INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA REDE REGULAR DE ENSINO

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Educação Física

Documento 1

Há uma tendência atual a conceber os processos de aprendizagem de forma holística, sistêmica ou relacional. A aprendizagem nasce da interação, dos atravessamentos sociais, da construção histórica passada e do futuro intencionado. Os movimentos das pesquisas na Educação apontam para a congruência com essas ideias, numa visão integrada do sujeito. A construção e desenvolvimento de capacidades cognitivas são elementos importantes no universo escolar e da aprendizagem formal. Em meio a esse contexto, o presente trabalho tem como objetivo geral compreender a inclusão do alunado com Deficiência Intelectual na rede regular de ensino, apropriando na relação entre professor e aluno a afetividade que pode contribuir para o processo de aprendizagem e desenvolvimento do aluno com deficiência intelectual.

BRASIL, 2008, p. Então, deve-se, ainda, compreender que as pessoas com deficiência intelectual não integram um conjunto homogêneo entre si. É necessária ter a consciência nas diferenças entre si; procurando atender de forma efetiva e a maximizar as potencialidades as necessidade e singularidades de cada indivíduo. Ainda discorrendo sobre essa diversidade, entende-se que os sujeitos com deficiência intelectual podem apresentar déficits na metacognição, ou seja, os educandos têm dificuldades no reconhecimento de seus próprios recursos cognitivos, em particular, a memória, percepção e motricidade; deficiências nos processos executores ou de controle cognitivo; ausência de conhecimento acerca das próprias funções e capacidades cognitivas, não conseguindo manejar e controlar de maneira flexível e adequada os correspondentes processos, estratégias e planos de controle; limitações em processos de transferências ou generalizações de certas situações e tarefas a outras, bem como limitações no próprio processo de aprendizagem.

Detectar a deficiência e compreender seu ambiente é fundamental para articular as estratégias que desenvolva a autonomia da pessoa com deficiência. Isto é, o desenvolvimento, fruto da síntese entre os aspectos orgânicos, socioculturais e emocionais, manifesta-se de forma peculiar e diferenciada em sua organização sociopsicológia. Assim, não se pode avaliar suas ações e cumpri-las com as demais pessoas, pois cada pessoa se desenvolve de forma única e singular Existem potencialidades, habilidades e capacidades em todas as pessoas com deficiência, contudo, para que possam ser dessaboradas e desenvolvidas, devem ser lhes oferecidas condições materiais e instrumentais adequadas. Com isso, deve-se oferecer a tais pessoas uma educação que lhes oportunize a apropriação da cultura histórica e socialmente construída, para melhores possibilidades de desenvolvimento.

Inclusão e Afetividade no Processo Educacional Ao se deparar com o diferente ou até mesmo anormal não é uma tarefa fácil para algumas pessoas. Existem, inclusive, aquelas que têm medo de lidar ou de conviver com pessoas com deficiência, agindo, em alguns casos, como se elas tivessem uma doença contagiosa, contribuindo para a perpetuação do preconceito e fomentando a exclusão. O AEE voltado ao aluno com deficiência intelectual deve-se lançar mão de recursos e estratégias diversificadas de modo integral em relação ao processo de ensino aprendizagem desse, construindo e reconstruindo os saberes e conhecimentos, possibilitando a máxima articulação de suas capacidades e habilidades, e de avaliação, contando como auxílio bilateral das salas multifuncionais, estabelecendo-se uma parceria ativa entre os profissionais responsáveis pelos dois ambientes.

Conforme os designíos de uma sociedade inclusiva, almeja-se garantia do direito coletivo de exercício da cidadania indiferentemente de gênero, origem socioeconômica, escolaridade, opção sexual, religião, cor, idade, raça e deficiência. Nela também está prevista a eliminação de qualquer forma de discriminação e segregação. Assim como estão previstos os princípios da aceitação das diferenças individuais, a valorização de cada pessoa, a convivência dentro da diversidade humana. É de direito do aluno com NEE - Necessidades Educativas Especiais e de todos os indivíduos é uma educação pública, garantindo a qualidade de padrões pré-estabelecidos de uma, porém isso depende de reorganização escolar integral, diante de um sistema como um todo, no que tange a vertente de aceitação, mas também na valorização das diferenças.

Ao contrário, implica uma reorganização do sistema educacional, o que acarreta a revisão de antigas concepções e paradigmas educacionais na busca de se possibilitar o desenvolvimento cognitivo, cultural e social desses alunos, respeitando suas diferenças e atendendo às suas necessidades. Nesse sentido, o educador deve ser capaz de propiciar a transformação a qualquer aluno, principalmente alunos portadores de NEE – Necessidades Educacionais Especiais, dentre eles está em destaque os portadores de Deficiência Intelectual, que é o nosso objeto de estudo desse projeto. O professor é o responsável em favorecer um ambiente que valorize o ser humano em suas potencialidades, um ambiente respeitador às diversidades, que seja facilitador da aprendizagem, onde o aluno perceba a relevância dos conteúdos, conforme se faz a relação destes conteúdos com suas histórias de vida.

Para tanto, é preciso transgredir em atos e ações educativas, repensar a prática pedagógica e revelar ideários de uma educação respeitadora da pessoa humana em toda a vida. Vale destacar que para que o professor tenha êxito em sua empreitada, a de educar, considera-se como primordial, o afeto nas relações aluno-professor em sala de aula, pensando na falta de carinho e compreensão na vida de muitos alunos, aspectos necessários para alavancar sua autoestima. Percebeu-se que, para que a escola inclusiva se concretize, é preciso mudanças tanto na concepção da sociedade escolar em relação à pessoa com necessidades especiais, em à sua capacidade, quanto em adaptações curriculares com propostas diferenciadas perante a heterogeneidade das deficiências. É necessário proporcionar ajuda pontual para atender as necessidades específicas dos estudantes.

Através das interações humanas, portanto, é papel primordial do educador, possibilitar condições de (re) construção do conhecimento, principalmente para alunos NEE, como os deficientes intelectuais, que devem ser acolhidos de forma a evidenciar suas potencialidades e capacidades, somente através da afetividade nas relações professos-aluno é possível criar-se a empatia e vínculo necessários para auxiliar no processo de ensino aprendizagem desses alunos. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. C. Medeiros, J. G. Nuernberg A. H. Marília, v. n. p. Jan. Mar. Jan. Mar. VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. ed.

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