MONITORAMENTO DE BARRAGENS

Tipo de documento:Revisão bibliografica

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

O monitoramento de barragens pelo método hidráulico-mecânico, é realizado pela instalação de um sistema adequado de instrumentação, o qual tem um papel fundamental na avaliação do comportamento estrutural dessas obras, tanto durante o período de construção, quanto na operação ao longo da vida útil. Este monitoramento consiste na leitura de valores de cargas de pressão, vazão, deslocamentos e tensões, observadas no “corpo da barragem”, ou também conhecido como maciço de fundação, onde é possível fazer uma comparação, entre a quantidade experimentalmente medida, com as variáveis previstas ainda na fase de projeto, ou seja, em fase de construção, ou ainda, estimadas para a durabilidade de sua operação, consistindo em uma barragem segura, durante toda sua funcionalidade e também a várias mudanças que venha ocorrer por carregamentos causados por flutuações do nível dos reservatórios, oscilações de temperatura e clima, entre outros.

Com as informações obtidas através da instrumentação é possível otimizar a operação das barragens e aproveitar adequadamente o seu projeto nas funcionalidades de extração e produção mineradora. A auscultação, por sua vez, é um processo de observação, detecção, caracterizando assim o desempenho e o comportamento da estrutura da barragem, podendo ser feita por monitoramentos, através de aparelhos, ou por inspeções visuais, que é tratado como um processo de auscultação qualitativa, através de vistorias em campo. São datadas da década de 50 as primeiras iniciativas voltadas para a observação e monitoramento do comportamento das barragens em campo, por meio da instrumentação e da auscultação, buscando um melhor controle e segurança das estruturas. De acordo com o Comitê Brasileiro de Grandes Barragens (1996), a instrumentação possui como objetivos básicos, os seguintes tópicos, agrupados de acordo com os períodos de desenvolvimento de uma barragem: • Período de construção: fase que alerta sobre possíveis anomalias, como fissuras na estrutura de concreto, tensões de tração que podem ocasionar fissuras transversais em aterros compactados.

Este período possibilita soluções menos conservadoras, garantindo economia para a obra. Também visa fornecer informações, através de retro análise a respeito de parâmetros dos materiais que constituem a barragem e a fundação da estrutura. • Período de enchimento: fase de ocorrência de possíveis anomalias, que podem colocar risco a segurança da estrutura, como o desenvolvimento de pressões neutras, indicando problemas com o sistema de drenos, por exemplo. • Período de operação: apresenta um desempenho geral conforme o previsto em projeto, o qual caracteriza o comportamento do maciço rochoso de fundação, dos solos da barragem; determinando assim o prazo necessário para a estabilização das movimentações, provocadas por tensões, sub pressões, vazões, tempo e a exposição da estrutura no ambientais.

Assim, a auscultação pode ser realizada utilizando diferentes tipos de instrumentação, os quais fornecem dados do comportamento operacionais e estruturais da barragem. Outro método são as inspeções visuais, realizadas com vistorias periódicas a campo, caracterizando um processo qualitativo. E estas inspeções associadas a análises criteriosas dos dados de auscultação de barragens formam a ferramenta mais eficiente para avaliação e controle do comportamento das estruturas do barramento. Para Lindquist (1983), existem programa de auscultação que pressupõe sobre a determinação de valores previstos como critérios de cálculos adotados ainda em fase de projeto e sempre devem estar associados a valores de projetos ou críticos, para comparação com dados observados. Portanto, o método de análise por auscultação deve contemplar leituras iniciais, limites de projetos, requisitos para calibração, faixas de operações e níveis de alarme.

• Inspeções Periódicas: deve ser realizada em datas especificas, por equipe técnica especializada. • Inspeções Formais: realizada anualmente com a participação de engenheiros e geólogos, devendo ser uma inspeção minuciosa, relatadas em relatórios técnicos e também por meio de registros fotográficos. • Inspeções Especiais: realizadas a cada 5 a 10 anos de acordo com a barragem. Devendo ser realizadas por consultores e especialistas em barragens com um alto conhecimento técnico e científico; com o objetivo de relatar se os procedimentos operacionais estão corretos e se a estrutura oferece segurança. • Inspeções de Emergência: consiste na inspeção devido a ocorrências de eventuais anomalias, as quais podem colocar em perigo a estrutura e áreas a jusante, podendo ocorrer com mais frequência em épocas de grandes precipitações e sismos.

p. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1993. AMORIM, P. C. Análise da percolação na barragem de Curuá-Una pelo método dos elementos finitos. Fortaleza]: DNOCS/Governo do Ceará, 1979. Curso de Projetos e Construção de Pequenas Barragens. Cruz, P. T. “100 Barragens Brasileiras: casos históricos, materiais de construção, projeto. São Paulo: CBGB, 2006. INTERNATIONAL COMMISSION ON LARGE DAMS. Mine and industrial tailings dams and dumps. Paris, 1982. Bulletin nº 44). Instrumentação de barragens: curso de especialização em barragens. Ouro Preto: UFMG, 1989. Penman, A. D. M. S. Army Corps of Engineers (1995), “Instrumentation of Embankment Dams and Levees”. Manual No. Department of the Army, Washington, DC. p. pdf. Acesso: junho/2007. Wha, C. K. “Aplicabilidade dos eletroníveis na instrumentação geotécnica”.

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