GINÁSTICA LABORAL E SAÚDE DO TRABALHADOR

Tipo de documento:Revisão bibliografica

Área de estudo:Educação Física

Documento 1

Roberto Fernandes Da Costa. São Bernardo do Campo 2017 RESUMO O presente estudo consiste de uma revisão bibliográfica sobre o papel da ginástica laboral para a saúde do trabalhador, procurando evidências da sua eficiência na prevenção de agravos à saúde do colaborador organizacional. Optou-se por trabalhar com revisão narrativa por meio de levantamento bibliográfico fundamentado em bases de dados atreladas a BVS (Biblioteca Virtual da Saúde), à Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde LILACS e à Scientific Electronic Library Online (SCIELO), outros artigos encontrados de Saúde, Enfermagem e Psicologia além de livros e artigos concernentes à temática. O estudo aqui empreendido demonstrou que a ginástica laboral constitui um exercício físico dinâmico aplicado no ensejo de prevenir doenças ocupacionais, no momento em que é baseada em evidências e com uma abordagem integral das multíplices demandas do colaborador organizacional, sejam elas sociais, de natureza fisiológica ou de interesse individual.

Palavras-chave: doenças ocupacionais; saúde do trabalhador, ginástica laboral. Segundo as estatísticas, a Ginástica Laboral reduz de maneira drástica a incidência de LER (lesão por esforço repetitivo), fazendo com que se diminua o número de afastamentos de colaboradores organizacionais por licença médica e, de tal modo diminuindo gastos da organização (VIEIRA, 2000). Existem também, aspectos sociais abrangidos na prática da atividade profissional dentro das organizações: um breve intervalo no trabalho (período de descanso) propicia mais perfeito processo de socialização entre os participantes, o que inclusive melhora a interação entre os colaboradores organizacionais, podendo o profissional de educação física responsável aproveitar este ambiente no intuito de estimular o “coletivo”, ou seja, o trabalho em grupo.

Por conseguinte, o imprescindível aqui é o “espírito de equipe” entre eles, o que é de extrema relevância em prol do adequado funcionamento de uma organização, seja no intervalo do trabalho, seja (dentro do período de trabalho) e a interjornada (entre duas jornadas) (MENDES; LEITE, 2004). A Ginástica Laboral teve sua origem no Japão, no ano de 1928, e era praticada diariamente por profissionais das companhias de correios, com o escopo de socialização, bem-estar e manutenção da saúde, conseguintemente oportunizando melhoras na qualidade de vida. Posteriormente à II Grande Guerra, a prática foi disseminada pelo território nacional, apresentando como resultado 33% dos colaboradores organizacionais japoneses participando de supramencionada atividade (CAÑETE, 2001). Na maioria das vezes é constituída de exercícios aeróbicos e é realizada precedentemente à jornada de trabalho, ao longo dos 14 intervalos de almoço ou equivalente ou de modo inclusivo posteriormente ao expediente, com duração de 30min há uma hora (MENDES; LEITE, 2004); Ginástica laboral de descontração ou relaxamento: oferece exercícios de alongamento, executado normalmente posteriormente o expediente, com o desígnio de oxigenar as estruturas musculares usadas na tarefa cotidiana, impedindo o acúmulo de ácido lático (do latim lac, lactis, leite) e prevenindo as possíveis instalações de lesões (SILVA et al, 2006).

A ginástica laboral leve e de curta duração tem o objetivo de reduzira incidência de acidentes de trabalho, prevenindo doenças ocasionadas por traumas cumulativos (doenças ocupacionais), fadiga muscular (esforço físico maior que o normal leva ao cansaço), corrige multíplices vícios posturais, majorando a disposição do colaborador organizacional e levando ao aumento de produtividade (MARTINS; DUARTE, 2000). Ferracini e Valente (2010) referem que depois do programa de ginástica laboral, funcionários do setor administrativo de um hospital público, reconheceram ampliação do bem-estar diário e melhora do relacionamento interpessoal. Martins e Duarte (2000) sugerem que a atividade física se justifica pelo fato de o desempenho/rendimento do colaborador organizacional não ser algo contínuo. No princípio da jornada de trabalho, o organismo começa paulatinamente a adaptar seus processos fisiológicos às demandas do trabalho e logo depois do tempo de adaptação inicial, o colaborador organizacional alcança seu ápice em rendimento, de duração de quase cento e vinte minutos.

