GESTÃO DE CAPITAL INTELECTUAL: UM ESTUDO SOBRE FERREMENTAS DE ATIVO INTAGÍVEIS

No entanto, mesmo com os avanços de nossa época, em relação ao capital intelectual, muitas organizações ainda estão descobrindo esse novo ativo e consequentemente como geri-los com eficácia para a entidade. As organizações ainda estão muito longe do patamar desejado pela nova sociedade do conhecimento no que se refere à valorização do Capital Humano (RODRIGUES, 2009; CARMO; SANTANA; TRIGO, 2015). Segundo Antunes e Martins (2002), a aplicação do conhecimento vem impactando, sobremaneira, o valor das organizações, pois a materialização da utilização desse recurso, mais as tecnologias disponíveis e empregadas para atuar num ambiente globalizado, produz benefícios intangíveis que agregam valor às mesmas. Elementos desenvolvidos internamente pela empresa, como sistemas de informação, redes, marcas e conhecimento representam uma importante parcela do valor de uma companhia e tornaram-se fatores críticos de competitividade por parte das organizações (REZENDE; AVILA; MAIA, 2012).

Esse conjunto de benefícios intangíveis denominou-se Capital Intelectual. Em 1994, o grupo Skandia divulgou um relatório contendo dados sobre a avaliação do Capital Intelectual de suas empresas (ANTUNES; MARTINS, 2002; BONACIM, ARAÚJO, 2010). Após, diversas ferramentas foram criadas, como EVA® (Economic Value Added), MVA (Market Value Added) e TSR (Total Shareholder Return), representando o primeiro passo real para a valorização dos intangíveis. O Balanced Scorecard® também tem sido considerado uma boa tentativa de aglutinar as medidas financeiras e as medidas de avaliação baseadas no conhecimento (LIMA; CARMONA, 2011). Partindo-se do princípio de que a aplicação do conhecimento nas organizações gera benefícios intangíveis que impactam em seu valor o presente projeto de pesquisa de mestrado propõe os objetivos a seguir: 1.

Objetivo Geral Analisar as implicações e relações da gestão de ativos intangíveis na gestão do capital intelectual para o aprimoramento de ferramentas de gestão. • Ativos de Infra-Estrutura: compreendem as tecnologias, as metodologias e os processos empregados, como cultura, sistema de informação, métodos gerenciais, aceitação de risco, banco de dados de clientes etc. Para Edvinsson e Malone (1998), o que torna o capital intelectual interessante é "[. o estudo das raízes do valor de uma empresa, a mensuração dos fatores dinâmicos ocultos que embasam a empresa visível formada por edifícios e produtos". Diversos trabalhos têm buscado mostrar a importância do capital intelectual na formação de valor numa empresa (CARDOSO, 2003; BONTIS, 1998, 2001; MOON; KYM, 2006; SVEIBY, 1997; EDVINSSON; MALONE,1998). Para Bontis (1998) há distinção entre intangíveis e capital intelectual.

O autor também inclui nessa categoria o espírito e a cultura organizacionais. A estrutura externa é, por sua vez, formada pelos relacionamentos com clientes e fornecedores, destacando nesses, como importantes fatores, a marca e a reputação ou imagem da companhia. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Propõe-se para este estudo uma pesquisa que consiste em um estudo de caso de natureza qualitativa, sendo a abordagem descritiva, buscando comparar e analisar, em detalhes e em profundidade o caso estudado. Como principal fonte de evidência, serão realizadas entrevistas em profundidade, apoiadas por um guia de entrevista e associadas a um questionário. Estas, serão complementadas por bibliografias, pesquisa documental e observação direta (participante) (JORDÃO et al. Há um crescente interesse pela análise de conteúdo como técnica de análise de dados principalmente em pesquisas qualitativas, visto também a crescente importância da análise de conteúdo para os estudos organizacionais, devido a sua preocupação com o rigor científico e a profundidade das pesquisas (MOZZATO; GRZYBOVSKI, 2011).

REFERÊNCIAS ANTUNES, M. T. P. MARTINS, E. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1519-70772002000200003&lng=en&nrm=isoAcesso: 10 de Nov. doi. org/10. S1519-70772002000200003. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. supl. p. Jun. Disponível em: http://www. p. BONTIS, N. Assessing knowledge assets: a review of the models used to measure intellectual capital. International Journal of Management Reviews. v. A. Gerir conhecimento e gerar competitividade: estudo empírico sobre a gestão do conhecimento e seu impacto no desempenho organizacional. Tese de doutorado (Psicologia). Universidade de Coimbra, 2003. CARMO, D. EDVINSSON, L. MALONE, M. S. Capital Intelectual. São Paulo: Makron, 1998. Adm. São Paulo), São Paulo, v. n. p. Set. et al. Ativos intangíveis, ciclo de vida e criação de valor. Rev. adm. contemp.

S1415-65552006000300005. LIMA, A. C. CARMONA, C. U. php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712011000100005&lng=en&nrm=iso Acesso: 10 Nov. doi. org/10. S1678-69712011000100005. MOON, Y. Cadernos de Pesquisa, n. p. jul. MOZZATO, A. R. F. C. AVILA, M. MAIA, R. S. php?script=sci_arttext&pid=S0080-21072012000100005&lng=en&nrm=iso. Acesso: 10 Nov. doi. org/10. rausp1025. The new organizational wealth: managing and measuring. San Francisco: Barrett-Koehler, 1997.