METODOLOGIAS ATIVAS DE ENSINO: UMA REFLEXÃO PARA A ATUALIDADE

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Tal como outras considerações sobre o tema, que se fizeram pertinentes ao trabalho. Ao final da reflexão, o trabalho constatou que ainda se faz necessário um investimento árduo as Tecnologias da Informação e Comunicação na estrutura escolar, para potencializar o uso das Metodologias Ativas. Palavras-chave: Educação. Metodologias Ativas. Ensino Básico. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo realizar uma reflexão sobre aplicabilidade das Metodologias Ativas em relação às condições estruturais das Tecnologias da Informação e Comunicação dentro do contexto escolar, analisando as potencialidades para o ensino no século XXI. A sociedade do conhecimento, classificação apontada para a nossa realidade atual, trouxe uma série de desenvolvimentos tecnológicos que mudaram vários aspectos relacionados à forma de aquisição de novos saberes pelas pessoas.

Hoje, a ação de adquirir um conhecimento é um processo que está muito ligado às novas tecnologias e às metodologias ativas. Em relação ao uso das Metodologias Ativas de Aprendizagem e as tecnologias, Moran destaca: A combinação de metodologias ativas com tecnologias digitais móveis hoje é estratégica para a inovação pedagógica. As tecnologias ampliam as possibilidades de pesquisa, autoria, comunicação e compartilhamento em rede, publicação, multiplicação de espaços, de tempos; monitoram cada etapa do processo, visibilizam os resultados, os avanços e dificuldades. Metodologias Ativas. Em pleno século XXI, é difícil encontrar camadas da sociedade que não estejam conectadas a algum tipo de tecnologia. A tecnologia digital foi inserida no Brasil entre as décadas de 50 a 70. Alterando as formas de armazenamentos de dados e linguagens, as tecnologias digitais revolucionaram sociedade, economia, indústria e educação.

Em 1988, a internet chega ao Brasil por uma iniciativa realizada pela comunidade acadêmica de São Paulo (FAPESP) e Rio de Janeiro. A necessidade do uso da tecnologia educacional é um fato atual. Assim, há um esforço coletivo dentro do ambiente escolar para o sucesso da inclusão digital. Hoje, não há como se trabalhar com o aluno do século XXI através de meios e metodologias descontextualizados ao mundo moderno. Em qualquer dado momento, a tecnologia chegará ao horizonte de expectativa do aluno, inserido o no mundo contemporâneo. O ambiente escolar precisa estar preparado para enfrentar os novos desafios que provêm dos avanços tecnológicos. Situação essa que demanda cada vez mais que os professores elaborem aulas atrativas, dinâmicas e contemporâneas.

É nesse contexto que esses se deparam com as chamadas Metodologias Ativas de Aprendizagem, colocadas em ação por meio da apresentação de situações e problemas que alunos viverão em suas realidades sociais e profissionais (MORAN, 2013). Ou seja, as Metodologias Ativas de Aprendizagem são estratégias de ensino que incentivam alunos a terem um papel mais presente em sua própria aprendizagem. Assim, ao invés de se portarem como uma peça passiva no processo educacional, esses se tornam agentes ativos em tal processo. Vivenciando na juventude o papel de cidadãos e profissionais que se tornaram no futuro. De acordo com Celso Cunha Bastos (2006), em Metodologias Ativas, o método ativo de aprendizagem pode ser definido como um conjunto de ações interativas de análise, pesquisa, estudo, tomadas de forma coletiva ou individual, que tem por meta solucionar uma problemática.

Percebemos que nas definições apresentadas às Metodologias Ativas de Aprendizagem o aluno é conduzido ao ensino participativo, colaborativo e construtivista de conhecimento. Há várias estratégias dentro do sistema de Metodologias Ativas de Aprendizagem, tais como: • aprendizagem baseada por problemas (PBL); • aprendizagem baseada em projetos (ABP); • sala de aula invertida; • gameficação; • aprendizagem em pares; • aprendizagem pelo sistema híbrido de ensino. Tais metodologias podem ser utilizadas de forma isolada, ou podem ser utilizadas de forma conjunta. Sendo que em qualquer processo proposto pelas Metodologias Ativas de Aprendizagem, os professores devem orientar as atividades com a finalidade de conduzir a formação analítica de futuros profissionais, nas mais distintas áreas. As tecnologias amplificam as formas de aprender. O espaço de ensino é ampliado, um mesmo tema que pode ser aprendido e abordado em uma sala de aula, pode ser pesquisado em um site, discutido em um fórum, apresentado por meio de vídeo.

