O PAPEL DA SCOLA NO ENSINO DA SEXUALIDADE E GÊNERO

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Essa análise pode ser uma forma de promover a inclusão social dos sujeitos portadores, bem como de mostrar a importância de os educadores terem acesso ao um maior entendimento da evolução de um indivíduo, desmistificando a visão dessa temática e propondo a possibilidade de práticas pedagógicas adequadas ao contexto cultural da atualidade, questionando a influência de questões morais e religiosas historicamente construídas. Além disso, através de um maior entendimento sobre o desenvolvimento e aprendizagem de um indivíduo em todas as etapas de sua vida, é possível aprender a ouvir as manifestações dos alunos e compreendê-los e auxiliá-los em suas dúvidas e anseios de uma forma mais eficaz. Portanto, o objetivo desta pesquisa está em promover pontos de conhecimento que possa gerar reflexões e discussões da equipe de educadores e também de pais e alunos, com a finalidade aprender formas significativas e éticas de ensinar, e entender a sexualidade e a escolha de gênero, de forma que sejam levados em conta os princípios morais de cada um e o respeito aos Direitos Humanos.

Palavras Chave: Educação, sexualidade, desenvolvimento. Introdução: A sexualidade faz parte da vida do ser humano como um ser social, e a descoberta de si mesmo dentro desse contexto está sendo reconstruída socialmente, fato esse, que deixa claro a importância desse tema ser discutido e compreendido na escola, pois o ambiente escolar é um dos principais meios de educação e convívio social das crianças e adolescentes. O movimento decisiva trouxe uma nova perspectiva no que concerne a entender o corpo e sua relação com os papéis de gênero, visto que os conceitos de gênero passa a fazer parte na construção de processos que evidenciem as diferenças entre ser homem e ser mulher. E onde os papéis até então estabelecidos quanto ao que seria ser mulher e ao que seria ser homem, passam a se contradizer e se reassumir de novas formas.

Desse modo, fica clara a importância de se analisar os processos sociais envolvidos na construção de conceitos que discriminam sujeitos diferentes em função de seu gênero. A sexualidade em grande parte dos casos sempre foi associada apenas a questão da anatomia do corpo e das relações sexuais, no entanto, ela vai muito além disso. No contexto desse trabalho ela diz respeito também às experiências, vivências e reflexões acerca das significações e intencionalidades já que a mesma se apresenta sob diversas formas, não se restringindo aos órgãos genitais e ao coito em si (CHAUÍ, 1984). A partir da década de 70 o padrão de comportamento dos jovens vêm mudando consideravelmente, e encontram cada vez mais formas de buscar a sua liberdade de expressão sexual.

Crianças e adolescentes despertam a cada vez mais cedo para sua sexualidade e parecem buscar de todas s formas serem ouvidos. Para isso expressam-se através do corpo, dos grupos, das manifestações. Esse aumento da liberdade de expressão trouxe consigo, um grande aumento da gravidez na adolescência e um perigo iminente de contaminações com doenças venéreas. Isso faz com que um conceito que até então era reprimido e escondido, seja trazido com cada vez mais frequência nas discussões do currículo escolar. Propõem-se três eixos fundamentais para nortear a intervenção do professor: Corpo Humano, Relações de Gênero e Prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS. A abordagem do corpo como matriz da sexualidade tem como objetivo propiciar aos alunos conhecimento e respeito ao próprio corpo e noções sobre os cuidados que necessitam dos serviços de saúde.

A discussão sobre gênero propicia o questionamento de papéis rigidamente estabelecidos a homens e mulheres na sociedade, a valorização de cada um e a flexibilização desses papéis. O trabalho de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis/AIDS possibilita oferecer informações científicas e atualizadas sobre as formas de prevenção das doenças. Deve também combater a discriminação que atinge portadores do HIV e doentes de AIDS de forma a contribuir para a adoção de condutas preventivas por parte dos jovens” (Parâmetros curriculares nacionais, p. Podemos destacar quatro principais teoria nas reflexões acerca do desenvolvimento humano: as teorias cognitivas do psicólogo Jean Piaget (1896 -1980) que acreditava que a inteligência cognitiva era um fator que auxiliava na adaptação com o meio, as teorias biológicas que pressupões que tanto nosso desenvolvimento quanto nossa forma de se comportar são definidos e predeterminados pela genética, sofrendo influência da fisiologia do corpo, as teorias behavioristas defendendo que os seres humanos aprendem de acordo com os estímulos que recebem do meio e as teorias contextuais onde o desenvolvimento se dará de acordo com o contexto cultural em que o indivíduo está inserido.

