O DESENVOLVIMENTO DA SÍNDROME DE BURNOUT NOS PROFISSIONAIS DE PSICOLOGIA HOSPITALAR

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Título e nome da/o orientador (a) São Paulo 2019 Nome Completo do autor O DESENVOLVIMENTO DA SÍNDROME DE BURNOUT NOS PROFISSIONAIS DE PSICOLOGIA HOSPITALAR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de da Instituição, como requisito parcial para obtenção do título Bacharel em. Orientador: Prof. Dr. São Paulo …. De. Fatores estes que a curto, médio ou longo prazo acarreta no desgaste físico e mental destes profissionais que inicialmente podem não identificar ou associar a sintomatologia decorrente das condições de trabalho ou podem ainda ocultar a situação como forma de resistência ou defesa do próprio organismo. Palavras-chave: Saúde pública. Profissionais de Saúde. Adoecimento Mental. Psicologia hospitalar. Hospital psychology. Burnout syndrome. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 8 2 objetivos 10 2.

objetivo geral 10 2. objetivos específicos 10 3 METODOLOGIA 10 4 DESENVOLVIMENTO 13 4. tept e o trabalho 32 4. alcoolismo e o trabalho 33 4. síndrome de burnout 34 4. síndrome de burnout em profissionais de psicologia 37 4. apoio as pessoas com transtornos mentais no trabalho – criando um ambiente saudável 40 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 42 REFERÊNCIAS 45 1 INTRODUÇÃO O presente artigo propõe compreender os aspectos que influenciam o processo de produção de saúde/doença mental no trabalho. Segundo dados apresentados no Ministério da Fazenda (BRASIL, 2016, p. no 1º Boletim Quadrimestral sobre benefícios por incapacidade, do site da previdência privada, indicam que o afastamento do trabalho por transtornos mentais e comportamentais tem aumentado nos últimos anos. Passando a ser a terceira causa de incapacidade laboral. O que corresponde a 668. ausências por incapacidade temporária, ou seja, 9% dos auxílios doença e aposentadoria por invalidez no período de 2012 a 2016.

METODOLOGIA Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo descritivo exploratório de caráter qualitativo, utilizando como método a Revisão Bibliográfica Sistemática (RBS) em artigos publicados entre os anos de 2009 a 2019. Esse método científico possibilita buscar e analisar artigos de uma determinada área da ciência, visto que esse tipo de pesquisa nos permite ter uma visão mais ampliada do tema, confrontar ideias ou concordância existentes entre os autores (GIL, 2008). Para Gil (2008), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos, no qual é elaborada através de matérias documentais que se fundamenta das contribuições de diversos autores sobre determinado assunto. Ainda neste contexto, Prodanov e Freitas (2013) afirmam que apesar do estudo ser elaborado em pesquisas bibliográficas é preciso que se faça uma análise criteriosa das informações para que os dados coletados possam fundamentar o estudo apresentado.

Desse modo, além da base de dados, foram utilizados ainda materiais de conteúdo diverso: legislação, livros relacionados com o tema, dentre outros. SCIELO Psicólogo da saúde no hospital geral: Um estudo sobre a atividade e a formação do psicólogo hospitalar no Brasil. ALMEIDA, Raquel Ayres de; MALAGRIS, Emmanoel Novaes. PEPSIC A fadiga por compaixão como ameaça à qualidade de vida profissional em prestadores de serviços hospitalares. Burnout em psicólogos BARBOSA, Silvânia da Cruz; SOUZA, Sandra; MOREIRA, Jansen Souza. BIEHL, K. S. P. et al. FELIX; MACHADO; SOUSA. GLINA, Débora Miriam Raab; ROCHA, Esther Lys. M. QUARANTA, Claudio Augusto; QUARANTA FILHO, José RIBAS, C. C. S. et al. M. RUSSO, G. H. A; MAIA, E. M. ACAD. G. ACAD. SCIELO Total 21 Fonte: plataforma scielo, pepsic e google acadêmico 4 DESENVOLVIMENTO 4.

