Gestão de Segurança Privada II

Tipo de documento:PIM

Área de estudo:Gestão de segurança

Documento 1

São Paulo 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4 2. CONCEITOS DE SEGURANÇA PRIVADA 5 2. HISTÓRICO DA SEGURANÇA PRIVADA 6 2. CENÁRIO ATUAL DA SEGURANÇA PRIVADA 8 3. CONCEITOS DE SEGURANÇA PRIVADA Em relação ao conceito de Segurança Privada em si, Musumeci (1998) afirma que tais forças, ao mesmo tempo em que passam a deter o poder de polícia, não são restringidas como as forças policiais públicas mas devem seguir os princípios norteadores do sistema público de segurança nacional, ou seja, partindo do pressuposto de que existem mecanismos para proteger os indivíduos, elas limitam sua força coercitiva e sua capacidade de interferir legalmente na vida dos cidadãos e se opor ao Estado através dos grupos sociais por sofrerem diversos exemplos de abusos de poder.

Os mecanismos usados pelas empresas de Segurança Privada foram estabelecidos durante um longo processo envolvendo instituições do Estado e debate público. Para Cano e Santos (2001), a expansão do setor de segurança privada apresenta desafios para as organizações policiais em qualquer lugar porque tem um profundo impacto na vida pública, na vitalidade dos direitos civis e na natureza do governo democrático. Nesse sentido, Caldeira (2000) aponta que no caso do contexto brasileiro, marcado pela deslegitimação das instituições da ordem e dos abusos policiais, romper o monopólio do Estado sobre os assuntos policiais e mudar a essência da governança pode causar mais problemas. A demanda por dispositivos de proteção cada vez mais complexos para segurança também tem certos padrões estéticos.

Neste período, o destaque é para a Guarda Nacional que funcionava no Rio de Janeiro, então capital do país, e que se torna modelo de segurança adotado em todo o território nacional, até a sua desestruturação definitiva após 1930, com o movimento armado dirigido por Getúlio Vargas (HERINGER, 1992, p. Embora a organização da segurança pública no Brasil tenha se desenvolvido normalmente, os serviços de segurança custeados com recursos particulares nunca foram completamente substituídos e sempre estiveram presentes. Sabe-se que a origem mais óbvia da fundação das atividades de segurança privada do país foi o período da ditadura militar do final dos anos 1960 e início dos anos 1970, quando as forças de segurança públicas eram comandadas e obcecadas por atacar e suprimir os oponentes do regime, e não podiam mais fornecer segurança patrimonial.

Naquela época, as organizações de esquerda começaram a sofrer vários ataques, e buscaram fontes de financiamento para sua luta a fim de desafiar a ditadura, ganhando um certo grau de luta armada com performances de guerrilhas urbanas, de acordo com Heringer, (1992). Àquela época, para oficializar o modelo de segurança privada, o Estado não apenas incentivava, mas também exercia o controle legislativo sobre ele, autorizando-o inicialmente a funcionar apenas em agências bancárias de forma desqualificada e sem estrutura técnica de operação adequada. Ainda se conta com a segurança orgânica, a segurança patrimonial, a segurança pessoal, a escolta armada, o transporte de valores e outros campos. Segundo FENAVIST (2019), as empresas que realizam atividades de fiscalização estão localizadas em todos os estados federativos do Brasil, enquanto as atividades de transporte de valores estão concentradas em algumas capitais, e em outros estados apenas as suas filiais são listadas.

Ao comparar o crescimento do número de empresas no setor de segurança privada em 2018 com o do ano anterior, nota-se uma expansão de cerca de 2,6% no número de empresas. Já, na comparação com o período de 2014 a 2018, nota-se uma expansão no número de empresas ainda maior, cerca de 5,7%. Por ser o Sudeste a região mais populosa do país, ela concentra, não só o maior número de empresas nas atividades de fiscalização, mas também em transporte de valores e cursos de capacitação. Diante do exposto por Castells (1999), o desenvolvimento cíclico decorrente da passagem da chamada Era Industrial para a Era do Conhecimento, as atividades de segurança privada passam e sofrem um processo de mudança.

É preciso também buscar entender que os “[. mercados são também construções que transportam memórias da sua história [e como] os mercados transportam consigo as marcas das suas origens” (CASTELLS, 2003, p. As atividades de segurança privada fornecem um novo perfil que corresponde aos desafios de hoje: análise e risco comercial e não comercial. Trata-se de um novo conceito que não permite tratar a Segurança Privada como um componente isolado que só lida com subornos, fraudes e chantagens, furtos, roubos, falsificação ou espionagem. Portanto, ela vem estabelecendo um novo modo de operação que não seja apenas um setor ou serviço, mas uma atividade sistemática que integre cada campo e o incorpore ao próprio processo de negócio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. Cidade de Muros: Crime, segregação e cidadania em São Paulo. Ed. São Paulo: Edusp. Dissertação apresentada para a obtenção do Título de Mestre junto ao Programa de Pós-Graduação do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia. Letras e Ciências Sociais da Universidade de São Paulo – DS/FFLCH/USP, São Paulo, 2002. FENAVIST. Estudo do Setor de Segurança Privada. Ed 6. Dissertação de Mestrado apresentada para a obtenção do Título de Mestre em Sociologia junto ao Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro – IUPERJ, Rio de Janeiro, 1992. KANASHIRO, Marta Mourão. Sorria, Você Está Sendo Filmado: as câmeras de monitoramento para segurança. Dissertação apresentada para a obtenção do Título de Mestre em Sociologia ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, 2006.

MUSUMECI, Leonarda.

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