O ENSINO DE CIÊNCIAS EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID-19 NO ENSINO FUNDAMENTAL

Prof. Prof. Dedicatória AGRADECIMENTOS EPÍGRAFE “Na Educação a Distância, educadores e educandos não estão juntos fisicamente, porém estão conectados. Saem do contato físico para o contato virtual, vencendo barreiras de espaço e tempo, e também de paradigmas. ” RESUMO O presente trabalho tem como foco tratar sobre as dificuldades de ensino frente à pandemia, onde o professor se deparou com uma realidade de desfalque de estrutura e equipamentos, fazendo com que fossem necessárias uma série de mudanças e adaptações para que o profissional consiga realizar seu trabalho mesmo perante os problemas, trazendo os alunos para a aula conforme as possibilidades, fornecendo o máximo de conteúdo online disponível. O LETRAMENTO CIENTÍFICO NA BNCC c. O ENSINO DE CIÊNCIAS NO BRASIL NO ENSINO FUNDAMENTAL d.

O ENSINO DE CIÊNCIAS EM TEMPOS DE PANDEMIA 03 04 07 08 08 7 1. METODOLOGIA a. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA b. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA No ano de 2020, o mundo passou por um processo delicado, um vírus letal e muito contagioso, o covid-19. Nesse contexto, passamos a adotar medidas de prevenção, como máscaras e álcool em gel, deixamos de ter contato físico, e de uma forma geral tudo passa a ser em home office. Diante disso, alunos e professores em todo mundo foram afetados. Escolas fechadas, aulas online, as escolas os docentes e discentes tiveram que se reinventar, professores tiveram que aprender a lidar com a tecnologia pois essa seria a nova realidade. Professores tiveram que ver seus alunos por uma tela, e tiveram que encontrar meios para minimizar os prejuízos causados na educação.

Quais foram os desafios encontrados pelos professores de ciências frente a esse novo programa de ensino? 3. Quais as possibilidades das metodologias para o ensino de ciências, utilizadas no programa híbrido, serem aplicadas no formato presencial? 5. OBJETIVOS 5. Objetivo Geral Investigar a organização metodológica para o ensino de ciências de duas professoras, durante o ensino híbrido em tempos de pandemia pelo COVID 19, em séries fundamentais de ensino. Objetivos Específicos • Identificar a organização metodológica das práticas pedagógicas no período de isolamento social e o ensino híbrido nas aulas de ciências; • Evidenciar os desafios encontrados pelos professores de ciências frente a nova metodologia de ensino; • Discutir as possibilidades do uso dessas metodologias após a Pandemia. Em função da pandemia causada pelo coronavírus, na intenção de conter a propagação do vírus, o cenário da educação básica no ano 2020 foi impactado com diversas mudanças.

A escola passou de um ensino predominantemente presencial, em que os alunos estão em um espaço físico destinado a receber orientações de um professor, para o formato híbrido, em que alterna momentos de estudo na escola, outros fora dela, por meio da internet. Formato considerado positivo para Moran (2015, p. por entender que “Essa mescla, entre sala de aula e ambientes virtuais é fundamental para abrir a escola para o mundo e para trazer o mundo para dentro da escola”. Sobre o ensino híbrido, alguns atores apontam que: “O ensino híbrido é um programa de educação formal no qual um aluno aprende, pelo menos em parte, por meio do ensino online, com algum elemento de controle do estudante sobre o tempo, lugar, modo e/ou ritmo do estudo, e pelo menos em parte em uma localidade física supervisionada, fora de sua residência.

Tal raciocínio, encontra apoio em Godoy (2018), que ao tratar sobre o desafio que o professor de ciências do século XXI enfrenta para ensinar e formar crianças e jovens imersos em um contexto de informações aparentemente ilimitadas, orienta que não basta para o professor, uma prática inovadora, importa também, que está, no processo de aprendizagem, possibilite a formação ativa e responsável do aluno. Conforme essa perspectiva, Moran (2018) destaca que: “As metodologias precisam acompanhar os objetivos pretendidos. Se queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias em que os alunos se envolvam em atividades cada vez mais complexas, em que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados, com apoio de materiais relevantes. Se queremos ser criativos, eles precisam experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar sua iniciativa.

