ESTUDO DE CASO: INFLUÊNCIA DO ATRASO NA FALA PARA A ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Brasil, 2019, 16f. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós Graduação em Alfabetização e Letramento na Educação Infantil. Faculdade ISEAT/IPEMIG, Belo Horizonte - MG: 2019 RESUMO O presente trabalho traz um estudo de caso da experiência de pesquisa de observação participante ocorrida na Unidade Municipal de Educação Infantil Alaíde Lisboa com crianças de 5 a 6 anos. A presente investigação justifica-se pelo fato de haver muitas crianças desta idade no último ano da educação infantil com o desenvolvimento da fala ainda incompleto. O objetivo foi observar e entender como este fato pode influenciar em sua alfabetização nos anos escolares posteriores. Anexos…………………………………………………………………………. INTRODUÇÃO Sabe-se que o atraso no desenvolvimento da linguagem traduz-se pela ausência da mesma na idade em que, geralmente, ela se manifesta, caracterizada pela permanência de certos padrões linguísticos, além da fase da idade cronológica.

No atraso simples ou moderado observa-se a redução de padrões fonológicos e no grave a criança apresenta todos os padrões fonológicos reduzidos e também os morfossintáticos com, praticamente, ausência dos elementos de ligação e estruturas frasais primitivas. Sendo o atraso no desenvolvimento da linguagem, propriamente dito, uma apresentação de transtornos nas demais áreas da linguagem, podendo estar implicados aos mecanismos de memória imediata. Dificuldades oro-motoras acompanham o atraso da linguagem necessitando de um maior enriquecimento ou ajustamento das sensações proprioceptivas, facilitando a fixação dos padrões fonológicos corretos. O trabalho escolar não pode minimizar o conceito de leitura e nem a necessidade que cada criança tem de se relacionar com sua língua, de forma ampla, criativa e autônoma.

Não se trata de só trabalhar para que as crianças aprendam a ler, mas sim trabalhar para que elas façam uso da linguagem em sua plenitude, riqueza e complexidade em espaços de interlocução. CHARTIER, 1998) 2. APRESENTAÇÃO A pesquisa realizada neste trabalho se deu no período escolar de fevereiro a novembro do ano de 2018, sendo composta por estudos teóricos, planejamento e desenvolvimento das aulas, tendo em vista o seu objetivo que foi investigar como acontece o desenvolvimento da fala das crianças de 5 a 6 anos e como isto pode influenciar em sua alfabetização e letramento. Em conjunto com esse estudo a autora deste trabalho participou diretamente na interação promovida em sala de aula como parte integrante do grupo, sendo a professora regente. Semanas depois, a família retornou informando que encontrou dificuldades para conseguir orientação com um profissional especializado, uma vez que só poderiam fazer isto através da rede pública de saúde na qual só teria disponibilidade a partir de setembro daquele mesmo ano.

Possíveis motivos que uma criança venha a apresentar um "atraso na fala". Para Dra. Elisabete Giusti em seu texto “Orientações de linguagem de crianças e desenvolvimento da fala. ” alguns fatores podem interferir no desenvolvimento da fala de uma criança e a dificuldade auditiva pode ser uma das principais causas. Algumas doenças como epilepsia, paralisia cerebral dentre outras causam atrasos na fala. Outro motivo a ser observado são as crianças com dificuldades na motricidade oral: respiram com dificuldade, com adenóides ou que respiram pela boca. Descreve também que a ingestão de alimentos amassados, pastosos, muito biscoito que derrete na boca sem precisar mastigar, ou usa mamadeira com bico aumentado ou por muito tempo, que não sabe mastigar também poderá ter dificuldades para aprender os sons da fala.

Criança com autismo, segundo ela, apresentam atraso na fala devido ao transtorno do neurodesenvolvimento afetando a comunicação verbal gostando de ficar e permanecer sozinho evitando contato visual. Outro transtorno que atrapalha e muito é o mutismo seletivo: transtorno psicológico caracterizado por crianças que recusam falar em determinadas situações ou ambientes. O estudante se mostrou familiarizado com algumas letras pontuais. Este atraso pode estar ligado à alteração na fala, pois apresentou fala ininteligível em alguns momentos (troca de sons na fala), dificuldades na elaboração de frases, na elaboração oral (para relatar fatos e histórias). Estas dificuldades na oralidade podem prejudicar o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, caracterizadas por processamento mais lento das informações, dificuldades de alfabetização (não compreende a relação letra-som), de compreensão, em aprender o alfabeto e números.

