Hérnias da Parede Abdominal
Colo ou orifício da hérnia: localizado na camada musculoaponeurótica mais interna Saco herniário: revestido por peritônio e faz protrusão no colo. Hérnia redutível: que é reduzida; o saco herniário retorna à cavidade abdominal, espontaneamente ou através de manobra manual (manobra de Taxe); Hérnia irredutível ou encarcerada: não pode ser reduzida; sem sofrimento isquêmico. o Das hérnias inguinais, a que mais frequentemente fica encarcerada é a indireta. o Conduta: manobras de redução → cirurgia. Hérnia estrangulada: sofrimento isquêmico. o Passam o funículo espermático, no homem, e o ligamento redondo do útero, nas mulheres. o Limite superficial: aponerose oblíqua externa 1 o Limite superior: aponeuroses do m. oblíquo interno e do transverso do abdome A passagem das estruturas do canal inguinal por estas ocorre através de 2 orifícios, anel inguinal interno, na parede posterior, e anel inguinal externo, na aponeurose do m.
oblíquo externo. app. genitofemoral → ramo genital + ramo femoral Canal femoral: o Limite superior: ligamento inguinal (Poupart) o Limite anterior: trato iliopúbico o Limite posterior: ligamento pectíneo (Cooper) o Limite lateral: veia femoral o Limite medial: Ligamento lacunar o Tubérculo púbico forma o ápice do triângulo do canal femoral. o Geralmente contém tecido conjuntivo e tecido linfático. o Uma hérnia femoral ocorre através desse espaço e é medial aos vasos femorais. Lourdes Laryssa Melo da Costa Lôbo – Turma 09 UPE Garanhuns – Prática Médica V – Gastroenterologia 2 o Defeito adquirido → enfraquecimento da musculatura da parede posterior do canal inguinal o Hérnia medial aos vasos epigástricos inferiores (dentro do triângulo de Hesselbach) o Fatores de risco: tabagismo, idade avançada, desnutrição, doenças crônicas debilitantes, atividade física intensa.
o O saco herniário faz protrusão para fora e para adiante e é medial ao anel inguinal interno e aos vasos epigástricos inferiores. o Anuncia-se através do anel inguinal interno. o É a mais comum (principalmente à direita) Hérnia inguinal direta: Sinais de obstrução + EGB + hemodinamicamente estável + sem sinal de peritonite e outras alterações → tentar redução manual. Tempo de evolução < 6h fala mais a favor de ausência de sofrimento isquêmico. Lourdes Laryssa Melo da Costa Lôbo – Turma 09 UPE Garanhuns – Prática Médica V – Gastroenterologia Sinais suspeitos de comprometimento isquêmico → redução manual contraindicada. h de encarceramento é muito provável que o paciente já apresente um ou mais dos sinais acima; intervenção cirúrgica emergencial é recomendada, com inguinotomia e abordagem do saco herniário.
Maior risco de encarceramento e estrangulamento (15-20%). Mais comum no sexo feminino. Clínica: abaulamento na região inguinal localizado inferiormente ao ligamento inguinal. Encarceramento e estrangulamento: quadro de obstrução intestinal (exceto quando há pinçamento parcial da alça), com elevada taxa de morbimortalidade operatória. Tratamento cirúrgico: Técnica de McVay ou plug femoral. Defeito pequeno (≤ 2-3cm de diâmetro): reparo primário; > 2-3cm de diâmetro: tela; Aberto ou VLP Hérnias com falhas > 10cm não devem ser fechadas e nem mesmo operadas por laparoscopia sendo a técnica open de separação de componentes melhor indicada. Onlay: acima da aponeurose; < trabalho; > risco de ISC Sublay: Rives-Stoppa; abaixo do músculo reto do abdome; acima do peritônio Underlay: Ipom; abaixo do peritônio; videolaparoscópica.
Inlay: entre as aponeuroses (no defeito); defeitos grandes. Localizada entre a borda lateral do reto do abdome e a linha semilunar (de Spiegel), geralmente abaixo da linha arqueada de Douglas; infraumbilical. Dor é o principal sintoma. Não são propensas ao encarceramento Triângulo lombar superior → Grynfelt: abaixo da 12ª costela (+ m. paraespinhais + m. oblíquo interno) o É a hérnia lombar mais frequente Triângulo lombar inferior → Petit: acima da crista ilíaca (+ m. latíssimo + m. oblíquo externo) Tipo de hérnia incisional que ocorre no local de exteriorização do estoma Complicação mais comum associada à confecção de estomas Fatores de risco: o Hérnia precoce: erro técnico → defeito aponeurótico excessivo (mais prevalente em colostomias em relação a ileostomias); não exteriorização através do m.
TOWNSEND, C. M. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
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