Fichamento do Livro "A ordem do discurso" de FOUCAULT

Tipo de documento:Fichamento

Área de estudo:Sociologia

Documento 1

São Paulo: Edições Loyola, 2004.   TESE DO AUTOR No decorre da obra, o autor defende que o todo social pode ser amplamente controlado por intermédio de um discurso incisivo e com linhas claras acerca de seu objetivo. Dentro desse ínterim, afirma que a persuasão da sociedade como um todo passa, necessariamente, por uma eficiente retórica daqueles em que o povo credita sua confiança e permite ouvir. Nesse sentido, cabe abrir aspas para um brilhante trecho exposto pelo autor nesse sentido: “Existem, evidentemente, muitos outros procedimentos de controle e de delimitação do discurso. Aqueles de que falei até agora se exercem de certo modo do-exterior: funcionam como sistemas de exclusão; concernem, sem dúvida, à parte do discurso que põe em jogo o poder e o desejo”.

Na sequência, o autor faz algumas considerações sobres os procedimentos os quais entende como internos. Primeiramente, destaca o comentário, “que não será outra coisa senão a reaparição, palavra por palavra (mas desta vez solene e esperada), daquilo que ele comenta”. p. Seria, o comentário, a personificação da realidade imaginada em palavras, fazendo que aqueles que ouvem o que é dito construam em suas mentes uma imagem com base no que está sendo ouvido. Ato contínuo, o autor discorre um pouco acerca de outro agente dos procedimento internos do discurso, que seria o autor. No ponto, abro aspas para o que o autor destaca no ponto “Quer seja, portanto, em uma filosofia do sujeito fundante, quer em uma filosofia da experiência originária ou em uma filosofia da mediação universal, o discurso nada mais é do que um jogo, de escritura, no primeiro caso, de leitura, no segundo, de troca, no terceiro, e essa troca, essa leitura e essa escritura jamais põem em jogos e não os signos”.

p. O autor discorre, ainda, sobre alguns princípios que entende que devem ser aplicados aos discursos: princípio da inversão, princípio da descontinuidade, princípio da especificidade, princípio da exterioridade. Referidos princípios devem ser aplicados em consonância com a filosofia aplicável ao discurso, bem como aos procedimentos de formação do mesmo. Daí surgem as descrições crítica e genealógicas do discurso, as quais devem apoiar-se e completar-se. O discurso também tem a sua parcela de exclusão, pois o autor deixa bem claro que determinados agentes não são bem vistos para proferir discursos em determinados nichos, seja por serem considerados “loucos” ou por não deter o conhecimento e a técnica necessária para obter um resultado positivo junto ao público alvo.

Em suma, a sociedade é utilizada como massa de manobra pelos interlocutores satisfazerem seus objetivos, mas tudo depende da forma como o discurso é confeccionado e feito. Sendo assim, vê-se que a obra é de grande valia e traz grande reflexões na temática abordada, embora a obra traga alguns conceitos densos e de alta/média complexidade de entendimento. APRECIAÇÃO CRÍTICA O autor traz, em sua obra, uma importante problemática acerca da sociedade como um todo. A retórica e o poder de persuasão podem ser armas altamente perigosas na mão de pessoas mal intencionadas, sobretudo pelo fato de que a massa de manobra é facilmente manipulada por discursos populistas e oportunistas.

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