Conceito histórico de trabalho Para um melhor entendimento desse contexto, faz-se necessário apresentar um breve histórico do significado do trabalho para o ser humano e as condições impostas em sua realização em diferentes épocas. O trabalho nesta época ainda estava associado àqueles que não tinham condições, ou eram vistos como inferiores pela sociedade. No feudalismo, os senhores feudais estavam mais altos na hierarquia, na primeira camada da sociedade, enquanto os servos, a classe trabalhadora, estava na terceira camada e tinham que pagar taxas impostas aos senhores. As mudanças nesse contexto iniciaram no período da Revolução Industrial, na qual o trabalho braçal foi substituído por máquinas. A transição do campo para a cidade trouxe impactos na vida do trabalhador que permaneceu em condições de trabalho degradantes.

Quanto a isto, segundo as autoras Ornellas e Monteiro (2006, p. Na contemporaneidade, com o avanço da tecnologia, a competitividade e exigência por parte do mercado de trabalho têm aumentado e gerado desconforto social para aqueles que buscam inserção nas organizações. Sobre este contexto, Zenelli e Bastos (2014, p. afirmam que "com as inovações tecnológicas os grupos ou, idealmente, as equipes de trabalho e, é claro, os indivíduos são pressionados a dominarem uma gama cada vez mais ampla de tarefas e desenvolverem competências múltiplas”. Os mesmos autores ressaltam que o elevado número de exigências pode ocasionar sentimentos negativos para aqueles que enxergam o status profissional como parte de sua identidade. Com as novas exigências do mercado do trabalho, o indivíduo teve que se adaptar às mudanças e aumentar suas habilidades em busca de tornar-se apto para o cargo.

Segundo Ribeiro et al (2010), antes da reforma sanitária e constituição federal de 1988, a saúde pública no Brasil, estava apenas para aqueles que teriam algum vínculo trabalhista e contribuíam com a previdência social. Acerca das vulnerabilidades da época, os autores supracitados relatam que na concepção do estado, a saúde era de responsabilidade do próprio indivíduo cabendo alguma intervenção em casos de epidemias, situações que representassem risco para população. Um pouco antes, em 1980 a proposta de reforma sanitária trouxe a expansão deste direito, pois entendia que a saúde deveria ser direito de toda população, sendo este o ponto de partida para a VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986. Ato que contou com a presença da população em prol desta conquista que foi concretizada após a Constituição Federal de 1988, Lei nº 8.

Lei Orgânica da Saúde), sendo a partir daí o surgimento do Sistema Único de Saúde (SUS), possibilitando a saúde como um direito de todos. O nível de cobrança e estresse por parte dessas pessoas geram mal estar e conflito na relação paciente e profissional. Outra situação de conflito é lidar com o quadro de funcionário reduzido e ser remanejado para outros setores do hospital. Um fator limitante e desafiante para os profissionais que trabalham no sistema público é lidar com a precariedade da estrutura física e material. Fator que vai contra a Lei nº 8. de 19 de setembro de 1990, artigo 2, diz que “A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”.

Os desafios do profissional de saúde no hospital Para Barbosa et al (2014), profissionais que lidam diariamente com o sofrimento humano estão propensos a se envolverem com a dor do outro, fator que com o decorrer do tempo, se não gerenciado da forma devida, pode ocasionar a Síndrome de Burnout ou estresse traumático secundário. Sendo este último um transtorno ocasionado por situações onde o profissional, na tentativa de ajudar, acaba se envolvendo com a dor do paciente. Oliveira (2014) também expõe como estressor ocupacional deste ambiente a exposição prolongada a diversos tipos de doença e até mesmo situações de morte. Lidar com a dor do paciente e de seu familiar ao compartilhar diagnósticos ou notícias de óbitos é um dos papeis mais desafiantes destes profissionais de saúde.

