Mulheres na ciência: contribuições para o debate

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

e sobre seu desenvolvimento e fundamentos teóricos Palavras-chave: ciência; mulher; desafios; pesquisa; história 1. INTRODUÇÃO Os exemplos de mulheres cuja contribuição científica foi crucial para o avanço de métodos, técnicas e tecnologias é abundante. Muitas delas, até o tempo presente, criaram novos paradigmas nos meios de produção e formas de compreensão do mundo, seja nas ciências humanas ou ditas exatas. Entretanto, ainda se nota a forte desigualdade entre gêneros neste campo, tanto em relação à proporcionalidade como na questão salarial e de postos de liderança. O presente trabalho tem como objetivo desvendar os principais fatores que corroboraram para a consolidação desta desigualdade entre homens e mulheres no “mundo científico”. os números totalizados não revelam a desigualdade da proporção entre ambos quando se olha para as áreas de conhecimento isoladamente.

Assim, áreas “tradicionalmente” tidas como masculinas e femininas continuam com perfil de distribuição fortemente desigual. Por exemplo, em ciências agrícolas essa proporção é de 74% (H) e 36% (M); em ciências exatas e da terra, que engloba física, química e matemática, de 68% (H) e 32% (M); engenharias, 71% (H) e 39% (M). Idem, n. p) As divisões de gênero nas direções e chefias de Universidades (maior empregadora de pesquisadores no Brasil) também são agudas, com baixíssima representação nos cargos de dirigencia. Desafiar e combater este paradigma tem sido importante ao longo deste último século para inspirar cada vez mais mulheres a fazerem o mesmo e ocuparem cada vez mais espaços historicamente hostis à sua presença – inclusive, o científico. Além disso, a recente crítica feminista tem evoluído no questionamento de vários pressupostos da própria ciência moderna, expondo que a mesma foi construída pela lente de homens, brancos heterossexuais.

Para ela, “a ciência também é uma construção social e histórica, produto e efeito de relações de poder, portanto, as construções científicas não são universais, e sim locais, contingentes e provisórias” (2011, p. Isto significa dizer que, até então, os objetos de análise, os métodos científicos e abordagens teórico-conceituais tivera sua construção e desenvolvimento exageradamente coloridos pela lente do homem branco eurocêntrico. MATERIAIS E MÉTODOS Para a realização deste artigo, procurou-se desempenhar uma revisão bibliográfica acerca do tema em revistas acadêmicas, on-line e impressas, assim como artigos de opinião em sites especializados. Contribuiu, também, para que progressivamente fosse sendo minada a perspectiva naturalizante dos papéis de gênero, entendendo a conformação de identidade como um constructo social (SILVA, 2011, p.

Estes movimentos tiveram impacto em toda a sociedade, inclusive na ciência, contribuindo para que o talento de cientistas brilhantes, como Marie Curie e todas que a sucederam, tivessem mais reconhecimento e eco para as futuras gerações. Até então, a participação do Estado tem sido um importante elemento de combate ao sexismo científico – no Brasil, principalmente. Aqui, por exemplo, houve a criação de um ministério especializado em políticas públicas para a inclusão de minorias oprimidas (mulheres, negros, LGBT’s, deficientes, entre outros): o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Através deste, fundado em 1997, houve o incentivo direto para a inclusão das mulheres no mercado de trabalho e nos principais campos de construção de conhecimento, como as Universidades.

Mulheres na ciência: porque ainda somos tão poucas? Cienc. Cult. vol. no. São Paulo Oct. jul. dez. Disponível em: <http://www. tanianavarroswain. com.

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