JOGOS MATEMÁTICOS: A LUDICIDADE EM PROL DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Matemática

Documento 1

A eficiência desta técnica, além de oferecer os elementos informados, diz respeito à sua relativamente simples aplicabilidade. Mesmo com tantos pontos positivos em seu favor, o emprego de jogos no ensino da disciplina matemática ainda não é amplamente utilizado, em grande parte pelo posicionamento do próprio professor, seja pela desconfiança quanto à eficácia da técnica, seja pela falta de conhecimento desta ferramenta não abordada no período de sua formação como docente. Conclui-se que existe um campo vasto quanto à aplicação de jogos matemáticos no ensino desta disciplina e que este campo deve ser explorado em benefício primordial do aluno, seja auxiliando aqueles que têm dificuldades nesta disciplina, seja como expansiva das habilidades daqueles que a entendem com maior facilidade.

Palavras-chave: Jogos Matemáticos; Ludicidade; Ferramenta de Ensino; Matemática. Introdução A educação, de acordo com a Constituição, é um direito da sociedade e dever do Estado. A proposta dos jogos matemáticos envolve essa interação e o resultado, conforme citação é uma aprendizagem significativa. Desta forma, surgem algumas questões relevantes, tais como: De que modo os jogos matemáticos são inseridos, na prática, no ensino ministrado aos alunos? Quais são alguns exemplos de jogos matemáticos? O que faz da ludicidade, de um modo geral, uma ferramenta eficaz e satisfatória na expansão do conhecimento? Como questão da problemática da pesquisa, o artigo objetiva responder: porque ainda existe certa resistência, por parte dos docentes, em adotar a ludicidade, especificamente os jogos matemáticos, na sua grade de ensino? A pesquisa foi embasada na revisão bibliográfica, consultando autores tais como Karyn Liane Teixeira no livro “O universo lúdico no contexto pedagógico” e Jaqueline Engelmann no livro “Jogos matemáticos: experiências no PIBID”, bem como em revistas científicas, tais como a revista Aprender e a revista Destaques acadêmicos.

A conclusão aponta que existe um vasto campo para aplicação dos jogos matemáticos e demais elementos da ludicidade na pedagogia escolar e qualquer esforço envolvido para possibilitar essa expansão é válido, primeiro por oferecer resultados concretos e satisfatórios e também por ser uma técnica amplamente aceitável e aprovada pelos alunos. Desenvolvimento 1 Ludicidade: Conceitos Gerais e Credibilidade A educação sempre foi um assunto de séria preocupação e a prioridade nos assuntos da sociedade. Segundo a Constituição Brasileira, capítulo III que trata da educação, da cultura e do desporto, art. Dentre as muitas estratégias desenvolvidas neste ambiente, consta uma proposta atual e cada vez mais adotada: a ludicidade. Em primeiro momento é relevante conceituar o termo ludicidade. A palavra ludicidade, segundo Massa (2015) apresenta uma gama de significados atribuídos à ludicidade.

O aspecto interessante, ressaltado pela autora, é que apesar de amplamente manifestada na educação, não existe no dicionário da língua portuguesa. O que é ludicidade? De acordo com Maia (2017, p. Do ponto de vista do educador, a atividade pode ser considerada lúdica, no entanto, o que deve ser levado em consideração é o efeito causado no aluno. O jogo não deve simplesmente camuflar a atividade matemática. Quando isso ocorre, existe o perigo de desvio no objeto, ou seja, o aluno deseja jogar pura e simplesmente para não ter aula de matemática, “fugir” da aula propriamente dita. Embora seja um tema atual e muito abordado na contemporaneidade, o uso de jogos como ferramentas didáticas não é algo novo, o que muda é forma quanto à sua aplicabilidade no decorrer das décadas, bem como sua expressividade.