Em suas pronúncias Jonas omitia letras, fazia substituições, distorções ou acréscimos de sons. Eis alguns exemplos: Bola = boia / bruna = buna / maçã= maxã /sisi= xixi/laranja = lalanza / aga = água/ colher =tuiè / prato = pato. Na Educação infantil, faz-se necessário ouvir as demandas das crianças para a partir de então produzir os projetos para a sala de aula. Após diversos momentos de conversas e votações, os alunos decidiram pela coletânea de Rubinho do Vale. Dentro da temática do seu CD Verde Maravilha foi dado início ao projeto Natureza Caprichosa que contemplou a construção de uma horta e um jardim dentro da Instituição. Tendo como pano de fundo as músicas do cantor. Justificativa do projeto da turma As reflexões sobre o ambiente que cerca os sujeitos e o repensar da responsabilidade e atitudes de cada um, tem gerado processos educativos ricos, contextualizados, significativos para a turma e todas as crianças da escola.

A fim de incluir o aluno Jonas nas atividades propostas do projeto da turma a apresentação da peça teatral “Filhote do filhote” que é cantada e falada foi reestruturada de maneira a atender a sua demanda. A encenação teve falas em grupos pequenos de até 5 crianças e teve sua primeira apresentação na escola, na semana do dia das crianças apenas para o corpo docente e discente e ao final do ano para toda a comunidade escolar. O aluno apresentou facilidade em desenvolver a atividade, pois quando necessário apoiava-se nas falas dos colegas, elevando sua autoestima, sendo muito elogiado por sua evolução. Essa experiência gerou no grupo muita expectativa, houve ensaios durante 6 dias e a maioria das crianças conseguiram decorar suas falas. A partir do sucesso da apresentação criou-se a expectativa de apresentar na Mostra Cultural da Unidade para toda a comunidade escolar.

Segundo a família, a fonoaudióloga informou que os avanços serão lentos e graduais devido a frequência das sessões que ficaram definidas por apenas uma vez ao mês. De acordo com o conteúdo explorado neste trabalho, a rápida identificação do atraso na fala apresentada pela criança, o encaminhamento para o profissional especializado, a frequência às sessões de terapia fonoaudiológica, além de dinâmicas inclusivas no ambiente escolar e familiar podem fazer toda a diferença no contexto de formação e desenvolvimento da fala da criança, contribuindo assim com um melhor rendimento escolar do estudante. REFERÊNCIAS CHARTIER, R. História cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. Acesso em 02 de janeiro de 2019.

GOULART, Bárbara Niegia Garcia de; CHIARI, Brasília M. Distúrbios de fala e dificuldades de aprendizagem no ensino fundamental. Rev. CEFAC, São Paulo , v. Instituto Pedagógico de Minas Gerais. Módulo Específico Teorias da Aprendizagem Coordenação Pedagógica – IPEMIG. Belo Horizonte. Instituto Pedagógico de Minas Gerais. Módulo Específico Fundamentos Teóricos da Alfabetização e Letramento Coordenação Pedagógica – IPEMIG. Este atraso pode estar ligado à alteração na fala, pois apresenta fala ininteligível (troca de sons na fala), dificuldades na elaboração de frases, na elaboração oral (para relatar fatos, histórias), estas dificuldades na oralidade podem prejudicar o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, caracterizadas por processamento mais lento das informações, dificuldades de alfabetização (não compreendem a relação letra-som), de compreensão, em aprender o alfabeto e números.

Em suas pronúncias Jonas omite, faz substituições, distorções ou acréscimos de sons. Eis alguns exemplos: Bola = boia / bruna = buna / maçã= maxã /sisi= xixi/laranja = lalanza / aga = água/ colher =tuiè / prato = pato. Solicitamos uma avaliação com equipe multidisciplinar para o encaminhamento da situação da não verbalização correta das palavras, proporcionando assim um maior bem estar ao aluno e consequentemente um bom desenvolvimento cognitivo. Aguardamos com urgência o retorno dos encaminhamentos. O PEIXE QUE SAI DO RIO, O AMOR QUE SAI DO PEITO. A ÁGUA LIMPA DA FONTE, UM SENTIMENTO PERFEITO. NARRADOR:AINDA BEM QUE EXISTEM AS CRIANÇAS COLORIDAS PARA CUIDAR DO NOSSO PLANETA! E LÁ VEM O AZUL, AZUL DO CÉU, MAR, PÁSSAROS E FLORES. CRIANÇAS (FICAM DE PÉ PARA APRESENTAR A FALA, APÓS A APRESENTAÇÃO RETORNAM PARA OS SEUS LUGARES) AZUL: ESTE MUNDO ESTA MUITO SUJO, VAMOS LIMPAR E DEIXAR ELE MAIS ILUMINADO, E EMPRESTAR NOSSA COR AO CÉU, MAR, PÁSSAROS E FLORES.

VERDE: NÓS QUEREMOS UM MUNDO BONITO, ONDE AS CRIANÇAS PODEM CORRER NO BOSQUE E SEREM ALEGRES, VAMOS EMPRESTAR A NOSSA COR PARA AS ÁRVORES, GRAMAS E FLORES.

41 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download