As metodologias ativas são caminhos para avançar mais no conhecimento profundo, nas competências socioemocionais e em novas práticas. P. Ao indagarmos sobre o que compete especificamente a área de Ciências da Natureza, no qual se insere a disciplina Ciências, deparamos que, dentre os objetivos educacionais para a formação do aluno, está incluído o letramento científico, que fornece elementos para capacitar o indivíduo a compreender, interpretar e transformar o mundo. O que torna amplo e complexo o ensino de ciências na escola. GODOY, 2018). O letramento científico na BNCC Compreendendo o lado científico em se trabalhar com a promoção do ensino, podemos verificar a presença de situações geradoras de aprendizagem, que fazem o ser entrar em conflito com diferentes situações e ganhar proatividade para solucionar tais questionamentos, podemos verificar que esses métodos: (.

assume/tem um papel de grande relevância, atuando de forma incansável, como condutor de um processo educativo que está sendo construído a partir de uma necessidade emergencial que impossibilitou a continuidade educativa pelos meios tradicionais, para o qual, não houve formação, preparação ou organização prévia. ” (SILVA, BAZIQUETO, ARAÚJO, 2020. p. Nesse contexto, Nóvoa (2017) orienta para a necessidade de organizar tempos e espaços que privilegiam a formação dos professores, o seu desenvolvimento, por fomentar a condução à mudança, entendida pelo autor como “disposições” para o exercício da docência. Ainda Nóvoa (2006), enfatiza sobre a importância da reflexão sobre a prática docente, destacando que não é a prática que é formadora, mas a reflexão sobre ela.

Pode- se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. ” (GIL, 2002, p. Podemos então, entender a pesquisa com base nas suas características citadas abaixo: 7. Caracterização da Pesquisa O trabalho foi realizado pensando em obter resultados qualitativos, para uma análise de respostas a questionários aplicados para professores voluntários, buscando entender um pouco sobre as perspectivas e pontos de vista dos educadores em questão. Local da Pesquisa Pelo contexto da pesquisa se inserir no ensino híbrido, implantado em caráter especial, é considerado um tema relativamente novo no cenário público da educação básica no ensino fundamental, onde será explorada a implantação da variação de estudo, verificando através de relatos suas finalidades, alternativas, e posteriormente, os resultados destas aplicações na prática.

” Nesse sentido, a pesquisa qualitativa se caracteriza pela qualidade das informações coletadas, sem a utilização de instrumentos estatísticos e pelo contato direto do pesquisador com os fenômenos analisados. Análise dos Dados A análise dos dados é o ponto inicial dos resultados, onde a investigação da entrevista é feita por meio da análise dos dados, assim, foi utilizada a técnica de pesquisa onde levamos as respostas em consideração para comparar os resultados e expectativas. A análise “inicia pela leitura das falas, realizadas pelas transcrições das entrevistas, depoimentos e documentos”. Gerhardt e Silveira, 2009. P. Na entrevista temos que há um pensamento predominante sobre tentar manter o conteúdo programado presencialmente, e fazer com que ele seja passado de maneira híbrida, recuperando o que foi perdido durante período online, e principalmente, as matérias que acabaram sofrendo desfalques devido às fases de adaptações, onde aulas e atividades práticas foram sendo adaptadas, porém de maneira possível de realizar na residência.

Assim, um conteúdo não programado acabou sendo enfatizado no momento em que precisou ser recuperado, visto que não havia qualquer tipo de planejamento antecedente para uma situação deste modelo, e foi preciso seguir ensinando conforme as possibilidades, enquanto planejava então o que poderia ser feito para a continuidade deste meio de aula. Entre as mudanças, foram relatados pelas professoras que foi preciso que houvesse uma adaptação para que as atividades fossem realizadas, sendo que no início foi um período mais difícil, procurando meios, equipamentos, redes sociais, para abranger o máximo possível de meios de comunicação, assim, alunos que possuíam restrições tecnológicas poderiam acompanhar as aulas, mesmo assim, houve grande redução da carga horária, além da dificuldade do tempo que foi necessário para trabalhar com precisão de equipamentos, fazendo com que parte da aula fosse dispensada para poder alcançar uma boa conexão e passar o conteúdo com clareza.

Entre as dificuldades que foram encontradas, os professores relatam a questão de não conseguir explicar todo o conteúdo e dar todo o suporte necessário à distância, em uma idade onde seria necessário um acompanhamento próximo à criança, e isso não ocorreu durante um grande período, assim, esperam inclusive que haja um atraso que irá ser carregado por anos até que possa atingir o mesmo patamar ao qual se encontrava no período pós pandemia, onde não havia limitação de tempo tão grande nas aulas, podendo aproveitar todo o horário disponível, além de não depender de conexões para realizar consulta de dúvidas e esclarecimentos, e também em um ambiente onde a cobrança é precisa, sendo que em casa, poderia muitas vezes ser facultativa.