Rosado et al (2015) colocam como desafio dos profissionais de urgências e emergências dos hospitais públicos a precariedade das condições de trabalho, como falta de leitos, equipamentos para realização de procedimentos cirúrgicos ou realização de exames, ou até mesmo o básico como soro e equipamentos de proteção individual (EPI). Está caracterizado como profissional psicólogo, aquele que “produz diagnóstico psicológico, promove orientação e seleção de profissionais, realiza orientações psicopedagógicos, soluciona problemas de ajustamento e colabora com assuntos psicológicos ligados a outras ciências” (BRASIL, 1962). De acordo com Dimenstein (1998), com a regulamentação da lei, os cursos de Psicologia elaboraram regras para a formação de um profissional qualificado. A definição dessas para assegurar o monopólio do saber e prática profissionais, bem como para a adoção de um código de ética com a finalidade de controle da atuação profissional.

Desse modo, atualmente os Conselhos federal e regionais de psicologia promovem o desenvolvimento da prática, por meio de resoluções, em consonância com o código de ética da categoria, que rege a regulamentação para o campo de atuação da psicologia. De modo, a fomentar descobertas nos mais diversos campos de atuação profissional para o psicólogo, tais com: clinica, jurídica, organizacional, escolar e hospitalar. De acordo com LAPLANCHE & PONTALIS (1986, p. a contratransferência citada em diversos trabalhos de Freud, é descrita como sendo “conjunto das reações inconscientes do analista à pessoa do analisando e, mais particularmente, à transferência deste”, sendo para Freud, um obstáculo à análise que deveria ser neutralizado e superado. Pensando na relação de contato que impreterivelmente acontece em qualquer relação terapêutica, seja dentro de um setting no processo de análise, ou em um atendimento breve realizado em um leito de hospital, é imprescindível promover trabalhos preventivos e constantes com os psicólogos (as).

Desse modo, podemos entender que lidar com o sofrimento humano demanda cuidado, sobretudo com aquele que cuida. Suscitando no psicólogo (a), que este sinta-se cobrado para uma assistência qualificada ao outro. Belkiss Romano, diretora do serviço de psicologia do Instituto do coração do hospital das clinicas de São Paulo, a formação do psicólogo, ainda é muito carente de conteúdo de teoria e prática voltados para área da saúde “A instituição hospitalar continua com interesse no psicólogo, mais ainda não sabe o que pedir. E o psicólogo não sabe o que oferecer”. CFP, 2006. p. Sobre a formação do psicólogo e os desdobramentos na graduação dentro do campo da psicologia da saúde é interessante considerar que A psicologia da saúde, é o agregado de contribuições educacionais, cientificas e profissionais especificas da psicologia à promoção e a manutenção da saúde, à prevenção e o tratamento da doença, à identificação de correlatos etiológicos e diagnóstico da saúde e da doença e respectivas disfunções.

Oferece e desenvolve atividades em diferentes níveis de tratamento, tendo como sua principal tarefa a avaliação e acompanhamento de intercorrências psíquicas dos pacientes que estão ou serão submetidos a procedimentos médicos, visando basicamente a promoção e/ou a recuperação da saúde física e mental. Promove intervenções direcionadas à relação médico/paciente, paciente/família, e paciente/paciente e do paciente em relação ao processo do adoecer, hospitalização e repercussões emocionais que emergem neste processo. O acompanhamento pode ser dirigido a pacientes em atendimento clínico ou cirúrgico, nas diferentes especialidades médicas. Podem ser desenvolvidas diferentes modalidades de intervenção, dependendo da demanda e da formação do profissional específico; dentre elas ressaltam-se: atendimento psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos; grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e Unidade de Terapia Intensiva; pronto atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e interconsultoria.