Em todo esse processo, o aluno pode visualizar seus avanços e suas dificuldades, pois podem agir, refletindo, monitorando e detectando progressões, de forma ativa no processo de aprendizagem. Sendo assim, o sistema de Metodologias Ativas de Aprendizagem deve contemplar os seguintes elementos: • Aluno protagonista do processo de aprendizagem; • Professor mediador do processo de aprendizagem; • Inovação; • Autonomia; • Problematização de situações reais; • Trabalho coletivo. Nessa perspectiva, ao se adotar o uso das Metodologias Ativas de Aprendizagem, o professor deve elaborar atividades relacionadas a adversidades reais, colocando os alunos em situações conflitos que poderão enfrentar no futuro. O espectador, no caso a aluno, vira o protagonista, o ator, e o professor, no caso que anteriormente era o protagonista, torna-se um espectador do processo. Apesar de o aluno ser o agente ativo no processo de Ensino Híbrido, a responsabilidade de realizar a seleção das variedades de ambientes que podem ser utilizadas no sistema híbrido, respeitando as necessidades de diversos alunos, em diferentes níveis de aprendizado, é do professor.

Antes de apontar mais considerações sobre o Ensino Híbrido de ensino, é preciso ressaltar que esse já existe há tempos e não é engessado em apenas uma forma. O sistema Ensino Híbrido pode acontecer por meio da junção de tempos, de espaços, de métodos, de tarefas e de públicos diferentes. O que acontece é que hoje o Ensino Híbrido conta as novas Tecnologias da Informação e Comunicação. O processo ocorre de forma colaborativa, levando a um melhor envolvimento dos alunos, aumentando o desempenho e a produtividade dos educandos. Dessa forma, a aprendizagem híbrida, ou blended learning, descreve um processo, ou uma prática, de uma abordagem metodológica que auxilia a definir uma série de métodos e práticas diversificados.

Há quatro aplicações para o modelo de Ensino Híbrido, que podem ser encontradas mescladas entre si, sendo essas: rotação, virtual enriquecido, à la carte, flex. Dentre essas, o modelo de rotação apresenta alguns desdobramentos: a rotação por estações, que pode ser aplicada em uma ou várias salas de aula; o laboratório rotacional, semelhante ao anterior, porém, nesse sistema os alunos são direcionados ao laboratório de informática para seguir com a parte de ensino on-line do curso; e a rotação individual, que se diferencia dos modelos anteriores pelo fato do aluno possuir cronogramas diários construídos especificamente para a sua dificuldade. Além disso, há os que não apresentam desdobramentos, como o modelo flex. É possível avançar nas integrações disciplinares por meio de planejamento conjunto, semestral ou anual, mesmo dentro de um modelo tradicional, já que toda educação deve ter um propósito planejado e sistematizado, utilizando ou não modelos inovadores (CAMARGO; DAROS, 2018).

Frequentemente, o que é priorizado é o ensino, tanto por profissionais da educação, quanto nas formações oferecidas a esses, quando na verdade o foco deveria estar na aprendizagem. Em relação ao método híbrido, a atenção da equipe pedagógica e dos professores deve estar voltada a como aprender. Depois que esses conseguem entender como os alunos aprendem é que eles poderão tomar decisões a respeito de como ensinar (HATTIE, 2017, p. Para Moran e Bacich (2015), é fundamental que a educação híbrida seja pensada a partir de modelos curriculares que apresentem mudanças, beneficiando a aprendizagem participativa dos alunos, seja essa individual, ou coletiva. É um desafio para o espaço escolar repensar seus métodos e procedimentos didáticos, em função da incorporação das tecnologias dentro dos muros da escola.

Hoje, há o surgimento de uma infinidade de técnicas, de recursos e de métodos de comunicação ubíqua e rizomática, produzidas em velocidade constante (NETO, 2017, p. Dessa forma, de maneira democrática, a escola deve estar preparada para acompanhar o crescimento e a expansão tecnológica, aproximando professores e alunos, visando um ambiente interativo baseado em processos comunicacionais dialógicos e multidirecionais. As novas tecnologias podem ser utilizadas como suporte para uma aprendizagem colaborativa e ativa, na qual privilegiam uma formação discente integral de modo que contemplem as múltiplas capacidades de aprendizagem. Entre as tecnologias de fácil acesso no ambiente escolar, o computador é a tecnologia mais comum. Em 12 de dezembro de 2007, o Pro Info é reeditado por meio do Decreto n° 6. o qual passa a ser chamado de Programa Nacional de Tecnologia Educacional.

Entre os objetivos principais do programa estão as seguintes metas: I – Promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas escolas de educação básica das redes públicas de ensino urbanas e rurais; II – fomentar a melhoria do processo de ensino e aprendizagem com o uso das tecnologias de informação e comunicação; III – promover a capacitação dos agentes educacionais envolvidos nas ações do Programa. MEC, 2007) De acordo com informações disponíveis no site oficial do MEC (2007), o programa Pro Info leva às escolas recurso digital, computadores e conteúdos educacionais relacionados as novas tecnologias. Entretanto, para que espaço escolar seja beneficiado pelo programa, esse, juntamente com sua esfera de organização, federal, estadual e municipal, deve se responsabilizar por fornecer a estrutura apropriada para instalação das novas tecnologias.

