O PAPEL DA DIETA NA SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Medicina

Documento 1

COMISSÃO EXAMINADORA ____________________________________________________ Profª Me. XXXXXXXXXX (Orientadora) IPEMED ____________________________________________________ xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx IPEMED ____________________________________________________ xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx IPEMED SÃO PAULO, DATA RESUMO A Síndrome do Intestino Irritável (SSI) é considerada como uma doença funcional do trato gastrointestinal e sua definição variam de acordo com o seu padrão de sintomas (dor ou desconforto abdominal recorrente relacionada a alterações dos hábitos intestinais), cronicidade e ausência de doença orgânica detectável. Tem como objetivo descrever a abordagem da dieta em pacientes com a síndrome do intestino irritável. Trata-se de um artigo de revisão de literatura, descritiva, na qual foram analisados os principais artigos já publicados sobre a síndrome do intestino irritável com base de dados da SCIELO, Lilacs e revistas destacando a sua abordagem na dieta.

Foram utilizados os seguintes termos: síndrome do intestino irritável, classificação, diagnóstico e dietas terapêuticas. It aims to describe the diet approach in patients with irritable bowel syndrome. This is a descriptive literature review article in which the main articles published on irritable bowel syndrome with a database of SCIELO, Lilacs and magazines highlighting their approach in the diet were analyzed. The following terms were used: irritable bowel syndrome, classification, diagnosis and therapeutic diets. Before the bibliographic study, we discussed the clinical characteristics of Irritable Bowel Syndrome considered a prevalent disease in the entire world population, with a great problem in the quality of life. Several mechanisms such as gastrointestinal dysmotility and visceral hypersensitivity have been more commonly proposed to explain it. INTRODUÇÃO 8 2. JUSTIFICATIVA 12 3. OBJETIVO 13 4. METODOLOGIA 14 5.

REVISÃO DE LITERATURA 15 5. Mundialmente a SII apresenta uma prevalência que varia de 10% a 15%, sendo o distúrbio gastrointestinal mais comum, variando de 25 a 50% das doenças gastrointestinais, além disso é o segundo motivo em dias de trabalho perdido. Geralmente as primeiras manifestações ocorrem na infância (DEFREES; BAILEY, 2017), porém, tipicamente é diagnosticada em adultos com menos de 50 anos. Mulheres são mais afetadas, em uma proporção de 2:1 (CHEY, et al. EL-SALHY,GUNDERSEN, 2015). Um estudo no hospital Universitário de Campinas, o subtipo mais frequente de SII foi com diarreia (46%), seguido por constipação (32%) e por último o padrão misto (22%), quanto a prevalência em mulher também apareceu na proporção de 2:1 (KIBUNE-NAGASAKO et al. Há décadas os antidepressivos tricíclicos ou os inibidores da captação da serotonina têm sido usados ​​para tratar distúrbios intestinais, eles provavelmente modulam a dor tanto centralmente quanto perifericamente, bloqueando a transmissão da dor do trato digestivo para o cérebro.

No SNC, essas drogas inibem a recaptação de serotonina e norepinefrina. As propriedades neuromoduladoras e analgésicas ocorrem independentes da ação psicotrópica, e esses efeitos ocorrem mais precocemente e com doses mais baixas do que aquelas usualmente empregadas para o tratamento da depressão. São indicados, de maneira especial, para pacientes com sintomas mais graves ou refratários e quando se observa nítida associação com depressão ou crises de pânico e devem ser evitados nos pacientes com constipação predominante pelo risco de agravamento do quadro (LACY; WEISER; LEE, 2009; PASSOS, 2006). O conceito de o eixo cerebral do intestino, enfatizando a interatividade nos níveis sensitivo, motor e neuroendócrino, entre o cérebro e o intestino, abrange diversos fatores, este o eixo pode incluir a interação entre a microbiota intestinal, o sistema imunológico (tanto mucoso quanto sistêmico).

OBJETIVO O presente trabaho tem como objetivo a revisão na literatura sobre a SII e com isso analisar criticamente o papel da dieta na melhora dos sintomas que esses paciente apresentam. METODOLOGIA Trata-se de um artigo de revisão de literatura, descritiva, na qual foram analisados os principais artigos já publicados sobre a síndrome do intestino irritável com base de dados da SCIELO, Lilacs e revistas destacando a sua abordagem na dieta. Foram utilizados os seguintes termos: síndrome do intestino irritável, classificação, diagnóstico e dietas terapêuticas. REVISÃO DE LITERATURA 5. Características clínicas da Síndrome do Intestino Irritável A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma doença prevalente em toda a população mundial, se tornando um grande problema na qualidade de vida e que gera altos gastos públicos com saúde (SOARES, 2014).