No trabalho com a equipe multidisciplinar, preferencialmente interdisciplinar, participa de decisões em relação à conduta a ser adotada pela equipe, objetivando promover apoio e segurança ao paciente e família, aportando informações pertinentes à sua área de atuação, bem como na forma de grupo de reflexão, no qual o suporte e manejo estão voltados para possíveis dificuldades operacionais e/ou subjetivas dos membros da equipe. Atualmente, contamos com um total de 350. profissionais de psicologia registrados no conselho de classe, sendo que destes 297. são mulheres (CFP, 2019). De forma confluente, Almeida e Malagris (2015) apontam em seus estudos sobre psicólogos hospitalares, que 89,6% dos profissionais nesse campo, são mulheres. Outro fator também importante de ser ressaltado para entender o perfil do psicólogo hospitalar, é que demograficamente, a região Sudeste contempla o maior número de profissionais da psicologia hospitalar associados, à Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar (2009).

Este nível é constituído pelas “Unidades Básicas de Saúde (UBS), pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), pela Equipe de Saúde da Família (ESF) e pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)”. No nível Secundário o atendimento é voltado para demandas de “tratamento especializados em nível ambulatorial e hospitalar, com densidade tecnológica intermediária entre a atenção primária e a terciária, historicamente interpretada como procedimentos de média complexidade. Esse nível compreende serviços médicos especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico e atendimento de urgência e emergência”. O nivel terciário que atende os casos de alta complexidade e designa o conjunto de terapias e procedimentos de elevada especialização.

Organiza também procedimentos que envolvem alta tecnologia e/ou alto custo, como oncologia, cardiologia, oftalmologia, transplantes, parto de alto risco, traumato-ortopedia, neurocirurgia, diálise (para pacientes com doença renal crônica), otologia (para o tratamento de doenças no aparelho auditivo). De modo que, estas afirmam que em suas pesquisas, identificaram que o profissional de psicologia hospitalar atua simultaneamente em diversos setores, gerando assim uma sobrecarga de trabalho a estes profissionais, o que pode ser considerado gatilho para gerar contingencias estressoras e adoecimento mental, como no caso da síndrome de burnout. Para Camelo e Angerami (2008), as divergência de valores pessoais e organizacionais levam o indivíduo a entrar em conflito interno. A ausência de significado na execução de suas atividades aos poucos começa afetar suas condições físicas e/ou psíquicas: Para que o trabalho não se torne uma fonte geradora de sofrimento mental, o mesmo deve representar para o sujeito possibilidades de realização profissional e pessoal.

A partir do momento em que o trabalho perde essas significações, quando o trabalhador não visualiza um sentido para o trabalho, o mesmo compromete a integridade da sua saúde física e mental (DEJOURS, 1992 apud MACEDO, 2015, p. A falta de realização ou conflitos associados às exigências tende a colaborar para o surgimento de doenças físicas e emocionais decorrentes de um ambiente desfavorável e de relações interpessoais conflituosas. Soma-se a isso a carência de reuniões clinicas e de encontros de supervisão que faz com que o psicólogo “não tenham nenhum tipo de suporte emocional para conseguir lidar com a sobrecarga de trabalho, com questões institucionais” (ARAUJO, 2008. p. O perfil dos pacientes de psicólogos hospitalares Conforme já mencionado, na psicologia hospitalar o nível que mais demanda acolhimento, é o nível terciário.

Dessa maneira, se faz importante apontar as características do público que é atendido neste nível. Nos estudos realizados por Almeida e Malagris (2015), ficou caracterizado, segundo relato dos profissionais que, seus direcionamentos de atendimento se destacam da seguinte forma: 92,8% do atendem pacientes internados, 88% são familiares, 64% equipe e 58,4% pacientes ambulatórias. Segundo o Ministério da Saúde e a Organização pan-Americana da saúde/Brasil (2001), a causa para afastamento do trabalho, gerando auxilio doença, com afastamento por incapacidade superior a 15 dias e/ou aposentadoria por invalidez, está relacionado ao alcoolismo crônico, sendo esta a terceira causa de afastamento por transtorno mental. Destacando alguns dos transtornos tem-se o alcoolismo crônico que se dá por ingerir bebidas etílicas descontroladamente, estando associado à prática defensiva na busca de garantir inclusão no grupo (QUARANTA; QUARANTA FILHO, 2013).

