IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA DE PROJETO E INSTALAÇÃO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Administração

Documento 1

A seguir, o público alvo a ser atingido pela nova empresa é definido e os serviços a serem ofertados são apresentados, dentro de uma justificativa que demonstra o potencial do mercado. Posteriormente, é realizada uma análise SWOT, identificando as forças e fraquezas da empresa, e as oportunidades e ameaças ao empreendimento, e um plano de ação é realizado, através da ferramenta 5W2H. Por fim, um cronograma é apresentado, com as atividades para implantação do empreendimento. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 5 1. No entanto, o uso maciço de combustíveis fósseis enfrenta um limite importante: não se trata apenas de disponibilidade, a cada ano novas reservas energéticas de petróleo e gás natural são descobertas com tecnologias de extração mais recentes, mas principalmente de sustentabilidade (REN21, 2017).

No Acordo de Paris de 2015 (CLIMATE FOCUS, 2015), governos de todo o mundo definiram metas para limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius em relação ao nível pré-industrial. Alcançar essa meta exige uma transformação do setor energético, onde um papel crucial será desempenhado pelas fontes de energia renováveis, a conversão eficiente de sistemas de energia e políticas que incentivem sua disseminação. De acordo com o relatório da IEA – International Energy Agency (IEA, 2016), em 2014 o fornecimento total de energia mundial foi de 13. Mtep, dos quais 13,8% (1. As usinas termelétricas somam 42 GW e representam 25% da capacidade instalada. Nessa categoria, encontram-se tanto as usinas termelétricas convencionais (carvão, gás natural e óleo) que somam 25,7 GW (16% da capacidade instalada), como as termelétricas a biomassa, que montam 14,8 GW (9% da capacidade instalada brasileira) e também as duas usinas termonucleares (Angra I e Angra II) com 2,0 GW (1% da capacidade instalada).

O país conta ainda com geração de eletricidade por fonte eólica (14,9 GW representando 9% da capacidade instalada) e fonte fotovoltaica (2,0 GW e 1% da capacidade instalada). Apesar da fonte de energia fotovoltaica representar apenas 1% da capacidade instalada na matriz elétrica nacional, o Brasil tem um enorme potencial de geração através desse recurso, como será visto a seguir. Nesse cenário, é observada uma oportunidade de explorar esse recurso, capaz de trazer uma energia limpa, eficiente e sustentável. Tal potencial será avaliado do ponto de vista mercadológico (oportunidades e ameaças) e econômico (investimento realizado e retorno gerado). A análise econômica será parte do Plano de Negócios, a ser realizado no Projeto Integrador II. Nesse estudo não será feita a análise de ciclo de vida do projeto, ou seja, não serão identificados os custos relacionados aos projetos fora de sua vida operacional como, por exemplo, os custos para disposição final dos equipamentos já depreciados e com sua vida útil exaurida.

Análises ambientais, como por exemplo calcular as emissões de carbono evitadas pelo uso da fonte solar e eventuais créditos que poderiam ser gerados requeridos, também não farão parte do estudo apresentado. Objetivo Geral Elaborar projeto de plano de negócios para análise de viabilidade de implantação de uma empresa de projeto e instalação de sistemas fotovoltaicos para residências, na cidade de Ribeirão Preto, estado de São Paulo. A empresa não produzirá os equipamentos, mas será responsável pelo dimensionamento e projeto do sistema, determinando, por exemplo, quais modelos e quantos módulos fotovoltaicos devem ser instalados, e como eles devem ser conectados eletricamente, de acordo com a necessidade de consumo de cada cliente. A instalação dos equipamentos e montagem dos circuitos elétricos também será parte do escopo da empresa, entregando o sistema em funcionamento ao cliente.

Assim, a empresa será uma prestadora de serviços, mas cuja operação entregará um produto final e tangível ao cliente: o sistema fotovoltaico de geração elétrica. Por não ser fabricante dos equipamentos e dos componentes do sistema (módulos fotovoltaicos, inversores elétricos, controladores de carga, fios elétricos, painéis e juntas de conexão elétrica, baterias, etc. os mesmos deverão ser faturados diretamente ao cliente, evitando-se assim qualquer tipo de eventual bi-tributação. d) Compra dos equipamentos: após a especificação do sistema, os seus elementos podem ser comprados, com faturamento direto ao cliente para evitar bi-tributação. e) Instalação: os equipamentos são instalados no imóvel do cliente, de acordo com as normas existentes. Um sistema solar conectado à rede é composto, basicamente, pelos módulos fotovoltaicos (comumente chamados de placas solares) e pelos inversores, além é claro de cabos elétricos, conexões, estruturas de suporte e de segurança.

A figura abaixo mostra um sistema conectado à rede (on grid). Figura 1: Ilustração com principais componentes de um sistema fotovoltaico Fonte: www. O PVSyst fornece várias opções de projeto para o usuário como design preliminar, design de projeto, base de dados e ferramentas. O design preliminar é a etapa de pré-dimensionamento de um projeto. Destina-se a definir rapidamente as características gerais de um sistema fotovoltaico planejado. Neste modo de operação, as avaliações de rendimento do sistema são realizadas muito rapidamente em valores mensais, definindo apenas algumas características gerais do sistema, sem componentes específicos do sistema definidos. Uma opção de estimar aproximadamente o custo do sistema também está disponível, embora os valores estimados pelo software podem não refletir a realidade do mercado.

