Microbiologia

Provoca a doença encefalite viral aguda. Letalidade: 100%. Transmissão: contato com o vírus presente na saliva do animal infectado, por mordedura, arranhadura ou lambedura de mucosas (raramente). Como se desenvolve: a saliva infectada entra no corpo por meio de uma mordida ou de lesão. A seguir, o vírus viaja da ferida ao cérebro por meio da corrente sanguínea, causando edema ou inflamação, que leva aos sintomas da doença. Profilaxia: I. a prevenção da doença é a mesma adotada para as Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs); II. Profilaxia pré-exposição ao HIV: um comprimido diário que impede o vírus HIV de infectar o organismo; III. Profilaxia Pós-Exposição ao HIV: uso de medicamentos antirretrovirais, iniciando nas primeiras duas horas, até 72 horas no máximo, durante 28 dias.

Número de mortos: desde 1980, mais de 35 milhões de mortes em todo o mundo, até o momento. Síndrome Respiratória do Oriente Médio Agente etiológico: MERS-CoV, pertencente à linhagem C do gênero Betacoronavírus da família Coronaviridae. Causa a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada pela primeira vez em 2012 na Arábia Saudita. Letalidade: 35% a 40%. Transmissão: infecta as vias aéreas, por contato próximo com pessoas com a doença (tosse, espirro, secreções, etc. Como se desenvolve: o vírus infecta as células dos mamíferos por meio da expressão nelas do receptor dipeptidil peptidase-4 (DPP4). Outros órgãos são envolvidos de maneira rara, com exceção do sistema nervoso central, que ocasionalmente apresenta encefalite. Podem ocorrer infecções secundárias da pele, pulmões e ossos.

Profilaxia: pós-exposição - imunidade cruzada por meio da vacina de vírus vivos da vacínia, que está relacionada com a varíola. Número de mortes: mais de 300 milhões de pessoas apenas no séc. XX. Mortes no Brasil no período de 2000 a 2017: 186 mortes. I. Aids Agente etiológico: Retrovírus com genoma RNA, da família Lentiviridae. Modo de transmissão: sangue (via parenteral e vertical), esperma, secreção vaginal (via sexual) e leite materno (via vertical). Período de incubação: cinco a 30 dias. Febre Hemorrágica por Arenavírus Agente etiológico: Arenavírus, da família Arenaviridae. Letalidade: alta Causador da Febre Hemorrágica, reapareceu no Brasil após 20 anos, em janeiro de 2020. Transmissão por meio de inalação de aerossóis, formados a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados.

Como se desenvolve: As febres por arenavírus levam a extravasamento capilar e alterações hemorrágicas por mecanismo imunopatológico pouco conhecido. Após incubação de 10 a 14 dias, surge doença febril de início insidioso com mal estar, lombomialgias, dor epigástrica e retro-orbital, tonturas, fotofobia e constipação. Febre Amarela Agente etiológico: Vírus do gênero Flavivírus, da família Flaviviridae, transmitido por meio do mosquito Aedes aegypti. Letalidade: até 50% Como se desenvolve: após inoculação pelo mosquito, o vírus da febre amarela infecta e se multiplica em células dendríticas epidérmicas, fibroblastos, miócitos estriados e macrófagos de linfonodos regionais. Produz uma pequena viremia e o vírus se espalha por todo o organismo atingindo fígado, principal órgão-alvo da infecção, baço, rins, medula óssea e músculos cardíacos esqueléticos.

A patogênese da lesão renal, apesar da presença viral no local, não está bem definida. Oligúria tem sido associada à redução do fluxo sanguíneo renal por diminuição do débito cardíaco. Transmitido por meio contato com saliva, urina e fezes, de roedores silvestres, sob forma de aerossol. Como se desenvolve: a lesão básica, reside nas células endoteliais dos capilares pulmonares, por ação direta do vírus nas integrinas beta 3, promovendo brutal alteração da permeabilidade, resultando em edema pulmonar. Partículas virais podem ser encontradas nas células cardíacas, resultando em redução funcional e surgimento de arritmias cardíacas. Profilaxia: medidas que impeçam o contato do homem com roedores silvestres e suas excretas. Mortes no Brasil: período de 2007 a 2015: 410 óbitos.