Sobre isto, Jardim, Ramos e Glina (2010, p. relatam que este mecanismo de defesa é buscado por proporcionar ao organismo sensações de bem-estar, calma, induzir ao sono, entre outros. Outro fator relevante e muito comum em profissionais de saúde é a sensação de estar acabado também conhecido como Síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional que ocorre com o desgaste físico e mental. Este sentimento de fracasso também pode ocorrer quando o nível de cobrança ou expectativa frente a uma demanda é maior que o nível de capacidade do sujeito em corresponder conforme o desejado. Havendo neste caso uma queda na autoestima ou podendo ainda passar a medir seu sucesso profissional por situações, frustrando-se sempre que não alcança o objetivo ou não atender as expectativas.

Sobre isto, Dejours (2004) relata que o sofrimento gerado pelo trabalho se dá a partir do modelo de gestão e produção, na qual os indivíduos são forçados a cumprir metas difíceis com prescrições precárias, fazendo-os se sentirem incompetentes pela não realização. A alternativa para evitar esse sofrimento é o replanejamento do trabalho através da negociação, argumentação com gestores acerca do processo de trabalho com metas e prescrições erradas (KNUST, 2017). Desta forma, entende-se que a imposição do trabalho prescrito em discordância com o trabalho real são os responsáveis pelos fracassos e consequentemente o pelo sofrimento dos funcionários. Ainda segundo a agência, “a depressão e a ansiedade são os transtornos mentais mais comuns que têm impacto em nossa habilidade de trabalhar de maneira produtiva”.

NACÕES UNIDAS, 2017) Desse modo, tal doença se configura como principal causa de incapacidade laboral. E a doença além de impactar o sujeito que vivência, provoca aos cofres públicos da economia mundial, uma média de 1 trilhão de dólares em perda de produtividade. OMS, 2017). Segundo dados da previdência social brasileira, em 2017 foram concedidos 43. No Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais DSM-5, Segundo a american psychiatric association (2014. p. o Transtorno de Ansiedade associa-se com uma gama de outras doenças mentais, tais como: Fobia social e transtorno do pânico, o que todas tem em comum o medo e a perturbação excessiva sobre o futuro. O transtorno de Ansiedade Generalizada, é caracterizada pelos seguintes sintomas: inquietação, fatigabilidade, dificuldade em concentração, irritabilidade, tensão muscular e perturbação do sono.

Sintoma fisiológicos como sudorese, náusea, diarreia, tontura, falta de ar, sensação de arritmia, também são comuns de aparecer. MINISTÉRIO DA SAÚDE E ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE, 2001). A fim de compor as características diagnosticas do TEPT, o manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais DSM-5 descreve que, para ser considerada como TEPT, os sintomas devem se apresentar no mínimo por um período de 6 meses, logo após a situação de trauma, o que é nomeado como período de latência. Nesse período sintomas como: sonhos revivendo o trauma, embotamento emocional, diminuição da interatividade social, estado de hipervigilância e insônia, comportamento de evitação, irritabilidade, dificuldade de concentração e resposta exagerada a sustos.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014) O Tratamento no geral, envolverá acompanhamento psicoterápico, psicofármacos e intervenções psicossociais. Contudo se o TEPT está relacionado ao trabalho uma série de medidas complementares serão necessárias a fim de compor a prevenção e os cuidados com esse sujeito, posto que, em comorbidade é comum apresentar também quadros de depressão, ansiedade e até comportamento suicida. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. O tratamento do alcoolismo crônico, exige mudanças radicas e múltiplas, que podem reverberar, inclusive em mudanças nas situações de trabalho, as estratégias envolvem psicoterapia associada a ingestão de psicofarmacos como antidepressivos e ansiolíticos, dada as condições previsíveis de abstinência, grupos de ajuda e em última instancia internação para desintoxicação. Enquanto empregador, as melhores estratégias de prevenção estão associadas a promoção de prevenção e saúde no ambiente de trabalho, por meio de palestras e cursos, e ainda na implementação de pratica de rede de apoio tais como: olhar atento dos gestores para os sinais, disponibilização de ambientes adequados para higienização do funcionário, como estratégia de redução de danos, redução da promoção do uso de bebidas alcoólicas em eventos do trabalho.

