O monge e o executivo

Logo no seu início, especificamente no prólogo, o autor deixa claro o estilo da sua obra: trata-se de uma narrativa. Inicialmente, o protagonista da obra está vivenciando o que ele mesmo deixa claro ser “o pior momento da sua vida”. Seu casamento está desmoronando, seus filhos não conversam mais com ele e a empresa em que exerce um cargo de chefia está em um momento conturbado. Portanto, não existe para onde fugir, já que todos os setores estão sendo afetados. Além disso, John, nosso personagem principal, desde a adolescência é assombrado por um personagem em seus sonhos: ele deve “encontrar Simeão” e ouvir seus conselhos. Apesar das primeiras atividades serem extremamente cedo, John ainda marcou de se encontrar todas as manhãs ainda mais cedo, às 5 horas da manhã, com Simeão, com o intuito de conseguir absorver ainda mais os seus ensinamentos e encontrar as respostas que havia ido buscar.

No primeiro capítulo, intitulado “As definições”, nosso personagem principal encontra seus companheiros de aula e juntos traçam definições do que é liderança. As seis pessoas que passam por esta experiência juntas, o retiro no mosteiro, são líderes: um empresário, uma treinadora, um militar, um pastor, uma enfermeira e uma diretora de escola. Todos, de alguma forma, querem melhorar seu perfil de liderança. Começam a semana relutantes com o discurso e o método de Simeão. Este estilo de liderança é posta à prova quando o líder tem de lidar com pessoas que ele não gosta, que vão contra os seus princípios. Mas, como dito anteriormente, este amor não é um sentimento, mas sim um comportamento. Então o líder deve comportar-se bem com este sujeito, sacrificar-se por ele e doar-se: só assim ele será avaliado como um líder verdadeiro.

“O ambiente” é o nome do capítulo cinco, e é neste ponto do livro que a narrativa tira um pouco o foco do líder em si, e vai pelo caminho do ambiente que os sujeitos atuam, ou seja, qual o ambiente que está sendo propiciado para os liderados. Para exemplificar isto, Simeão usa a metáfora do jardim, que necessita de várias coisas para que floresça, traçando o paralelo com as pessoas, que precisam de muitos incentivos para desenvolver um bom trabalho. Agora restava a todos conseguir colocar tamanhos ensinamentos em prática em todos os espaços que transitarem. O livro O Monge e o Executivo é uma obra-prima no que diz respeito à liderança. Seu texto é envolvente e transporta o leitor para o cenário narrado.

Seus ensinamentos são preciosos, seja em uma empresa, em uma escola, igreja ou família. Trata de influência positiva, de exemplo e, principalmente, de doação.