INCLUSÃO

Tipo de documento:Resenha Crítica

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

São Paulo: Paulinas 2006. CREDENCIAIS DA AUTORA Nídia Regina Limeira de Sá é graduada em Psicologia pela Federação das Faculdades Celso Lisboa. Possui aperfeiçoamento em Formação Teórico-Prática Metodologia Verbonal pela Associação de Reabilitação e Pesquisa Fonoaudiológica. Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Federal do Amazonas. Possui mestrado em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com a autora, duas formas de negação da cultura surda são comuns: identificar os surdos como indistintos e igualar sua cultura à dos ouvintes. Para a autora, quem nega a existência de uma cultura surda demonstram ignorar os elementos que a compõe, desde expressões artísticas até a linguagem específica da comunidade surda. Algumas pessoas reconhecem a cultura surda, mas atribuem a concebem de maneira depreciativa, como uma subcultura inferior à cultura ouvinte dominante.

Através do resgate do significado de comunidade, a autora entende que há elementos epistemológicos próprios que permitem a compreensão dos surdos como integrantes de uma cultura própria, pois há o compartilhamento de interesses comuns e a autoidentificação como pertencentes a esse grupo social. Entretanto, a autora procura evitar uma compreensão ingênua da cultura surda. Esses elementos são tanto de ordem material quanto de ordem imaterial, como a autoidentificação e a língua de sinais. Os argumentos apresentados possuem clareza e estão empregados de forma a sustentar sua perspectiva. Ao defender a diferença, e não ao diversidade, a autora demonstra uma concepção bem definida de cultura, pois procura evitar um caráter exótico para a cultura surda que, para ela, seria a manutenção de uma noção de subcultura minoritária.

CRÍTICA DA RESENHISTA O texto possui atualidade, pois as discussões sobre a inclusão estão na pauta do dia no ambiente escolar. O reconhecimento da cultura surda como legítima contribui para a formação de uma sociedade mais justa, com o respeito às diferenças. Essas e outras questões, embora pertinentes, não desmerecem o trabalho de Nídia de Sá; muito pelo contrário, abrem possibilidades de investigações para complementá-lo. INDICAÇÕES DA RESENHISTA As reflexões presentes no texto são importantes e atuais, contribuindo para uma mudança de atitude diante da cultura surda. Ao reconhecer a legitimidade e a diferença cultural, tem-se a oportunidade de construção de uma sociedade mais aberta, com o respeito à diferença. Estudantes de Licenciatura e professores da educação básica constituem o público cujo proveito advindo da leitura desse texto poderá ser amplificado.

A leitura também é indicada para profissionais que atuam na ponta dos serviços de atendimento ao público, sobretudo serviços públicos.

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