MINISTÉRIO DA SAÚDE E ORAGANIZAÇÃO PAN-AMERICA DE SAÚDE, 2001). Considerando que esta é uma doença de grande incitação de vergonha, devido a exposição que a própria doença gera, e a relação com a falta de conscientização da sociedade, para o alcoolismo como condição de doença, então todas as práticas de prevenção e medidas de intervenção devem ser tomadas por parte das empresas com sensibilidade, cuidado, discrição e sobretudo, respeito. P. Portanto, profissionais da saúde em geral, psicólogos, professores, assistentes sociais são os grupos profissionais mais afetados pela doença. Posto isto, podemos considerar maior incidência da doença nesses grupos de profissionais, por entender que seu trabalho é de alta complexidade e exige daquele que a exerce, um alto grau de desprendimento e envolvimento afetivo.

Todavia, inicialmente é preciso que se faça a distinção entre estresse e Síndrome de Burnout. Segundo Pereira (2002, p. nos aponta que Estresse está caracterizado por excesso de dedicação, emoções ativas e exaltadas, produz urgência e hiperatividade, perda de energia, leva a transtornos de ansiedade, o dano primário é físico e pode mata-lo prematuramente. Enquanto a síndrome de burnout é caracterizado por desmotivação, emoções embotadas produz impotência e desesperança, perda de motivação ideias e esperança leva ao distanciamento e depressão, o dano primário é emocional, pode parecer que não vale a pena viver. Souza (2014), apresenta o termo Burnout como aquilo que deixou de funcionar por falta de energia, trazendo prejuízo ao desempenho físico e/ou mental.

Traduzido para o português, tem-se burn (queima) e out (para fora), ou seja, perda de fogo ou perda de energia. Também conhecida como neurose da excelência onde o indivíduo trabalha energicamente, buscando ser reconhecido e atingir sucesso, no entanto, quando a recompensa não vem, instalam-se atitudes negativas com relação ao trabalho apresentando irritabilidade, tremores, insônia e inquietação (VIEIRA; SILVA, 2013). P. Síndrome de Burnout em profissionais de psicologia Quanto a avaliação da classe de profissionais que mais sofre com esse transtorno, Glina et al (2010, p. dizem que os profissionais que estão em contato direto com o público externo ou trabalham sobre pressão e alto nível de cobrança, sendo estes: “profissionais de educação, da saúde, policiais, assistentes sociais, agentes penitenciários , professores, entre outros”, são os que apresentam maior possibilidade de desenvolver a síndrome, doenças psicossomáticas ou psicopatologias relacionadas ao trabalho.

Dalgalarrondo (2008 p. explica que “a semiologia psicopatológica são sinais do adoecimento mental que são identificados através dos sintomas que o corpo e mente apresentam”. Ribas (2010, p. aponta que a sintomatologia da doença pode se apresentar de quatro formas: física, comportamental, psíquica ou defensiva, conforme a descrição de alguns. Sintomas Físicos: cefaléia, enxaqueca, disfunções sexuais, dores musculares; Comportamentais: irritabilidade, dificuldade de aceitar mudanças, suicídio. Psíquicos: impaciência, lentificação do pensamento, pouca atenção e concentração, baixa autoestima, desânimo. Defensivo: absenteísmo, cinismo, isolamento e ironia. Dito isto, é possível compreender que o cuidado é requisito fundamental tanto para quem presta o serviço, quanto para quem o recebe. Nesse aspecto, O cuidado em saúde diz respeito, entre outros fatores, a uma relação usuário/profissional de saúde preocupada em incluir e escutar a subjetividade do usuário, além é claro, de estar aliada ao atendimento das necessidades amplas de tecnologia.