Entre outras dificuldades, uma das mais comentadas, que gerou grande respostas das entrevistadas foi sobre o apoio da escola e os meios utilizados. Por outro lado, devemos entender que esta não é uma dificuldade única dos alunos e professores do ensino fundamental, mas é um reflexo da dificuldade do ensino no Brasil, onde poucos investimentos governamentais são realizados em escolas de educação primária e fundamental, incentivando pouco o ensino no início da vida escolar, o que aumenta o problema, entendendo que é uma crise em todo o setor de educação do país. Quando pensamos também em toda uma realidade pessoal, vemos que o público alvo de uma escola pública de esfera municipal acaba sendo um público que vive em ambientes com menos oportunidades de crescimentos e infraestrutura, o que dificulta já no ensino tradicional as perspectivas para os alunos, e torna-se muito maior quando passamos este fato para um período online, onde é quase realizada uma exclusão de forma não confessada publicamente.

Aqui então, muito mais do que a problemática da falta de meios e tecnologias, podemos estar convivendo em um ambiente sem responsável para acompanhamento do aluno no lar, pela necessidade de trabalhar, também com dificuldades em equipamentos sociais que possam incentivar o professor, e ajudá-lo, até mesmo em escolas que não invistam em seus professores, tornando-os preparados para novos tipos de abordagens. Quando levantamos também o pensamento de que o professor de ciências apresenta ainda mais conteúdos a serem elaborados, devido à praticidade de sua aula, vemos aqui então os transtornos que foram enfrentados e agora precisam ser recuperados. O professor de ciências é o profissional responsável por atuar em atividades pedagógicas que têm como objetivo ensinar as ciências naturais, fazendo com que seu conhecimento seja transmitido através de métodos teóricos e práticos, onde seja possível aplicar o aprendizado em forma de laboratórios, fazendo com que o aluno produza trabalhos e possa através das aulas visualizar a matéria aprendida em sua forma prática, assimilando a matéria aprendida com experiências do dia a dia, preparando o aluno para futuros estudos e pesquisas na faculdades, e ajudando-o a descobrir sobre suas inclinações, vendo seus interesses desde a escola para futuramente direcionar para o campo ao qual se relaciona melhor.

Mais além, podemos citar também, que não obstante essa situação já delicada o suficiente, agravou-se após a demora para a saída do isolamento, fazendo com que público de outras faixas, como crianças de escolas públicas sofressem ou por pais que acabaram reduzindo gastos, colocando a escola como um item a ser cortado de suas despesas, ou mesmo pelas instituições que sofreram com perdas de alunos resultando em seu fechamento, assim fazendo com que fosse necessário aumentar o contingente de alunos na rede pública de educação. Assim, podemos ver que há uma situação delicada quando tratamento o ensino fundamental de maneira geral, principalmente com as demandas e desfalques de instituições públicas, o que faz com que este modelo de aprendizado não seja ideal, por mais que o professor tente oferecer todo o possível, ainda assim, não há meios de fazer com que toda uma demanda seja suprida por um professor e torna-se preciso que estudos e pesquisas como essa criem embasamento para futuras ações com o propósito de melhorar esses aspectos na educação fundamental.

CONCLUSÃO A atual situação pandêmica, trouxe como consequência fechamento de escolas e interrupções em diversas áreas da sociedade, inclusive nas atividades presenciais do ensino fundamental, refletindo sobre toda a população, trazendo à tona o cenário inadequado que temos para aprendizado remotos. Sob essa perspectiva, ter uma participação do professor de ciências trazendo o ensino interdisciplinar de sua matéria para o aluno em seu isolamento se torna um fato importante para o aprendizado contínuo do que já estava em andamento pré- pandemia em seu currículo escolar. De fato, quando realizamos as análises tanto sobre a bibliografia escolhida, quanto quando levamos em consideração as pesquisas práticas feitas através das entrevistas, percebemos que por trás de todas as dificuldades já citadas durante o trabalho, resta uma carência na formação complementar dos profissionais para os tornar aptos a estas situações, além da necessidade de proporcionar meios e acessos para que professores tenham direito a realizar seu trabalho de maneira programada, dentro daquilo que havia planejado anteriormente, sem perder seu trabalho devido intempéries.

