O ALUNO PROTAGONISTA E A DIALÉTICA COM O PROFESSOR EM PAULO FREIRE

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Este é o momento da coerência relativa, entre o que eu falo e o que eu faço. FREIRE, 1984 p. O professor é o grande mediador entre o que o aluno não conhece entre o que ele precisa aprender, sendo ele responsável por um trabalho político. Isto claro se pensarmos política como o bem comum. Ele (o professor) é o grande condutor da ideia de bem comum, que se internalizado o Ideal, de comunidade, no aluno, este se propagará para a sociedade. FREIRE 1987 p. Paulo Freire defende o protagonismo do aluno no processo do conhecimento, o aluno para Freire é autor e testemunha de sua história, ele necessita existir, ser histórico, conhecer-se, é ter o real conhecimento da auspiciosa convicção de seu potencial, essa certeza traz ao aluno a sensação de liberdade da opressão de um ensino de mera transmissão em que o aluno somente absorve e este processo não traz mudança nenhuma em seu conhecimento de si e de mundo.

FREIRE 1987 p. A instituição formativa da compreensão histórica do aluno no papel principal da compreensão da construção do conhecimento, para Freire é como a análise de uma semente que brota, ela faz o esforço para romper-se, atravessa as barreiras da terra e sai ao ar livre, luta contra as intempéries diárias, enfrenta pragas, precisa de adubo e alimento, mas cresce e dá frutos (FREIRE 1987 p. Esse movimento similar aos vegetais Freire divide em Três movimentos pedagógico específicos, que se forem analisadas de forma isoladas não terão nenhum significado, contudo sua aplicação como um todo e sua reinvenção de acordo com a realidade individual de cada pessoa, resultam em uma unidade, em que é claro que o sentindo humanista de construção do conhecimento e protagonismo é uma questão de conscientizar, Freire demonstra: Primeiro: o movimento interno que unifica os elementos do método e os excede em amplitude de humanismo pedagógico.

Quando este ambiente é estabelecido, os educandos assumem esse papel de forma continuada, chegando ao estabelecimento da verdadeira aprendizagem, FREIRE (1996 p. diz “os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo”. Sendo assim estabelecido este vínculo pode-se definitivamente afirmar que o que é ensinado e o que é aprendido é realmente protagonizado pelo aluno. Pensar o protagonismo do aluno no que tange sua formação é, como vem sendo exposto, pensar o papel do docente nesse processo, já está explicitado a relação de dialética aqui, neste caminho, é necessário explicitar também que ambos dependem um do outro nesse caminho, e como dialético um aprende com o outro, justamente por isso, segundo FREIRE não podemos falar de uma educação que incite o pensamento crítico se não houver a libertação da deste modelo padrão de educação de reprodução, que não traz a mudança de vida.

FREIRE 1987 p. O verbo assumir é um verbo transitivo e que pode ter como objeto o próprio sujeito que assim se assume. Eu tanto assumo o risco que corro ao fumar quanto me assumo enquanto sujeito da própria assunção. Paulo Freire faz um paralelo muito interessante, ele afirma que, o aluno deve ser assunto ao processo de reflexão, observando a sintaxe do verbo assumir nota-se que ele é transitivo e que o objeto desse verbo pode ser o próprio sujeito, e que este se assume. Nesse afã percebe-se que ao assumir que o aluno é a fonte do seu processo de reflexão e de mudança, ele (o aluno) assume o que quer para si tomando também as consequências de tal escolha. FREIRE diz: Uma das tarefas mais importantes da prática educativo-crítica é propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns com os outros e todos com o professor ou a professora ensaiam a experiência profunda de assumir-se.

““re-admira” a “admiração” que antes fez, na “admiração” que fazem os educandos”, ou seja essa volta no ato de admirar é propagando como forma de vislumbre. A prática da educação se dá de pela gnose (conhecimento), que segundo o Freire é o professor assumir o de educador problematizador, proporcionando, junto com os alunos, uma oportunidade em se exceda, supere o conhecimento, que ele vá além do sistema ou conjunto de juízos que uma sociedade elabora em um determinado momento histórico (doxa) supondo tratar-se de uma verdade óbvia ou evidência natural, que para na filosofia não passa de crença ingênua, a ser superada para a obtenção do verdadeiro conhecimento (gnose), que se dá no nível do logos (verbo) já que a definição de logos, ou verbo, nas gramáticas de língua portuguesa é a classe de palavras que indicam ação, uma situação ou mudança de estado.

FREIRE 1987 p. Para que o aluno apareça, seja protagonista, o professor exerce, como vem sendo demonstrado papel de igual importância, se o professor assume-se como autoridade, ele mata liberdade do aluno em ser curioso, de buscar sua autonomia, o diálogo verdadeiro, onde as pessoas que dialogam, aprendem e se desenvolvem juntas, dentro de suas diferenças e limitações, ao ter coerência entre a prática e o discurso o professor se insere dentro das exigências éticas tornando-se assim virtuoso. FREIRE 1996 p. É no entanto o que Freire (1996 p. chama de “saber de pura experiência feito” que tange pensar de maneira correta, o professor nesse processo demonstra ao aluno o respeito ao senso comum, mas ensina o aluno a superar este pensamento, mostrando a capacidade que o educando tem de superá-lo.

A tarefa coerente do educador que pensa certo é, exercendo como ser humano a irrecusável prática de inteligir, desafiar o educando com quem se comunica e a quem comunica, produzir sua compreensão do que vem sendo comunicado. Não há inteligibilidade que não seja comunicação e intercomunicação e que não se funde na dialogicidade. O pensar certo por isso é dialógico e não polêmico. Pedagogia do oprimido – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

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