Em outros termos, embora apresentem diversas nuances e interpretações, o cuidado aponta, basicamente, para um tipo de relação que inclui o acolhimento, a visão e a escuta do usuário num sentido mais global, em que o sujeito emerge em sua especificidade, mas também como pertencente a um determinado contexto sociocultural do qual não pode ser alijado (JUNQUEIRA, 2005. p. Portanto, lidar com o sofrimento emocional dos outros, tanto pacientes quanto famílias, também têm seus efeitos sobre o psicólogo. Na amostra avaliada por Biehl (2009), o elemento, tempo de atuação, se mostrou como um critério equilibrado, na pesquisa foram avaliados, profissionais entre 5 a 28 anos ou mais de formado. Dentre esse grupo, o que mais pontuou exaustão emocional, foram aqueles entre 6 e 16 anos de profissão.

Um dado extremamente relevante na pesquisa de Biehl (2009), é uma característica unânime entre os 915 psicólogos avaliados. Nenhum deles estava em tratamento de psicoterapia. Fator este, considerado pela área de psicologia, como uma das bases do tripé para uma atuação saudável da pratica em psicologia. Portanto, estar bem com a própria saúde mental é crucial, para desenvolver a atividade enquanto psicólogo. Posto que, cuidar da saúde mental dos outros implica estar bem para prover um contato de cuidado qualificado, sem contratransferências, sem auto culpabilizações, podendo dessa maneira, estabelecer o melhor para si e para o outro. Apoio as pessoas com transtornos mentais no trabalho - criando um ambiente saudável A prevenção de transtornos mentais é, sem dúvidas, a medida mais eficaz para minimizar as incapacidades no ambiente laboral, que acabam por levar o sujeito a uma situação de afastamento profissional, podendo gerar ônus tanto a pessoa que em seu afastamento, caso não seja devidamente tratada, não apresentará melhora a longo prazo, quanto para a empresa, que deixa de prestar serviços por ter um furo no seu quadro de colaboradores, gerando assim custo e perda.

“A prevenção dos transtornos mentais no trabalho baseia-se no procedimento de vigilância dos agravos à saúde e dos ambientes e condições do trabalho” (MINISTÉRIO DA SAÚDE E ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA, 2001. P. Contudo, não entram em acordo quanto até que ponto esses fatores se relacionariam de modo a uma ligação de causa e efeito. Desta forma, consideramos como relevante a produção de pesquisas e apontamentos mais diretivos, quanto a estratégias de identificação dos fatores que se relacionasse diretamente com a doença de burnout, assim como, promover formas de alertar quanto às fontes de adoecimento, prevenção e identificação precoce, como também melhoria na execução das atividades laborais responsáveis pelo desgaste físico e mental desta classe de profissionais.

Entendemos com isto, que o investimento em práticas preventivas, impactaria positivamente no clima laboral e nas relações de trabalho, assim como o investimento efetivo em políticas públicas amenizaria os impactos das doenças ocupacionais na vida desse trabalhador. A reversão desse cenário contribui tanto para o trabalhador, quanto para organização de trabalho e consequentemente para o cliente que necessita dos serviços prestados, melhorando a qualidade de vida do indivíduo, reduzindo o absenteísmo e afastamento por doenças ocupacionais, bem como o nível de satisfação da equipe de trabalho e da população. Diante desta concepção, conclui-se que aspectos como redução da carga horária destes profissionais, investimento em cursos de atualização, uma gestão atenta aos sinais característicos da Síndrome de Burnout e outras doenças, bem como a identificação das causas do absenteísmo e avaliação do clima laboral para identificar o nível de satisfação dos empregados são formas de avaliar e prevenir pontos críticos, ameaçadores do bem estar da organização como um todo.

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