KARL MARX E A MAIS-VALIA

Tipo de documento:Fichamento

Área de estudo:Sociologia

Documento 1

Para Loyola, a mais-valia é a “diferença entre o valor do produto e o valor do capital despendido no processo de produção. ” (LOYOLA, 2009, 131). Isto é, a mais-valia é a diferença do valor dos meios de produção para o valor da mercadoria final. Sendo assim, a mais-valia é um fenômeno do âmbito de produção de mercadorias, não do âmbito de circulação. Karl Marx, o criador desta teoria, morreu em 1883, tendo visto apenas o primeiro volume de sua principal obra publicado. MERCADORIA E PROCESSO DE TROCA Em O Capital (2017), Marx escreve em primeiro lugar sobre os valores que compõem as mercadorias. São eles os valores de uso - substância do valor - e valores de troca - grandeza do valor. A mercadoria, para o autor, é um “objeto externo” que por meio de suas características “satisfaz necessidades humanas de um tipo qualquer” (2017, p.

Todo objeto que possui utilidade deve ser analisado sob um ponto de vista duplo - ou dialético: o da qualidade e da quantidade. A utilidade do objeto para a pessoa que o usa representa o valor de uso. Por isto, se caracteriza como a grandeza do valor, como quantidade de produtos a qual equivale. “Por essa razão, mercadorias em que estão contidas quantidades iguais de trabalho ou que podem ser produzidas no mesmo tempo de trabalho têm a mesma grandeza de valor. O valor de uma mercadoria está para o valor de qualquer outra mercadoria assim como o tempo de trabalho necessário para a produção de uma está para o tempo de trabalho necessário para a produção de outra. ” (MARX, 2017, 117). Na tentativa de simplificar as trocas comerciais, uma mercadoria é elegida como equivalente universal para todas as mercadorias.

No entanto, a mesa continua sendo madeira, uma coisa sensível e banal. Mas tão logo aparece como mercadoria, ela se transforma numa coisa sensível-suprassensível. ” (MARX, 2017, 146). Esta característica “mística” não resulta do valor de uso e nem das determinações de valor, e sim de que a mercadoria “reflete” o próprio trabalho e, também, as relações sociais dos produtores com o trabalho total nela representada. “A descoberta científica tardia de que os produtos do trabalho, como valores, são meras expressões materiais do trabalho humano despendido em sua produção fez época na história do desenvolvimento da humanidade, mas de modo algum elimina a aparência objetiva do caráter social do trabalho. M - D é o processo de venda da mercadoria.

O seu possuidor, interessado apenas no valor de troca vende seu produto e recebe em dinheiro o valor do mesmo. “Para apoderar-se do dinheiro, a mercadoria precisa, antes de mais nada, ser valor de uso para o possuidor do dinheiro, de modo que o trabalho nela despendido esteja incorporado numa forma socialmente útil ou se confirme como elo da divisão social do trabalho. ” (MARX, 2017, 180). O preço da mercadoria é a representação monetária do trabalho social nela objetivado. ” (MARX, 2017, 224). A troca M - D - M é de caráter qualitativo: uma mercadoria por outra mercadoria. A troca D - M - D, no entanto, não tem sentido, pois troca-se dinheiro por dinheiro. Este processo completo, então, se configura como D - M - D’, onde D’ = D + ΔD.

O ΔD, portanto, é o mais-valor, ou, mais-valia. ” (MARX, K. A força de trabalho só pode ser comprada se é posta à venda pelo seu possuidor, pelo proprietário privado de sua própria capacidade de trabalho. Este portador é o proletário. Aquele que pode vender mercadorias diferentes da sua força de trabalho possui os meios de produção: matérias-primas, instrumentos, maquinário, etc. “Para Marx, é apenas o trabalho que produz valor. O valor produzido nas cinco horas excedentes – a mais-valia – pertence ao capitalista. ” (LOYOLA, 2009, 132). O valor de uso da força de trabalho torna-se propriedade do capitalista, ainda que o portador continue sendo o vendedor. Esta transação não é simultânea e disso decorre que a força de trabalho só é paga depois de ser consumida. “Desse modo, o trabalhador adianta ao capitalista o valor de uso da força de trabalho; ele a entrega ao consumo do comprador antes de receber o pagamento de seu preço e, com isso, dá um crédito ao capitalista.

O Mecanismo da Mais Valia Relativa. IN: Estudos Econômicos, São Paulo, volume 44, número 2, abril-junho, 2014. P. GOUVÊA, Marina Machado de Magalhães. Lendo O Capital na Quarentena [curso]. MARX, Karl. O 18 Brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2011. MARX, Karl. O Capital.

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