executar tal atividade. O trabalho crucial da ergonomia nesta questão é interferir nas divergências entre as tarefas prescritas e as atividades dos sujeitos, para inferir o custo do trabalho humano, sendo este referência à carga de trabalho que “exigem do sujeito um esforço permanente de adaptação e evidenciam a função mediadora da inter-relação trabalho desgaste vivenciada por ele” (FERREIRA; MENDES, 2001, p. Como do ponto de vista social o trabalho envolve a interação de diversos atores sob determinada realidade, produzindo resultados nas relações sociais. M. As transformações do trabalho e desafios teórico-metodológicos da Ergonomia.

Estudos de Psicologia, v. n. especial, 2002, p. org. br/arquivos/LIVRO_GINASTICA_LABORAL. pdf>. Acesso em: 21 mar. BRASIL, Norma Regulamentadora N. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. COUTINHO, Maria da Penha de Lima; FRANKEN, Ieda. Qualidade de Vida no Serviço Público de Saúde: As Representações Sociais de Profissionais da Saúde. Psicologia Ciência e Profissão, v. FERNANDES, Eda Conte. Qualidade de Vida no Trabalho: como medir para melhorar. ed. Salvador: Casa da Qualidade, 1996. FERREIRA, Mário César; MENDES, Ana Magnólia. Qualidade de vida no trabalho (QVT): do assistencialismo à promoção efetiva. Arqueologia do Conhecimento, v. XI, n. p. Disponível em: <http://www. com. br/?artigos&ver=2. seo=1>. Acesso em: 20 mar. IIDA I. Acadêmica da FACE. v. n 1. Porto Alegre: 2010. p. br/internas. php?pg=o_que_e_ergonomia>.

Acesso em: 20 mar. Organização Para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE. Liderança e Setor Público no Século 21: Governança / Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. RODRIGUES, A. L. Estresse e trabalho: aumenta a preocupação com o desgaste do trabalhador. Revista Proteção, n. Novo Hamburgo: MPF, 1992. php/rap/artic le/view/72846/70037>. Acesso em: 22 mar. SILVA, JCP; PASCHOARELLI, LC. A evolução histórica da ergonomia no mundo e seus pioneiros [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. Maria L. do C. C. Efeitos da ginástica laboral compensatória na redução do estresse ocupacional e dor osteomuscular. Rev.

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