INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM ESPECTRO AUTISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Desafios e possibilidades

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Infantil; pautando a pesquisa em temas como, atividades multidisciplinares e no conceito de uma educação lúdica capaz de contribuir significativamente para essa inclusão. Embasado nas contribuições, de estudos de renomados autores da área educacional, foi representado um importante indicador para a efetivação de métodos pedagógicos concisos e eficientes, em defesa do lúdico como estratégia de desenvolvimento da aprendizagem aos estudantes com essa deficiência, onde as brincadeiras e jogos propiciam o envolvimento dos mesmos, facilitando a aquisição do conhecimento. Conclui-se que é necessário fazer uso das alternativas, já existentes, para superar problemas, que atinge uma boa parte dos educandos, e não somente os diagnosticados com TEA. Palavras-chave: TEA. Metodologias Alternativas. Especificamente pretende-se conceituar e contextualizar o autismo, identificar a importância da participação da família durante o processo educativo, analisar a importância da educação inclusiva para crianças autistas e propor atividades que ajudem a aproximar ainda mais a família da escola.

HISTÓRICO E DIAGNÓSTICO (TEA) Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) representam uma categoria na qual estão agrupados transtornos que têm em comum as funções do desenvolvimento dos afetados. É importante compreender que nem todas as crianças diagnosticadas com algum tipo de transtorno mental são consideradas com TGD. Nessa categoria, estão incluídos os alunos com diagnóstico de autismo, “Síndrome do Espectro Autista”, também chamado síndrome de Asperger, Transtorno Desintegrativo da Infância (psicose) e Transtorno Invasivo de Desenvolvimento (grifo meu). Na área TGD é habitual deparar com os termos síndrome e/ou transtorno. Esse diagnóstico era visto como uma tendência de referenciar-se ao esquizofrênico que tornando-se alheio ao mundo social; fechando-se em seu mundo, como até hoje se acredita ser, sobre o comportamento autista (SILVA, 2010).

Quando refere-se ao ambiente escolar, o professor deve ter um cuidado especial em relação à interação social, comunicativa e comportamental das crianças. Portanto, é importante que o aluno se sinta acolhido, assim seu desenvolvimento escolar será melhor e mais fácil, pois terá uma interação social com todo o ambiente da escola. Além disso, quando a criança apresenta um desses transtornos, algumas consequências podem surgir no meio familiar, principalmente quando a família não tem experiência ou se recusa a aceitar que possua um ente com TEA. De acordo com Nadal (2011), no ambiente escolar é importante que se invista em ações positivas que estimulem autonomia e faça o possível para conquistar a confiança da criança, já que para os alunos é de extrema importância ter um adulto a quem se possa confiar, para que seu processo de desenvolvimento seja seguro e fácil.

Define-se como critérios para diagnóstico do autismo o precoce comprometimento na esfera social e de comunicação. É um índice muito pequeno e que não tem tendências a se manifestar em uma família, independe da genética ou de qual outra herança hereditária. Gauderer (1993) afirma que: A maioria das crianças com diagnóstico do Transtorno de Espectro Autista tem fisionomia normal, e sua expressão séria pode passar a ideia, geralmente errada, de inteligência extremada. Apesar da estrutura facial normal, no entanto, estão quase sempre ausentes a expressividade das emoções e receptividade presentes na criança com desenvolvimento típico (GAUDERER, 1993, pág 233). Quanto mais cedo for diagnosticado o TEA melhores serão as possibilidades de tratamento e intervenção adequada, contribuindo para a inclusão social dos diagnosticados.

Infelizmente, existem pais que apresentam preconceito contra os próprios filhos, pois têm vergonha de sair com eles para determinados lugares, preferindo isolá-los em casa. Esse contato, com o mundo exterior, ao ambiente em que eles estão inseridos é fundamental. É válido ressaltar que uma pessoa com autismo pode conquistar muitos espaços, da educação infantil à universitária (NEUROSABER, 2018). Existem relatos de casos graves de crianças com TEA que se auto agridem, mordendo-se ou batendo-se. Para estes casos, se faz necessário um atendimento terapêutico diferenciado, atenuando esses sintomas. No entanto, existem diversos graus de dificuldade e nenhuma pessoa autista é igual a outra com o mesmo espectro (MAZETTO, 2018, pág. Normalmente, crianças que apresentam TEA não respondem bem à socialização, preferindo ficar sozinhas, uma vez que a companhia dos colegas da escola não lhes interessa.

Além disso, o fato de não compreenderem algumas brincadeiras, também lhes dificulta a socialização. À medida que vão crescendo, podem demostrar grande interesse, por um único assunto e saber tudo sobre ele, expressando-se muito bem sobre o tema em questão, porém nem sempre conseguem partilhar do mesmo interesse com outras pessoas. Atualmente, grande parte das crianças diagnosticadas com TEA, apresentam um quadro bem menor de deficiência intelectual, porém as dificuldades de aprendizagem continuam existindo. A base teórica deste trabalho está fundamentada em outras fontes de consulta, tais como: publicações científicas, legislação, outros autores, institutos, etc. que abordam sobre a temática do TEA e suas variadas forma de inclusão. Os autores secundários para esta pesquisa, porém, não menos importantes, foram: o Paulino (2015), Kishimoto (2005), Kewe (2006), além de sites destinados a estudos e informações sobre o autismo: AM, AMA, Neurosaber, Brasil Escola e Inspirados pelo Autismo.