A teorias contextuais vão contra as outras três, pois, alegam que o sujeito é um ser ativo que tanto transforma a sua cultura, quanto é transformado por ela. A relação dialética entre o sujeito e contexto sociocultural favorece o desenvolvimento psicológico singular e social onde o homem é “criatura” e “criador” da cultura e do mundo social onde sua vida está intrinsicamente inserida (DESSEN; COSTA JUNIOR, 2008). Lev Vyhotsky está entre os estudiosos dessa teoria, onde de, também aborda o desenvolvimento humanos de cognitivo, no entanto de forma diferente, Vygotsky [. via o crescimento cognitivo como um processo cooperativo. Sendo assim, fica evidente a importância do papel da escola do desenvolvimento dos ser humano como um todo, inclusive o desenvolvimento da sexualidade pois, está durante todo o processo sendo mediado pelo meio social em que está inserido.

A criança aprenderá sobre si mesma, sobre seu corpo e seus impulsos através das relações e interpretações que fizer com o meio. O papel do docente é compreender o homem dentro desse contexto sócio cultural e a partir daí abordar esta temática de uma forma a fornecer compreensão, esclarecimento e uma forma de respeito as diversas manifestações que o aluno observará ou realizará. Nessa mesma perspectiva encontra-se o docente, sujeito histórico-cultural com a missão de ser um indivíduo respeitoso e medidor uma vez que há de se confrontar com diferentes conflitos e dúvidas sexuais que precisam ser trabalhadas de maneira significativa respeitando o desenvolvimento de seu aluno. O papel do educador na abordagem da sexualidade dentro da escola Antigamente a responsabilidade da educação sexual ficava em maior parte com a família, ficando a escola apenas com o papel de ensinar os aspectos biológicos e preventivos.

Cabe a escola aprofundar-se em conhecimentos científicos, filosóficos e socioculturais sobre o desenvolvimento humano e sua sexualidade e através de analises e discussões, criar oportunidades para que ocorram mudanças de atitudes em todos os sujeitos envolvidos na educação. Nota-se em muitos casos alguns educadores mostrando sinais de fuga dessa temática, visto que ainda hoje esse tema é visto pela ótica de tabus e pré-conceitos. Além disso, é imprescindível ir além do dos conteúdos disciplinares pois, a educação não se restringe apenas ao conteúdo específico de cada área do conhecimento, mas sim a todos os processos cognitivos, sociais e psicológicos que ocorrem em toda a vida do indivíduo. Pois de acordo com Sayão (1997, p. “A escola também se constitui num importante agente nesse campo.

Além disso. Segundo o site Scielo no texto de Suzinara Tonatto & Clary Milnitsky Sapiro (2008) os professores percebem a necessidade de abordar com maior ênfase as questões da sexualidade, mas continuam sem qualificação necessária. Os professores apesar de perceberem a necessidade de adotar uma maior abertura para o tratamento das questões relativas à sexualidade na escola, continuam sem subsídios adequados para trabalhar essa questão. Sendo assim, geralmente, acabam por relegá-la a um enfoque totalmente biologizante, que tem a função de preservar o educador frente aos alunos, com relação aos seus próprios questionamentos receios e ansiedades. TONATTO & SAPIRO. Para criar esse ambiente favorável, segundo Werebe (1998), a formação dos professores deve compreender a formação pessoal e a científica, para interpretar as questões dos alunos, procurando entender seu real significado da melhor forma possível, ainda segundo esse mesmo autor o método pedagógico a ser adotado em educação sexual é o democrático, nessa concepção o educador não interfere diretamente nas estruturas, ele se limita a indicar os alvos e as modalidades de trabalho, fazendo sugestões.

REFERÊNCIAS BEE, H. A criança em desenvolvimento. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996 BRASIL. WEREBE, M. J. Educação Sexual: instrumento de democratização ou de mais repressão? Cadernos de Pesquisa, 36: 101-113 CAMILO, T. C. A periodização do desenvolvimento infantil: contribuições da teoria histórico-cultural. M. M. O invólucro perfeito: paradigmas de corporeidade e formação de educadores. In: PAULO RENNES MARÇAL RIBEIRO. Sexualidade e educação: Aproximações necessárias. PASQUALINI, J. C. Desenvolvimento infantil e ensino: e análise histórico-cultural de Vygotsky, Leontiev E Elkonin. PROPOSTA CURRICULAR NACIONAL: disponível em http://portal. mec. edu. br/arquivos/arquivos%20revistas/trilhas/volume4/11. pdf. Acesso em 10 de setembro de 2017. TONATTO, S; SAPIRO, C.

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