ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE HIPERTENSÃO EM RELAÇÃO AO SEDENTARISMO E AO SOBREPESO NOS ADOLESCENTES DO ESTADO DE ALAGOAS

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

​Resultados: Diante de 98 adolescentes apontados com hipertensão, 43 são sedentários e 55 não são, bem como, diante dos mesmos hipertensos, 32 encontram-se com sobrepeso e 66 em peso aceitável. O número de sedentários maior do que de obesos evidencia a possibilidade de existência de um jovem ser sedentário, com hipertensão, e não necessariamente estar acima do peso. ​Conclusão: O incentivo na promoção da saúde dos adolescentes está vinculado ao acesso às informações sobre os hábitos de vida não saudáveis que são constantemente incentivados, principalmente tratando-se de um Estado enquadrado num país modernamente evoluído. A sensibilização à preocupação e atenção com a saúde dos jovens deve partir dos familiares, mas também pode e deve ser introduzida por profissionais da saúde.

​Contribuição para enfermagem: A educação em saúde da população está diretamente ligada à transmissão de informações a partir dos profissionais da saúde, principalmente da equipe de enfermagem, a qual tem contato frequente durante todo tipo de atendimento prestado aos pacientes que procuram os serviços de saúde. O objetivo do tratamento comportamental é contribuir para o reconhecimento e modificação de hábitos inadequados à manutenção de um peso saudável”. Nas últimas décadas, a população está aumentando o consumo de alimentos com alta densidade calórica, alta palatabilidade, baixo poder sacietógeno e de fácil absorção e digestão. Estas características favorecem o aumento da ingestão alimentar e, portanto, contribuem para o desequilíbrio energético​7​. Essas mudanças são facilmente justificadas com as mudanças sócio comportamentais e pelo estilo de vida moderno citadas pela ABESO​7​, que incluem: a diminuição do número de refeições realizadas em casa, o aumento compensatório da alimentação em redes de ​fast food e o aumento do tamanho das porções, a necessidade de se realizar refeições em curto espaço de tempo (que atrapalha os mecanismos de saciedade), e atividades de lazer (que podem resultar em alterações comportamentais relacionadas ao hábito alimentar em que o sistema de prazer e recompensa se sobrepõe à necessidade do organismo).

Indispensavelmente, ainda, tratar sobre a prática de atividades físicas na adolescência, que, como revela a ABESO​7 “A inatividade física, indiretamente avaliada pelo número de horas assistindo à televisão (>2 horas de tela incluindo outros monitores e celulares a partir dos 2 anos), relaciona-se, de maneira significativa, à obesidade”. ​5 Compreendido por Bozza​9​, o comportamento sedentário estabelecido durante a infância relaciona-se fortemente com comportamento sedentário na vida adulta, tornando esses indivíduos mais suscetíveis às repercussões negativas do sedentarismo no futuro, incluindo valores elevados de pressão arterial. Levando em consideração dois importantes fatores de risco para a hipertensão, o presente estudo tem como objetivo evidenciar a epidemiologia de casos de adolescentes hipertensos que possuem sedentarismo ou sobrepeso no Estado de Alagoas, para sensibilizar a população à preocupação e atenção com os jovens alagoanos, e incentivar a promoção em saúde.

Tabela 1: Valores de pressão arterial no consultório, MAPA, AMPA (auto medida da pressão arterial) e MRPA que caracterizam efeito do avental branco, hipertensão do avental branco e hipertensão mascarada Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 2011. Metodologia O estudo alude a uma análise de registro de ocorrências pelo Datasus (​Tecnologia da Informação a Serviço do SUS) com o registro sistemático de informações epidemiológicas e morbidade, adotado ao grupo de Hipertensão e Diabetes (HIPERDIA) do Estado de Alagoas. O período em questão refere-se aos cinco anos decorrentes entre abril de 2008 até abril 2013. Como afirma Nogueira​10​, o exercício físico pode regular a vasodilatação, diminuindo os valores da pressão arterial nos indivíduos, possibilitando uma diminuição de PA de até 75% em pacientes hipertensos.

Dessa forma, é notável que a prática de atividade física além de beneficiar a queima de gordura, diminuindo os índices de indivíduos acima do peso, também é uma medida a ser tomada pelos indivíduos hipertensos - sendo ou não obesos -, enquadrando-se assim, como uma medida direta e/ou indireta de tratamento e profilaxia à hipertensão arterial. Tabela 2: Quantidade, por ano, de adolescentes, entre 15 e 19 anos, registrados com hipertensão. Faixa Etária 15 a 19 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total 20 18 12 30 17 1 98 Fonte: Datasus, 2018. Tabela 3: Quantidade de hipertensos registrados no período de abril de 2008 a abril de 2013, enquadrados na faixa etária de 15 a 19 anos, apontados com sobrepeso e sedentarismo. Referências 1. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia: 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Cardiologia; 2016.

Oliveira RG, Lamounier JA, Oliveira ADB, Castro MDR, Oliveira JS. Hipertensão Arterial em Pré-Adolescentes e Adolescentes de Petrópolis: Prevalência e Correlação com Sobrepeso e Obesidade. Inter. Jou. of Cardiov. Sciences. Pressão Arterial Alterada em Adolescentes de Curitiba: Prevalência e Fatores Associados. Arq Bras Cardiol. Nogueira IC, Santos ZMSA, Mont’Alverne DGB, Martins ABT, Magalhães CBA. Efeitos do exercício físico no controle da hipertensão arterial em idosos: uma revisão sistemática. Rev.

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