Ainda, outras consultas se estenderam a pesquisas em sites como: siello, CAEPS, google acadêmico e domínio público, revistas e periódicos de grande circulação. A escolha dos autores deu-se em razão de sua desenvoltura na abordagem do tema. ” Corroborando com as ideias dos autores primários e secundários utilizados para referenciar e fundamentar esta pesquisa, também foram relatados os estudos dos autores Moran, Mazetto e Behresn (2000), sobre as praticas alternativas de ensino aprendizagem para crianças com déficit de aprendizagem, assim como as considerações de Kishimoto (2005) e Piaget (1998) que retratam o lúdico como ferramenta crucial na aprendizagem das crianças. As legislações utilizadas nesta pesquisa são as que tratam de forma específica acerca do acesso, inclusão e permanência dos alunos com TEA no ensino regular (Lei 12.

de 2012) Em síntese, o resultado dos dados coletados por meio das obras autorais e científicas, assim como a legislação pesquisada convergem na mesma direção de ideias e propostas, em que as dificuldades encontradas pelas crianças com TEA na Educação Infantil e em toda a Educação Básica, pode ser amenizada mediante estratégias pedagógicas e metodologias alternativas no processo ensino-aprendizagem, e também com o apoio da família, em parceria com a escola para se alcançar esse fim. PRÁTICAS EDUCATIVAS E LÚDICAS QUE CONTRIBUEM PARA A APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM TEA Cada instituição de ensino, por meio de seus professores e gestores, precisa encontrar sua forma de ensinar, criando projetos inovadores, ou diferentes estratégias e buscando metodologias mais ativas.

De acordo com Moran, Masettoo e Behrens (2000) será possível equilibrar as dificuldades em ensinar, seguindo alguns direcionamentos: • Equilibrar o planejamento institucional e o pessoal nas organizações educacionais; • Integrar um planejamento flexível com criatividade sinérgica; • Realizar um equilíbrio entre flexibilidade, que está ligada ao conceito de liberdade, criatividade e organização; • Avançar os programas previstos às necessidades dos alunos, criando conexões com o cotidiano, com o inesperado; • Equilibrar: planejamento e criatividade; • Aceitar os imprevistos, gerenciar o que pode-se prever e a incorporar o novo; • Estabelecer a criatividade que envolve sinergia, valorizando as contribuições de cada um. As iniciativas multidisciplinares são capazes de gerar resultados surpreendentes na superação das dificuldades de aprendizagem, para tanto se faz necessário um comprometimento de todos, com a intenção de sanar ou minimizar possíveis dificuldades.

Com o atendimento multidisciplinar, os alunos poderão desenvolver suas capacidades intelectuais, ampliando suas possibilidades para a vida dentro e fora da escola, englobando estratégias para conviver de um modo harmônico em meio às suas dificuldades, estimulando, assim, seu desempenho educacional. O brincar é uma experiência essencial para a vida, os professores precisam ter em mente que a criança aprende, com muito mais eficiência, quando o aprendizado se torna uma grande brincadeira. ”Brincar para os pequenos é coisa muito séria” (grifo meu). Segundo Kishimoto (2005), O brinquedo supõe uma relação íntima com a criança e uma indeterminação quanto ao seu uso, ele estimula a representação e expressão de imagens que evocam aspectos de seu convívio. O lúdico auxilia, não somente na aprendizagem, mas principalmente no desenvolvimento social, cultural, na comunicação, expressão e construção do pensamento; essa metodologia é, sem dúvida, capaz de superar quaisquer dificuldades em aprender e socializar de “TODOS” os indivíduos (grifo meu).

CONSIDERAÇÕES FINAIS Desde a década de 1960, o TEA vem sendo estudado na perspectiva de compreender como se processa a conduta das pessoas que têm essa disfunção, em diferentes situações, e contextos; visto que ocasionam grandes frustrações em virtude da dificuldade de integração e socialização. Ao analisar toda pesquisa nota-se que, as dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas, além de uma disfunção específica, e sim a uma história de vida da criança a qual desconhece-se; portanto, os problemas de aprendizagem de um determinado indivíduo pode estar muito mais relacionado ao que ele abriga em seu inconsciente do que em sua capacidade de compreensão do que lhe está sendo ensinado, sendo ainda mais acentuado nos diagnosticados com TEA.

Um momento excelente para se observar e compreender a criança, e a maneira que ela interpreta a realidade, é observando suas relações com as brincadeiras. É onde ela desenvolve sua criatividade, organiza seu mundo e suas expectativas. Desse modo, para os estudantes com TEA requerer-se uma abordagem sistêmica, com enfoques terapêuticos para amenizar seus sintomas. O tratamento deve ser oferecido de forma contínua, considerando e abrangendo os diferentes contextos e pessoas com quem estas crianças convivem.   REFERÊNCIAS A & R – Associação de Estudos e Apoio. Autismo: Uma Realidade por Ziraldo, 2013 Disponível em: https://www. autismoerealidade. com. br/sao-paulo-sp/associacoes-e-organizacoes/associacoes-beneficentes/ 14603116-1/ame-amigos-metroviarios-dos-excepcionais. Acesso em: 25 de mar. de 2020. ANDRADE, A. com. br/artigos/325861391/lei-12764-2012-direitos-da-pessoa-com-transtorno-do-espectro-autista Acesso em: 25 de mar. de 2020. BRASIL ESCOLA. Comorbidade de Leitura, Escrita e Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade.

As pesquisas denominadas “estado da arte”. Revista Educação & Sociedade, Campinas, n. p. Ago, 2002. GAUDERER, E. br/a-abordagem/atividades-interativas-para-pessoas-com-autismo/ Acesso em: 05 de abr. de 2020. KISHIMOTO, T. M. Org. de 2020. MAZETTO, C. T. M. Os desafios para a inclusão de crianças com autismo no sistema escolar. A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000. NADAL, P. O que são os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD)? 2011. V. T. Monografia Autismo Disponível em: http://www. gradadm. ifsc. comportese. com/2010/09/autismo-um-breve-historico Acesso em: 05 de abr. de 2020.

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