Estruturação de um projeto de extensão

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Linguística

Documento 1

CONCLUSÃO. REFERÊNCIAS. ANEXO I PROJETO DE EXTENSÃO ELABORADO. ANEXO II RESPOSTAS DAS QUESTÕES NORTEADORAS. INTRODUÇÃO A variação linguística é o movimento comum de uma língua que se transforma, principalmente, por fatores históricos, geográficos e culturais. Lidar com as diferenças é um dos maiores problemas dos indivíduos. O que é diferente surpreende, assusta, foge do proposto e desafia o estabelecido como certo e adequado. A partir disso, do que não se alinha ao convencional ou determinado como regra, forma-se o preconceito, como afirma Baronas (2011), é senso comum julgar pejorativamente as pessoas que falam uma norma distante da culta. O papel do professor deve, pois, centrar-se nesta questão, respeitando as diversificadas normas presentes em sala, mas também propiciando o acesso à norma culta.

O professor tem um vasto material linguístico heterogêneo para trabalhar em sala de aula, quando ele se propõe a refletir sobre a questão da variação linguística e como utilizá-la a favor da aprendizagem do aluno. Ou seja, o professor deve trabalhar a sua disciplina de língua portuguesa e/ou inglesa com instrumentos e recursos de acordo com o seu material humano de sala de aula, de preferência, fora da padronização dos livros didáticos. Assim, mais uma vez, volta-se à questão da Feira dos Falares e Falantes, evento que não tem como função servir como aula formal, mas, ainda assim, oferecer um ambiente de aprendizagem fora do convencional. Desse modo, as transformações do aluno acontecem através da reflexão e prática do professor sustentadas a partir do seu conhecimento sobre a turma, o conteúdo proposto, as estratégias de ação particulares à sua turma, ao aproveitamento do feedback dos alunos a respeito da aula dada, à interação com a comunidade através de eventos de projeto de extensão e aos múltiplos trabalhos desenvolvidos pelos alunos e supervisionados pelo docente, no que se refere às diferenças linguísticas presentes no Brasil e, no caso da língua inglesa, entre os países que dominam tal idioma.

– CONSIDERAÇÕES FINAIS As etapas desenvolvidas no Desafio Profissional nos proporcionaram uma visão mais abrangente a respeito da realidade da diversidade da língua portuguesa falada, bem como da reflexão e prática do professor frente a essa questão. Foi possível identificar as influências e caraterísticas para que ocorra essa variação linguística, em especial, no português. Disponível em: http://www. uel. br/revistas/uel/index. php/signum/article/viewFile/8474/9562. Acesso em: 25 out. O que também ocorre em relação à língua inglesa, ao se analisar a variação linguística do idioma norte-americano, o britânico e o australiano. Ao longo dos anos, observou-se a derrubada de diversos muros (fronteiras), seja a barreira física, como o muro de Berlim, ou as linguísticas, na quase padronização do domínio do inglês em determinadas áreas do conhecimento, como acontece na linguagem dos computadores.

Porém, há uma barreira que precisa ser eliminada a qual se faz presente no cotidiano de todos os falantes da língua portuguesa: que é a do preconceito em relação à variação no modo de se falar o português. A variação linguística é um fenômeno comum. A língua está viva e é constantemente transformada por quem a usa. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia utilizada para a realização da atividade: os professores de língua portuguesa e inglesa coordenarão suas turmas de Ensino Médio a fim de realizar uma feira da língua falada aos moldes das tradicionais feiras de ciência. O evento será aberto à comunidade, confeccionando-se convites especiais aos pais e irmãos dos alunos. Cada turma será dividida em grupos, de acordo com suas histórias pessoais e/ou familiares que tenham a ver com a variação linguística a qual pertençam.

Por exemplo, os alunos vindos do interior do estado cujo município tenha sido colonizado por alemães farão um grupo próprio. Por outro lado, os alunos criados num ambiente onde se mistura o português com outro idioma, farão um grupo seu. uel. br/revistas/uel/index. php/signum/article/viewFile/8474/9562. Acesso em: 25 out. JOHNSTON, Judith. Analfabetos usam o ‘português popular’, ou variedade não culta. Pessoas escolarizadas usam o ‘português culto’, ou variedade padrão, aprendida na escola ou no ambiente familiar. O segundo fator relaciona-se, resumidamente a: quem lê mais, fala melhor. Acerca desse aspecto, Monteiro Lobato dizia: Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê. O hábito da leitura amplia o vocabulário e, com isso, enriquece a língua falada, além de oportunizar um melhor encadeamento lógico do raciocínio.

Não faziam anos: completavam primaveras, em geral, dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. Observa-se a variação da língua no inglês nos dois exemplos onde há a comparação entre o do EUA e o britânico. O uso diferente que os ingleses e norte-americanos dão à palavra quite (advérbio). Os ingleses a empregam no sentido de enfatizar o significado do adjetivo a qual se refere, como: The room is quite large. A escola brasileira agrega inúmeros alunos que trazem para o seu interior as mais diferentes culturas e os seus modos de falar, influenciados pela família e também pela sua própria comunidade de origem, que está relacionado ao seu estrato social.

Sobre isso, cita-se Baronas (2010): A língua do Brasil é variada, logo, o ensino desta língua não deve se centrar apenas na norma padrão, embora este seja sim um dos trabalhos do professor de língua portuguesa. Além disso, e não menos importante, o professor de língua portuguesa, deve abordar as diferenças linguísticas presentes no país, esclarecendo questões relevantes a respeito dos valores atribuídos pela sociedade, buscando levar os alunos a rejeitarem o propagado preconceito linguístico, tão saliente em nossa nação. – O professor precisa manter uma postura flexível e de compreensão dos padrões de variação que caracterizam o seu grupo de alunos. Se ele se portar como uma figura excessivamente de “corretor”, inibirá os seus alunos de se exporem, além de reduzir um idioma tão rico a uma categoria aceitável como certa, que é a que segue o padrão formal da língua portuguesa.

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