De acordo com a pesquisa da autora Dalarmi (2013, p. Precisam transmitir conhecimentos e desenvolver o entendimento dos alunos. Do contrário, não passariam de meros passatempos. Dito isso, portanto, de que formas os jogos matemáticos impactam na transmissão de conhecimento desta disciplina? De que forma os discentes são auxiliados a aprender a matéria? Grande parte dos autores e pesquisadores do assunto destaca o objetivo primordial do lúdico no cenário da matemática, o qual “não se resume apenas a facilitar que o aluno memorize o assunto abordado, mas sim a induzi-lo ao raciocínio, à reflexão, ao pensamento e, consequentemente, a construção do seu conhecimento”. DALARMI, 2013, p. Durante o jogo, o aluno aprende a traçar estratégias. O artigo se debruça sobre dois jogos específicos que servem como exemplo: a corrida matemática e 2.

Corrida Matemática A proposta deste jogo é estimular o raciocínio lógico e o cálculo mental. Esse jogo é aplicável de modo mais eficaz com alunos do nível fundamental, uma vez que a proposta do jogo é despertar o interesse dos alunos para a matemática, com o incentivo de fazê-los dominar as quatro operações básicas. Pode ser aplicado para até oito participantes, distribuídos de forma individual ou em duplas. A sistemática do jogo, que envolve tabuleiro, dados e pinos, visa fazer com que o participante avance em linha reta de acordo com os valores obtidos. No entanto, um raciocínio que pode parecer desorganizado, em realidade, pode estar apoiado em propriedades das operações e do sistema de numeração e deve ser incentivado já nas séries iniciais.

ENGELMANN, 2014, p. Na citação é dito que quanto mais cedo forem aplicadas às técnicas interventivas nos jogos matemáticos, mais eficazes no desenvolvimento do aluno se tornarão. Isso dito é quebrado um paradigma, o qual associa ludicidade como ferramenta aplicável somente nas séries iniciais ou quando o aluno ainda é uma criança. Os jogos devem, na verdade, ser inseridos nesta época informada para melhor eficácia. O educador precisa ter cautela e estar atento a forma como aplica os jogos em suas aulas e se a proposta está sendo realmente alcançada. Precisa ter a ciência de que o lúdico não se constitui de acordo com o ponto de vista do professor e sim embasado nas experiências do aluno. Um elemento essencial neste cenário é a observação.

O professor observa seus alunos e compreende qual a melhor estratégia a ser usada para atender as necessidades dos mesmos, seja de forma geral ou até mesmo individual. É preciso que o professor dissipe certos paradigmas, como se ater somente às cartilhas impressas no seu método de ensino. Os jogos devem ser vistos como instrumentos pedagógicos expansores do conhecimento e somente serão lúdicos quando a proposta tiver impacto no aluno. Um jogo é lúdico quando o aluno sente seus efeitos e não de acordo com o ponto de vista do docente. Ainda existe certa resistência na aplicação de jogos matemáticos e demais ferramentas lúdicas no ambiente escolar devido fatores diversos, sendo um deles o descrédito por parte dos professores por achar que a intervenção não interfere de forma relevante no desenvolvimento dos alunos.

Os jogos não são apenas brincadeiras com objetivo de passar o tempo. Nos jogos existem regras e não são realizados de acordo com o bel prazer do jogador. n. p. Disponível em: <https://repositorio. unesp. br/bitstream/handle/11449/106776/ISSN1981-8106-2008-18-31-73-86. iuri0094. hospedagemdesites. ws/anais/XIENEM/pdf/1291_432_ID. pdf> Acesso: 21/12/2018. ENGELMANN, Jaqueline. MASSA, Monica de Souza. Ludicidade: da etimologia da palavra à complexidade do conceito. Revista Aprender – Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação. Ano IX, n. p. Curitiba: Editora Appris, 2016, 199p. TEIXEIRA, Karyn Liane. O universo lúdico no contexto pedagógico. Curitiba: Intersaberes, 2018, 278p.

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