O GOLPE DE 2016 E O FUTURO DEMOCRÁTICO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA

Tipo de documento:Produção de Conteúdo

Área de estudo:Ciências Políticas

Documento 1

Já para o cientista político e professor da Universidade de São Paulo, José Álvaro Moises, o evento não pode ser considerado com um golpe porque não houve uma violação das regras constitucionais para impedir que a presidente afastada não tivesse o direito de trabalhar em sua defesa2. Passados dois anos do processo que mudou os rumos sociais, políticos e econômicos do país, os discursos permanecem em disputa e distantes de um consenso sobre a existência de um golpe no país. Neste cenário, as universidades públicas de diferentes estados brasileiro, inspiradas pelo pioneirismo da Universidade de Brasília, lançaram cursos livres e disciplinas não obrigatórias para abordar, à luz da teoria histórico-critica, o evento de 2016 na perspectiva da existência de um golpe que foi elaborado nos bastidores da politica, levado às ruas por intermédio da propaganda da mídia comercial.

Para o idealizador do curso pioneiro sobre o Golpe de 2016 na Universidade de Brasília, professor e cientista político Luis Felipe Miguel, o que aconteceu no Brasil em 2016 foi uma mudança imposta unilateralmente pelos parlamentares em total desrespeito às regras do jogo político constitucional, fato que configura um golpe3. De acordo com o professor Alvaro Bianchi4, a compreensão dos fatos da História recente do Brasil passa obrigatoriamente pela revisão crítica do conceito de golpe de Estado para que seja possível entendê-lo como uma categoria relacional que diz respeito a uma ação que pode nascer dos próprios governantes a fim de implantar mudanças institucionais que transformem radicalmente a distribuição de poder no país com a intenção de beneficiar grupos específicos.

Considerações Finais De acordo com os autores analisados, o processo de Impeachment que resultou na mudança do líder de governo brasileiro em 2016 promoveu e continua a promover uma série de mudanças institucionais que estão comprometidas com os interesses do capital internacional. A Educação é considerada uma área estratégica para qualquer sistema de governo por isso a preocupação do governo brasileiro atual, fruto de um golpe, para estabelecer planos e reformas que diminuem disciplinas das áreas de humanidades, valorizando disciplinas técnicas com foco em ranqueamentos internacionais. De acordo com os autores é necessário resistir à imposições do golpe que atinge a Educação, utilizando recursos que a própria educação oferece, como a capacidade crítica dos professores e das professoras e o potencial de articulação democrático dentro das escolas com base na vivência dos alunos e da comunidade onde a escola está inserida.

Referências Bibliográficas BIANCHI, Alvaro. O que é um Golpe de Estado. Q. A ponte, o golpe, a travessia e o resultado: neo “deficientes cívicos” In In Lucena, Carlos; Previtali, Fabiane Santana; Lucena Lurdes. A crise da emocracia brasileira – Volume I – Uberlândia: Navegando Publicações, 2017. VENTURINI, Lilian. A discussão que ainda não terminou: é golpe ou não é golpe.

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