A estimativa do programa era a instalação de cem mil computadores, para anos de 1997 e 1998. Porém, houve a instalação de apenas trinta mil computadores em esfera nacional, até o início de 2003. Ademais, Ronsani destaca em seu estudo que a falta de manutenção dos computadores é outra circunstância que impede a utilização plena das Salas de Informática. Oliveira (2011), em sua dissertação de mestrado, ressalta que o uso do computador dentro do ambiente escolar só é eficiente quando orientado por Projeto Político-Pedagógico apropriado. Dessa forma, a ferramenta amplia os métodos de ensino adotados. Após buscas criteriosas feitas nas bases de dados, foram escolhidos alguns materiais, por meio da leitura de títulos e resumos, que foram lidos de forma mais atenciosa para que seus resultados pudessem ser captados.

Por fim, entre o material levantado, foram selecionados os que estabeleciam diálogos relacionados à questão trabalhada na pesquisa. DISCUSSÃO SOB OS RESULTATOS. De acordo com os resultados levantados, observamos que o contexto educacional atual, dinâmico e digital, exige do professor o uso de metodologias diferentes ao lecionar, pois a forma tradicional de ensinar torna as aulas cansativas e desestimulantes para os alunos. Percebemos, por meio das considerações de Moran, Berbel e Bastos, que as Metodologias Ativas de Aprendizagem surgem com a finalidade de colocar o aluno no foco da aprendizagem, tornando o ensino mais ativo, reflexivo e autônomo. Entre os quatro modelos, o estudo constatou que o método rotacional é o mais próximo dentro do contexto escolar, pois nesse modelo os alunos podem ser direcionados ao laboratório de informática, no qual podem fazer pesquisas on-line, pesquisas em sites, participação em fóruns, criação de slides, criação de blogs.

A partir desse resultado, em relação ao Ensino Híbrido e ao uso das tecnologias por meio do sistema rotacional, fez-se necessário dentro do estudo pesquisar como, em sua maioria, vem sendo atualmente estruturado os recursos de tecnologias dentro do ensino público, a fim de constatar se Metodologias Ativas de Aprendizagem e o Ensino Híbrido estão tendo a possiblidade de aplicabilidade efetivamente no processo de ensino aprendizagem. Examinou-se que os avanços tecnológicos se encontram nos espaços mais distintos da sociedade. A escola é um espaço que não está isento à globalização, uma vez que essa recebe um público conectado ao mundo digital. Sendo assim, o contexto escolar se encontra em constante desafio para atualizar suas metodologias. Por fim, por meio do estudo de Oliveira (2011), inferimos que somente a instalação das salas virtuais não é a garantia de sucesso para inclusão digital.

É preciso a elaboração de um Projeto-Político-Pedagógico apropriado e um ambiente escolar preparado em relação ao uso da TICs. CONCLUSÃO Esse artigo buscou trazer algumas discussões sobre as Metodologias Ativas de Aprendizagem e sua aplicabilidade no ensino básico em relação ao uso das Tecnologias de Informática e Comunicação. Assim, por meio de uma pesquisa de modelo bibliográfico, foi possível concluir que o método ativo de ensino se encontra alinhado com a proposta de Ensino Híbrido, pois em ambas as abordagens o aluno é o centro do processo de ensino, esse é levado a ser o agente construtor de seu conhecimento de forma autônoma, reflexiva e crítica. Também, atualmente, já é possível ofertar propostas mais personalizadas ao ensino, monitorá-las e avaliá-las, o que não era possível com o modelo de educação instalado anteriormente, mais massivo e convencional.

C. Alves, L. P. Processos de ensinagem na universidade: Pressupostos para as estratégias de trabalho em aula/org. Santa Catarina: Univille Universidade, 2007. A. N. A metodologia da problematização e os ensinamentos de Paulo Freire: uma relação mais que perfeita. In: ______. Org. ALENCAR, G. Metodologias ativas na promoção da formação crítica do estudante: o uso das metodologias ativas como recurso didático na formação crítica do estudante do ensino superior. Cairu em Revista, Ano 3, n. Camargo, F. Daros, T. S. CHAGAS, M. M. Aprendizagem baseada em problema: um relato de experiência. In: Práticas inovadoras em metodologias ativas / Andreia de Bem Machado. B. Staker, H. Blended: Usando a inovação disruptiva para aprimorar a educação. Porto Alegre: Penso, 2015. p. MEC. Ministério da Educação.

Programa Nacional de Tecnologia Educacional – ProInfo. Brasília-DF, 2008. Moran, J. MORAN, J. M. BACICH, L. Aprender e ensinar com foco na educação. II Congresso sobre Tecnologias na Educação Universidade Federal da Paraíba - Campus IV Mamanguape - Paraíba – Revista Pátio, nº 25, junho, 2015. Recursos on-line livres que transformam a sala de aula. Juiz de Fora, MG: Mediação Online. p. OLIVEIRA, E, N. A Utilização dos Laboratórios de Informática do PROINFO em Escolas de Dourados – MS. unicamp. br/pf-fe/publicacao/4790/art8_16. pdf> Acessado em: 13 de jul. de 2020.

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