Grupo de risco politico abordagens comparativas de baixo para cima, de nível médio e entre países

Tipo de documento:Análise

Área de estudo:Ciências Políticas

Documento 1

Nome do Professor Coorientador: (quando houver) Número do volume (somente se houver mais de um) São Paulo Ano de depósito SUMÁRIO INTRODUÇÃO 3 Delimitação da Pesquisa 3 Definição da metodologia analisada 3 Aspectos históricos e sociais da utilização das abordagens 5 Fragilidades 5 Soluções propostas 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 7 REFERÊNCIAS 8 INTRODUÇÃO Esta é uma análise crítica, que tem como foco o modelo de risco político fundamentado em abordagens comparativas do tipo de baixo para cima (bottom-up), de nível médio (mid-level), e análise comparativa cruzada (cross-country). O objetivo principal da análise é avaliar as possíveis deficiências destes modelos analíticos. São objetivos específicos: • oferecer estratégias para mitigação de riscos; • avaliar o método, seus pressupostos básicos e sua aplicabilidade; • propor aprimoramentos para o método de gerenciamento de risco.

Delimitação da Pesquisa Este trabalho apresenta uma breve revisão dos conceitos associados aos métodos de análise e gerenciamento de risco baseados em abordagens comparativas do tipo de baixo para cima, de nível médio e análise cruzada. Busca-se definir, introduzir aspectos históricos e sociais da utilização das abordagens, evidenciar suas fragilidades e propor alternativas. Entretanto, a sistemática de gestão de riscos assim desenhada envolve fragilidades, assim como as vantagens de simplicidade analítica, distanciamento crítico e atribuição de legitimidade à gestão de riscos. BRAGA, 2018; CUNHA FILHO, 2020). Outra ferramenta amplamente utilizada por grandes agências de Rating e tomadores de decisão é a comparação entre economias nacionais e outras grandes organizações por meio de um fator médio de risco, como o Risco País, por exemplo.

Por padrão, a maioria das agências de classificação consideram os USA como risco mínimo (AAA) e, a partir do cálculo da diferença entre os juros pagos para o mercado por outros países, bem como pela consideração de outros fatores de risco político, atribuem notas comparativas às demais sociedades, que podem ser estendidas às suas principais organizações produtivas. Na análise comparativa cruzada de riscos (cross-country) são feitas comparações matemáticas, a partir de indicadores sociais. RICE, ZEGART, 2018, p. Fragilidades Tomando o Brexit e a primeira Eleição de Trump como casos de estudo, observamos que nem uma análise Bottom-Up, nem as comparativas de risco médio e cruzada, seriam efetivas na previsibilidade, ou gestão de riscos relativos a tais fenômenos, uma vez que, ao afastar-se do fenômeno eleitoral, para avaliá-lo de cima, como fazem os grandes tomadores de decisão, adota-se uma perspectiva que oculta as pequenas peculiaridades que estiveram presentes nestes dois episódios.

Por exemplo, como se poderia gerir, por meio da decisão de grandes agentes políticos, ou em uma perspectiva distanciada e abstrata, o trânsito de hackers do leste europeu na disseminação de fake news (mensagens difamatórias), ou prever o altíssimo potencial deste recurso comunicativo em um ambiente político polarizado, cujas discussões e decisões foram influenciadas privativamente em redes sociais caoticamente integradas? Tal polarização foi tardiamente percebida e crucial, tanto para a eleição de Trump, quanto para o Brexit, quase como uma máquina eleitoral barata, que estava à venda e prontamente disponível. Uma análise de risco médio, fundamentada em poucas abstrações econômicas e sociais, da mesma forma, teria pouco, ou nenhuma valia em relação à capacidade de avaliar o risco associado ao potencial de engajamento de eleitores de extrema direita em uma situação tão inusitada, quanto a grande articulação eleitoral observada nas redes sociais, orientada por ódio, difamação e protegida pelo anonimato, uma vez que tais fatores seriam, normalmente, repudiados em um ambiente eleitoral.

Trata-se nestes casos, da estruturação de um novo e inusitado tipo de corrupção da democracia, para o qual não se podia estar preparado, uma vez que os mecanismos básicos de funcionamento da corrupção são pouco conhecidos e altamente adaptáveis, conforme Taylor. CONSIDERAÇÕES FINAIS A análise crítica aqui exposta, ainda que superficial, mostra a necessidade de readequar as técnicas habituais de avaliação e gestão de risco. A abordagem do tipo Bottom-Up possui a deficiência de ocultar dos grandes tomadores de risco aspectos específicos, complexos e variados, que podem ser determinantes para o curso dos eventos em uma sociedade da informação. A comparação entre grandes agentes sociais, como países, por meio de cálculo de risco médio, ou análise comparativa cruzada, se mostra ainda mais ineficaz, no contexto contemporâneo, por distanciar os analistas dos dados referentes às contingências de cada organização.

Nesse contexto propõe-se aqui uma abordagem alternativa, focada em dois preceitos sistêmicos: é preciso fortalecer a resiliência das organizações, visto que a perspectiva é de risco máximo, de maneira que o domínio da resistência interna se torna mais relevante do que entender as ameaças em si. Além disto, é necessário conectar, de forma integrada e incremental, a disposição para o risco ao contexto das organizações, aprendendo de forma pormenorizada os pequenos e múltiplos riscos, o que permite reações rápidas, conscientes, organizadas e sistemáticas às mais variadas contingências. cgu. gov. br/index. php/Revista_da_CGU/article/view/103. Acesso em: 5 nov. –789, 1 out. DOI: 10. jech. RICE, C. ZEGART, A. Acesso em: 5 nov. TAYLOR, M. M. Coalitions, Corruption, and Crisis: The End of Brazil’s Third Republic?", Latin American Research Review, v.

n.

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