Todos os anos, cerca de 885 milhões de TWh (ou 3,186. MJ) enviados do Sol chegam à superfície da Terra, o suficiente para suprir em mais de 8 mil vezes todo o consumo mundial de energia do ano de 2013 (IEA, 2015). O presente estudo se justifica pela importância cada vez maior de temas como sustentabilidade, de maneira geral e, mais especificamente, de um crescimento substancial da geração elétrica fotovoltaica no Brasil. A Agência Nacional de Energia Elétrica reconhece, em sua Nota Técnica 56/2017 (ANEEL, 2017), a evolução da micro e minigeração de eletricidade, com crescimento acentuado a partir de 2015, que superando 10. conexões em maio de 2017, sendo que em quase todos os casos trata-se de auto-geração distribuída por fonte solar fotovoltaica, onde a auto-geração é a geração de energia elétrica dentro da própria unidade consumidora.

Além disso, considerando que instalações fotovoltaicas podem ser viabilizadas a partir de um limite mínimo de irradiação solar na faixa entre 1. a 2. kWh/m² (TOLMASQUIM, 2016), praticamente todo o território brasileiro torna-se elegível para a expansão do aproveitamento deste recurso, como é possível observar no mapa brasileiro de irradiação solar global diária no plano inclinado (adequado à aplicação fotovoltaica), apresentado na figura abaixo. Figura 5: Mapa Brasileiro de Irradiação Solar no Plano Inclinado Fonte: Tolmasquim (2016). Como pode ser visto no mapa anterior, o município de Ribeirão Preto é uma das áreas com grande irradiação solar, sendo um ótimo campo para a exploração da energia fotovoltaica. De acordo com a resolução ANEEL, quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à energia consumida naquele período, o consumidor fica com créditos que podem ser utilizados para diminuir a fatura dos meses seguintes.

De acordo com as regras atualizadas pela Resolução Normativa ANEEL n° 517/2012, o prazo de validade dos créditos passou de 36 para 60 meses, sendo que eles podem também ser usados para abater o consumo de unidades consumidoras do mesmo titular situadas em outro local, desde que na área de atendimento de uma mesma distribuidora (ANEEL, 2012). Esse tipo de utilização dos créditos foi denominado “autoconsumo remoto”. Outra inovação da norma diz respeito à possibilidade de instalação de geração distribuída em condomínios (empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras). Nessa configuração, a energia gerada pode ser repartida entre os condôminos em porcentagens definidas pelos próprios consumidores. É possível aproveitar as oportunidades e se proteger contra as ameaças, mas não é possível alterá-las.

Tabela 1: Análise SWOT FORÇAS FRAQUEZAS • Capacidade técnica; • Conhecimento da tecnologia; • Capacidade de oferecer soluções personalizadas; • Capacidade administrativa. • Baixa capacidade de investimento; • Equipe pequena com limitada capacidade de atender o mercado; • Falta de capacidade de fabricação dos equipamentos, dependendo de fornecedores para execução. OPORTUNIDADES AMEAÇAS • Mercado com altos níveis de irradiação solar; • Clientes com bom poder aquisitivo; • Custo da eletricidade da distribuidora crescendo e com tendência de aumento. • Preços dos equipamentos são dolarizados, havendo risco cambial: caso o Real se desvalorize, os sistemas tornam-se caros demais; • Mudanças na legislação podem tornar os sistemas menos atrativos. O mercado escolhido tem uma localização propícia para explorar o recurso fotovoltaico e poder aquisitivo para realizar os investimentos necessários no sistema.

Os principais desafios encontrados na execução do projeto são o elevado nível de incerteza, natural da fase inicial de qualquer projeto ou empreendimento, quando as definições são poucas. No entanto, os conhecimentos adquiridos ao longo da disciplina contribuem em muito para sistematizar ações e iniciativas, atenuando os riscos envolvidos no empreendimento. REFERÊNCIAS ANEEL. Resolução Normativa 517/2012. Disponível em: <http://www. aneel. gov. br/documents/656827/ 15234696/Nota+T%C3%A9cnica_0056_PROJE%C3%87%C3%95ES+GD+2017/38cad9ae-71f6-8788-0429-d097409a0ba9>. Acesso em 28 out. The Paris Agreement. Summary, 2015. Disponível em: <https://www. climatefocus. com/sites/default/files/20151228%20COP%2021%20briefing%20FIN. SHEPERD A. Dean. Empreendedorismo. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. International Energy Agency: 2015. IEA. CO2 emissions from fuel combustion. International Energy Agency, 2016. IEA. The Future of Solar Energy.

Massachusetts Institute of Technology: 2015. Disponível em: <https://energy. mit. edu/wp-content/uploads/2015/05/ MITEI-The-Future-of-Solar-Energy. SILVA, Ennio Peres da. Fontes renováveis de energia: Produção de energia para um desenvolvimento sustentável. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2014. TOLMASQUIM, M. Energia Renovável: Hidráulica, Biomassa, Eólica, Solar, Oceânica.

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