Brasil, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental, Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC, 1998. BRASIL. Ministério da educação. Base Nacional Comum curricular – BNCC. Ensino Híbrido: uma Inovação Disruptiva?. Uma introdução à teoria dos híbridos. Maio de 2013. Disponível em: <https://porvir. org/wp-content/uploads/2014/08/PT_Is-K-12-blended-learning-disruptive- Final. E. SILVEIRA, D. T. organizadores). Métodos de Pesquisa. São Paulo : Atlas, 2002. Disponível em: <http://www. uece. br/nucleodelinguasitaperi/dmdocuments/gil_como_elaborar_projeto_de_pe squisa. pdf> Acesso em 10. Disponível em: < http://www2. eca. usp. br/moran/wp-content/uploads/2013/12/mudando_moran. pdf> Acesso em 15. Desafios de trabalho do professor no mundo contemporâneo. Palestra ministrada no Sindicato dos professores de São Paulo em outubro de 2006. Disponível em <http://www.

sinpro. org. NÓVOA, Antônio (Org). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992. PRODANOV, C. C. Porto Alegre-RS. Disponível em: <https://www. lume. ufrgs. br/handle/10183/237754?show=full>. XXVIII Seminário de Iniciação Científica ODS: 4 - Educação de qualidade. Disponível em: <https://publicacoeseventos. unijui. edu. br/index. Quais mudanças ocorreram no planejamento das aulas de ciências do ensino presencial para o ensino remoto? Só a questão de fazer uma aula um pouquinho mais resumida pra poder conseguir dar o máximo de informação naquele tempo que a gente tinha que era uma hora de aula e como nosso encontro era. entre um tempo era e outro demorava um pouquinho então, pra ajudar na aprendizagem, é pra eles não esquecerem, tipo foi uma aula um pouquinho mais resumida do que seria o normal, no presencial.

Então, no ensino remoto a gente começou sem aula. Então começou e a gente não ministrava aula, era só realmente acompanhamento pelo whatsapp, a aula em casa e a gente utilizava a plataforma lá do google classroom, né. Então o que que eu fazia. A gente tem dificuldade muito grande dos meninos né. mas por exemplo de 9º ano a gente trabalhou impenetrabilidade, então consegui fazer experimento com impenetrabilidade (inaudível) eles fizeram maquete do átomo, modelo atômico com material reciclado. Eles conseguiram produzir muitas coisas deles durante o período que ficaram em casa. Quais os impactos da pandemia causada pelo COVID19 no processo ensino aprendizagem de Ciências junto a seus alunos? Acho que o maior impacto mesmo foi a questão da passagem de informação, porque como a gente não teve tanto contato assim, então as coisas tem que ser um pouco mais resumida teve alguns assuntos que talvez não dê pra gente trabalhar, então esse é um impacto muito negativo, né.

os alunos vão fazer as provas de larga escala e talvez a gente não consiga trabalhar todos os conteúdos que deveriam ser trabalhados devido a essa questão mesmo de tempo. formação no ano passado, teve formação? Esse ano teve mas pro ensino médio, olha não tô lembrada de nenhuma. Se não) Na sua opinião, deveria acontecer? Qual a importância da formação em serviço, para o trabalho do professor? Acho que sim, porque tem muitos professores que não, ainda tem uma certa dificuldade, né, em acessar esse tipo de tecnologia e eu acho que essas pessoas sentiram bastante dificuldade, talvez nem conseguiram ter esse contato com os alunos. Bom é importante! Eu acho que essas formações podem trazer novas tecnologias, novos conhecimentos, novas metodologias e, isso tudo pode agregar ao trabalho do professor, isso pode trazer coisas novas e acho que isso é importante, pra gente melhorar como professor é importante sempre estar se aperfeiçoando.

Com certeza! Porque a gente teve que aprender junto com o aluno, né, a utilizar muitas das coisas. Então eu não sou uma expert em internet e em mídias digitais. a gente teve que pesquisar, se reinventar, pesquisar, para poder da melhor maneira passar o conteúdo para o aluno, mas pela gente, né! E aí, é tanto que na questão do Aula em casa, o professor só tinha que acompanhar o aluno no conteúdo do Aula em casa. Ou seja, o aluno tinha que assistir, né esses conteúdos e a gente era como que mero expectador. Só que na realidade, não era assim, na realidade a gente tava acompanhando o menino diariamente, não somente na lesão de fazer as atividades dele, mas também a aquela busca ativa, porque que ele não estava participando, o que que aconteceu com ele? Quais os problemas que ele tem em casa?? Entendeu? Pra poder ter uma noção do porque tem um grupo de alunos maior ou não de alunos participando da aula pelo meet.