Atualmente estudos vem demonstrando a importância da microbiota nessa rede complexa de comunicação, na qual vem sendo amplamente adotada a denominação eixo cérebro-intestino-microbiota (MOLONEY et al. Quanto à base genética existem evidências do desenvolvimento da SII. Polimorfismos genéticos são preditores de endofenótipos. A associação de fatores ambientais com genéticos deve ser a chave para o aparecimento da sintomatologia (WOOD; MERTZ, 2003 APUD ANDRADE et al. Conforme a figura 1. Portanto, essa relação conseguiria ser elucidada por dois mecanismos principais: a alergia alimentar (imunomediada) ou a intolerância alimentar. Os dois principais fundamentos da intolerância são resultantes de defeitos enzimáticos ou causados por substâncias bioativas presentes nos alimentos como salicilatos, aminas e glutamato, nas quais poderiam favorecer a ativação direta (não imunomediada) dos mastócitos e liberação de leucotrienos (CRUZ, 2016).

Para Andrade et al. além dos tratamentos tradicionais, pode-se ressaltar também outro tratamento baseados em uma dieta com baixo teor em hidratos de carbono fermentáveis de cadeia curta, comum nas duas formas principais da doença, tanto a SII-O quanto a SII-D chamado FODMAPs*. O objetivo deste método é controlar sintomas de mal-estar, dor e distensão abdominal (MANSUETO, 2015). Segundo um estudo na Índia analisou o conteúdo de fibra da dieta dos pacientes índios com SII e controles, e demonstrou que não era necessário suplementar com fibras, devido ao conteúdo de fibras da dieta ser igual à ingestão recomendada para os pacientes com SII (WGO, 2015). Os estudos recentes sobre probióticos sugerem um efeito limitado na SII, com estudos fornecendo resultados variados, com algumas cepas probióticas exibindo efeitos benéficos, enquanto outras não mostram nenhum efeito (DIMIDI; ROSSI; WHELAN, 2017).

Muitos pacientes queixam-se de intolerância a vários alimentos, não há provas documentadas de que tal intolerância ocorre na SII. A sensibilidade ao glútem não selíaca definida como tendo sintomas gastrointestinais semelhantes a SII sem doença celíaca ou alergia ao trigo, porém os sintomas são aliviado por uma dieta sem glúten, porém essa melhora parece ser o resultado da retirada do trigo, em vez de retirada de gluten, isso se confirmou em um estudo que houve a retirada dos alimentos contendo FODMAPs, onde houve a melhora dos sintomas e não hove correlação com a dieta rica ou pobre em glúten (EL-SALHY; GUNDERSEN, 2015). Para Andrade et al. endosc. dig. ANDRADE, Adriana Ribas; CAMPOS, Felipe;HASHIMOTO Claudio Lyoiti.

Síndrome do Intestino Irritável. Aspectos clínicos, etiológicos e terapêuticos, CT Gastroenterologia. v. n. p. Disponível em: <http://www. nejm. Campinas, SP, 2016. DIAGNOSTIC CRITERIA FOR FUNCTIONAL GASTROINTESTINAL DISORDERS. The Rome Foundation;DE ROEST RH, DOBBS BR, CHAPMAN BA, BATMAN B, O’BRIEN LA, LEEPER JA et al. The low FODMAP diet improves gastrointestinal symptoms in patients with irritable bowel syndrome: a prospective study. Int J Clin Pract. Nutrition Journal, v. n. p. GRZESIAK M, BESZŁEJ JA, WASZCZUK E, SZECHIŃSKI M, SZEWCZUKBOGUSŁAWSKA M, FRYDECKA D, et al. Serotonin-related gene variants in patients with irritable bowel syndrome and depressive or anxiety disorders. Food Components and Irritable Bowel Syndrome. Gastroenterology, 148(6), 1158–1174. HAYES PA, FRAHER MH, QUIGLEY EMM. Irritable bowel syndrome: food in pathogenesis and management. Gastroenterol Hepatol (N Y).

LACY, B. E. The Science, Evidence, and Practice of Dietary Interventions in Irritable Bowel Syndrome. Clinical Gastroenterology and Hepatology, (April), 1–8 MELCHIOR C, GOURCEROL G, DE´CHELOTTW P, LEROI A, DUCROTTE P. Symptomatic fructose malabsorption in irritable bowel syndrome: A prospective study. Nutrition in Clinical Practice, 30(5), pp. PASSOS, Maria do Carmo Friche et al. Intestinal microbiota in digestive diseases. Arquivos de Gastroenterologia, [s. l. SOARES LR. Irritable bowel syndrome: a clinical review. World J Gastroenterol. SAHA L. Irritable bowel syndrome: Pathogenesis, diagnosis, treatment, and evidence-based medicine. M. WHELAN, K. Clinical effectiveness and economic costs of group versus one-to-one education for short-chain fermentable carbohydrate restriction (low FODMAP diet) in the management of irritable bowel syndrome. J Hum Nutr Diet, 10-2 WOOD, A. J. YEPES, Ismael De Jesús et al. Diet low in fermentable oligosaccharides, disaccharides, monosaccharides and polyols, and quality of life in patients with irritable bowel syndrome in Colombia.

Biomédica, [s. l. v.

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