ESCOLA E IDEOLOGIA: O Aluno Real e o Aluno Ideal

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

O tema em si traz uma discussão entre dois campos do conhecimento, aluno e professor, onde este contexto envolve escola, família e sociedade. De acordo com o contexto a ser trabalhado, buscamos o entendimento para saber se o professor cria expectativas e idealiza um modelo ideal de aluno. E se esses fatores determinam o sucesso ou fracasso do aluno. Dentro disso, a pesquisa de campo tem como base a percepção do professor para com o aluno, trazendo-nos opiniões de professores da escola pública e privada para que possamos analisar - através dos boletins e até mesmo da metodologia da instituição - os fenômenos educacionais e as práticas de ensino e aprendizagem, analisando diferentes fatores do tema. Um modelo ideal de aluno que não corresponde ao aluno concreto que hoje constitui a maior parte da clientela da escola pública do ensino fundamental: a criança pobre, cujos pais têm baixa ou nenhuma escolaridade e lutam pela sobrevivência (Alves-Mazzotti, 2000, p.

Nem sempre tem um pai presente (muitas vezes está numa clínica de recuperação ou numa penitenciária). A mãe, muitas vezes, se está empregada, tem subemprego e nunca está presente para orientá-lo em suas dúvidas. Essas, ele resolve na rua com os colegas. A prioridade da mãe é a sua sobrevivência e dos quatro ou cinco filhos, aluguel, alimentação, vestuário e transporte. Onde, muitas vezes, obriga seu filho a ir à escola porque depende das bolsas-auxílio ao qual tem direito ou por conta do conselho-tutelar. Traz suas marcas e contradições. Não é um ato isolado, nem decorre da boa vontade de indivíduos ou da idealização de dirigentes. Entre o discurso destes e a prática quotidiana está a distância entre os efetivos interesses em jogo, interesses que extrapolam a educação e que têm suas raízes nas relações sociais mais amplas, determinando-a.

Madeira, 1991, p. Para a realização da investigação proposta, reunimos aqui os resultados de três pesquisas realizadas com professores, sendo dois de escola particular e uma de escola pública, no qual abordamos as perguntas relacionadas abaixo, com objetivo de analisar se há diferença entre escolas e, se realmente o professor tem percepção ou cria expectativas em relação ao aluno “ideal” ou “real”. Lembrando que, por se tratar de crianças tão pequenas, esses comportamentos não são fixos e cabe ao professor lidar e interferir para o bem-estar de cada criança. Não acredito em aluno ideal e sigo a mesma linha de raciocínio da questão três. Nunca trabalhei em escola particular, portanto não sei opinar muito sobre.

Mas acredito que no âmbito privativo as famílias são presentes na educação/desenvolvimento de seus filhos e as aulas/atividades são feitas com mais qualidade e, em contrapartida, o professor se tornou refém do sistema, não tendo autonomia para ensinar o que acredita; existe pressão sobre o conteúdo dado e conteúdo aprendido por cada aluno. Na escola pública, na qual atuo há 4 anos, desde minha formação em Pedagogia e Artes Visuais, acreditamos e estimulamos a autonomia de cada criança, incentivamos a aprendizagem de forma lúdica (criança aprende de maneira não formal - brincando, interagindo, observando, etc. Todos são tratados, educados, ensinados da mesma forma. Nossa conduta é tratar o aluno em primeiro lugar como ser humano e trabalhar juntos para que possamos respeitar todas as nossas diferenças.

– Certeza, quando junto com a família trabalhamos para uma melhor educação dos alunos, o resultado é sempre positivo. A escola sozinha não consegue formar aluno e cidadão do bem sem o apoio de familiares e responsáveis. Juntos, as dificuldades são menores. Em muitos casos a carência começa no básico, onde falta alimentação, hábitos de higiene – e consequentemente de saúde – ou segurança. Como esperar deste aluno que ele corresponda a um modelo idealizado? Além disso, o que ele encontra na escola quase nunca o supre daquilo que lhe falta socialmente e os conteúdos didáticos apresentados levam em consideração circunstâncias ideais de aprendizagem. Para que pudéssemos falar em aluno ideal seria necessário falar em sociedade ideal, com famílias ideais numa escola ideal.

Todos sabemos que isso é uma quimera. A sociedade não é justa e no ambiente escolar as desigualdades se fazem presentes de uma forma dolorosa. PIRIH; FINCK, N. T. L. DOROCINSKI, S. I.

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