Na visão das empresas o programa de Ginástica Laboral é saudável e benéfico tanto para o trabalhador como para a empresa na proporção em que essa ação pode ser transformada em prova em meio aos processos trabalhistas (MACIEL, et al. Martins e Duarte (2000) salientam que o programa de promoção da saúde pode, ter induzido a uma redução expressiva da taxa de gordura e aumento da massa corporal magra, em função das mudanças no estilo de vida dos sujeitos da amostra, preconizando que a Ginástica Laboral pode de modo inclusivo vir a ser empregada como uma ferramenta com capacidade de motivar seus participantes a realizar atividade física regularmente fora do ambiente de trabalho. Candotti, Stroschein e Noll (2011), evidenciaram que a Ginástica Laboral foi eficaz na redução da intensidade e frequência da dor, e na correção dos hábitos posturais no decorrer do trabalho, aperfeiçoando a postura sentada.

Estes resultados indicam que a Ginástica Laboral na prática representa uma ferramenta com capacidade de gerar resultados satisfatórios quanto à dor nas costas e hábitos posturais no âmbito laboral adotados de colaboradores organizacionais que trabalham por longos períodos na posição sentada. Picoloto e Silveira (2008) afirmam que a prevenção de sintomas osteomusculares em colaboradores organizacionais constitui uma tarefa interdisciplinar e a análise ergonômica do trabalho deve ser executada, por isso que, sem ela, as sessões de Ginástica Laboral seriam tão-somente um paliativo momentâneo, pois alguns minutos de alongamento e relaxamento não seriam capazes de atuar com eficácia sobre a má postura acarretada. Doenças ocupacionais como LER e DORT - Ginástica Laboral - Saúde do trabalhador.

A partir da leitura dos títulos selecionados, foi escolhida uma monografia, duas dissertações de mestrado e 15 (quinze) artigos a partir dos descritores elegidos e que tinham relação com o objeto deste estudo, isto é, o propósito de a ginástica laboral voltada à saúde do trabalhador. DISCUSSÃO Cañete (2001) em seu livro “Humanização: desafio da empresa moderna: A ginástica laboral como um caminho”, defende que, a Ginástica Laboral induz com inclusão ao maior conhecimento acerca dos cuidados com o próprio corpo, corroborando a percepção no que diz respeito ao cansaço, tensão muscular e aplicação de técnicas de relaxamento e alongamento na acepção de serem executados nos períodos onde ela é percebida pelo trabalhador, enquanto ser humano.

De acordo com o artigo de Oliveira (2007) sobre a importância da ginástica laboral na prevenção de doenças ocupacionais, a implantação de um programa preventivo de Ginástica Laboral procura despertar permanentemente nos colaboradores organizacionais a necessidade vital de transformações do estilo de vida, e não somente de mudanças quanto aos períodos de ginástica no interior da companhia, mas também levando sempre em conta as características individuais como a personalidade. Já Soares et al (2006) mencionam em seu artigo “A baixa adesão ao programa de ginástica laboral: buscando elementos do trabalho para entender o problema” que em pesquisa em uma central de tele atendimento os colaboradores foram contra a implantação da ginástica laboral por entenderem que atrapalhava o serviço, ao pararem para essa pausa.

CANDOTTI, C. T. STROSCHEIN, R. NOLL, M. Efeitos da ginástica laboral na dor nas costas e nos hábitos posturais adotados no ambiente de trabalho. Cad Saúde Coletiva 2007; 15(1):117-30. FERRACINI, G. N. VALENTE, F. M. Latino-Am. Enfermagem jul. ago. GONÇALVES, A. S; DEUS, E. et al. Quem se Beneficia dos Programas de Ginástica Laboral? Cadernos de Psicologia Social do Trabalho,2005; 8 (1): 71-86. MARTINS, C. O. DUARTE, M. Barueri: Manole, 2004. MORETTI-PIRES, R. O. BUENO, S. M. G. A importância da ginástica laboral na prevenção de Doenças ocupacionais. Revista de Educação Física, nº 139, Dezembro de 2007. A prática da ginástica laboral. Sprint, 2002. Cogitare Enfermagem, 2004; 9, (1): 15-24. SILVA, J. et al. Ginástica laboral: alongamento x flexionamento. SaBios-Rev. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, 31(114): 149-160, 2006.

SOUZA, A. P. et al. Qualidade de vida no trabalho utilizando a ginástica laboral. Prevenção das LER/DORT em pessoas que trabalham sentados e usuários de computador. Disponível em: < http://www. pclq. usp. br/jornal/prevencao.

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