MARCO REFERENCIAL

Art. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. A Educação Infantil é uma das etapas da Educação Básica, a qual tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, esta etapa da educação básica, tendo como finalidade, o desenvolvimento integral da criança de quatro meses a cinco anos de idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e comunidade.

Reafirmando o que estabelece o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a Base Nacional Comum Curricular(BNCC), destaca que as crianças devem ser concebidas como sujeitos ativos, capazes de construir os próprios saberes ao mesmo tempo que interagem com o mundo ao seu redor e com o processo cultural do seu tempo histórico. º, o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na unidade escolar; II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV - Respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - Valorização do profissional da educação escolar; VIII - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; IX - Garantia de padrão de qualidade; X - Valorização da experiência extraescolar; XI - Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Desta maneira, com o propósito de promover uma base sólida, a escola em questão busca encaminhar os alunos à vida, como seres humanos de respeito, cidadãos capazes de se integrar na sociedade, valorizar o outro, bem como, o próprio meio onde convive e, sobretudo, resgatar nas famílias a importância de uma boa e eficaz educação, centrada na criança, digna e capaz de se perpetuar por toda sua vida. DOS OBJETIVOS A educação que acreditamos é que permite o desenvolvimento das potencialidades de cada indivíduo que, por sua vez, gera mudanças em si mesmo e no ambiente em que atua, sendo um processo dinâmico de desenvolvimento de gerações. Compreendemos a educação como um meio de formar pessoas, através da construção de seus valores e de seu caráter, somados aos conhecimentos que adquirem.

Neste aspecto, o objetivo maior da nossa escola é formar, por meio da educação, cidadãos comprometidos, éticos, solidários, críticos e participativos. O trabalho interdisciplinar traz uma perspectiva capaz de entendermos o processo de ensino / aprendizagem, pois todo conhecimento é construído em estreita relação com os contextos em que são utilizados, sendo impossível separar os aspectos cognitivos, emocionais e sociais presentes neste processo. É um processo global e complexo, onde o conhecer e o intervir no real não se encontram dissociados, ensinam-se principalmente pelas experiências proporcionadas, pela ação desencadeada. Nesse sentido, a concepção de desenvolvimento e aprendizagem possui como teóricos de referência principalmente Jean Piaget, Lev Vygotsky, Maria Montessori e Régio Emília, entre outros. ENSINO DA EDUCAÇÃO INFANTIL A Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009, fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010, p.

onde, para efeito, é adotada a seguinte definição A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. Neste contexto, podemos dizer que a criança é um ser complexo e não pode ser analisada apenas por um prisma, pois, cada uma possui uma natureza singular, que a caracteriza como ser que pensa e sente o mundo de um jeito próprio, capaz de construir o conhecimento, utilizando-se das mais variadas ideias e hipóteses sobre tudo aquilo que busca desvendar.

Segundo Montessori (1966), a infância é considerada como um período de grande fertilidade, onde a criança tem a capacidade de desenvolver suas potencialidades de forma rápida e eficiente. Essa mesma autora ressalta que deve ser dado a criança o direito de se expressar livremente, assim como esta deve ter contato com um ambiente adequado a sua fase de desenvolvimento, que seja carregado de experiências motivadoras, que despertem a inteligência e que possa prepara-las para viver com autonomia desde a infância até a vida adulta. Portanto, a formação das crianças está associada ao desenvolvimento físico, cognitivo e afetivo que ocorre nas diferentes idades e, quando inseridas em ambientes enriquecedores, instigantes e cheios de espaços para aprender, segue avançando, sendo necessário o trabalho de “acolher”, “cuidar” e “educar”.

Segundo Piaget (2014) o afeto é essencial para o funcionamento da inteligência. O desenvolvimento e a aprendizagem são processos complementares que se sustentam mutuamente, onde o desenvolvimento indica possibilidade humana e a aprendizagem põe em movimento o processo de desenvolvimento, cultivando continuamente as transformações dos saberes antigos em novos. Segundo Vygotsky (1987), o cenário em que está inserido interfere diretamente no desenvolvimento humano. Sendo assim, devem ser feitas reflexões acerca do papel da escola no contexto educacional como mediadora de novos métodos a serem utilizados no processo de ensino-aprendizagem, em um contexto que demanda a intensificação uma proposta de ensino eficaz, no que diz respeito ao desenvolvimento de novas competências e habilidade para uma melhor interação do aluno no ambiente escolar e na sua comunidade.

Neste sentido, a presente proposta busca apoio em sua concretização, no diálogo entre o desenvolvimento humano e a aprendizagem das crianças e o promove numa envolvente atividade que também amplia os horizontes dos adultos interessados em se relacionar com elas. A Instituição de Educação Infantil busca ser um lugar de convergência entre o universo do conhecimento e o mundo da subjetividade humana e, portanto, terreno fértil para a imaginação, para o desenvolvimento da sensibilidade e da inteligência. Brasília: MEC; SEF, 1998. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 2010. br Acesso em 17 de nov. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 57 p.