O psicopedagogo e suas intervenções na educação de deficientes auditivos

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

O psicopedagogo é um especialista que deve estar preparado para atender às demandas deste aluno, visto que é um direito dele, receber educação formal nas instituições de ensino. Buscamos neste trabalho formas de compreender melhor esta realidade e posicionar a Psicopedagogia frente a este tipo de situação. PALAVRAS-CHAVE: Psicopedagogia. Surdez. Deficiência. No início do século XX é fundado o Instituto Pestalozzi (1926), instituição especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954, é fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE; e, em 1945, é criado o primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi, por Helena Antipoff. BRASIL, 1994, p.     A inclusão é um tema cada vez mais recorrente na sociedade atual. Incorporar cada vez mais as pessoas que têm alguma necessidade especial ou dificuldade em participar do sistema conforme imposto atualmente é uma tendência mundial.

Visto que, a educação deve ser inclusiva, não há como se negar o direito da pessoa com deficiência de receber uma instrução de qualidade, formadora, que siga suas necessidades de forma a abraça-las e torná-las menores frente aos esforços de sociedade, família e escola de compreender a todos no processo educacional. Tudo isto, enfatizando o olhar psicopedagógico no contexto da educação formal, apoiado nos pilares da Psicopedagogia de forma a aperfeiçoar a prática e intervir para o bom desenvolvimento do processo. DESENVOLVIMENTO Para começarmos nossa conceituação de forma em que se explicitem ao máximo, os elementos que estão envolvidos na pesquisa. Vamos começar a apresentar de forma mais detalhada cada um deles, buscando assim, sanar algumas dúvidas que possam surgir.

Deficiente auditivo ou surdo? A questão que cerca a deficiência auditiva é quando a pessoa é considerada deficiente ou surda. Nas palavras de Bisol e Valentini: A resposta a esta pergunta depende da perspectiva de análise que se está utilizando. Não se trata, portanto, de criar um molde. É preciso valorizar a pessoa e não ver apenas a deficiência. Verificar como ela se sente introduzida na sociedade e aceitar as diferenças, que são diversas, nos seres e perceber como eles se enquadram nelas. Humanizar o atendimento educacional e acolher o aluno de forma a fazê-lo perceber que ele é importante para o processo educacional e o processo para ele. Ressaltamos que, nesta pesquisa ambos indivíduos serão abrangidos. No Brasil, os anos 70 são considerados como o seu aparecimento definitivo, derivado da corrente psicopedagógica, anteriormente instalada na Argentina.

Sua consolidação passou a demonstrar que ela pode não somente prevenir o fracasso, mas também, melhorar o processo de ensino-aprendizagem, nas palavras de Figueiredo, 2015. Para Rubinstein (2004), a Psicopedagogia deixou de limitar-se a prevenir o fracasso escolar e passou a procurar otimizar os processos de ensino e aprendizagem, possibilitando assim a produção de conhecimento. O sujeito da aprendizagem passou a ser entendido inserido num contexto, onde o olhar do psicopedagogo considera a questão do aprendente a partir da compreensão das suas múltiplas dimensões: aspecto orgânico, aspecto relacionado com a subjetividade, somado ao cenário sóciocultural. FIGUEIREDO, 2015, p. O psicopedagogo terá como tarefa principal analisar as dificuldades apresentadas por determinado alunos e rever as abordagens do conteúdo, material de apoio, acesso à informação.

Verificar o que facilita, o que dificulta o desempenho do estudante em relação à escola e as relações humanísticas estabelecidas nela, visto que quase sempre elas também são afetadas pela situação das dificuldades de aprendizagem. Deve também possuir habilidades para diagnosticar e propor soluções assertivas às causas geradoras de conflitos entre o aluno e o professor, ter habilidades e competências para a escolha de ferramentas e técnicas que possibilitem a melhor aprendizagem com o melhor aproveitamento do tempo, promovendo ganhos de qualidade e melhorando a produtividade do aluno e do professor. O psicopedagogo deve saber integrar objetivo, ação e resultado, assim agregar tudo o que possa fazer o rendimento cada vez melhor do aluno em seu espaço de tempo – sua sala de aula e que procuram o bem comum de uma coletividade.

SCALZAR E SILVA, nd, p. Então, qualquer língua oral exigirá certos procedimentos, para ser adquirido por uma pessoa surda (QUADROS, 1997,p. Não há como falar em inclusão do aluno deficiente auditivo, sem falar em Libras. A Língua Brasileira de Sinais, Libras, é um conjunto de signos usados na comunicação com/ entre pessoa/pessoas com deficiência auditiva. Ao contrário do que muitos acreditam. A Libras é uma língua natural, não algo criado apenas para diminuir as barreiras de comunicação. Podemos dizer que, na LSB, encontramos uma condição linguística de grande complexidade, em decorrência dos processos de aquisição de língua, dos aspectos culturais e do impacto político e social desses aspectos na vida dos Surdos. E esses fatores dependem ainda de outras variáveis: usos da língua, interlocutores proficientes, possibilidade de adquirir uma segunda língua, métodos formais ou informais de aprendizagem de segunda língua e a relação de cada sujeito com a LSB e a Língua Portuguesa.

XAVIER, 2006, p. Sendo assim, a Libras exerce função primordial na vida dos surdos, assim como a língua materna exerce na dos ouvintes. Ela é a língua materna da maioria deles. As pessoas com surdez enfrentam inúmeros entraves para participar da educação escolar, decorrentes da perda da audição e da forma como se estruturam as propostas educacionais das escolas. Muitos alunos com surdez podem ser prejudicados pela falta de estímulos adequados ao seu potencial cognitivo, sócio – afetivo linguístico e político – cultural e ter perdas consideráveis no desenvolvimento da aprendizagem (DAMÁZIO, 2007, p. Para que o aprendizado se efetive, também precisamos da motivação do indivíduo, o que é intrínseco ao ser, ações externas podem ser tomadas, mas ainda assim, há a dependência do indivíduo querer aprender.

Todos os fatores citados acima, em si, já representam um desafio para qualquer aluno. Para o aluno surdo, isto se torna diferente, particular, isto pode querer dizer, mais difícil, visto que vai exigir de seu professor que encontre maneiras de instigar esse desejo de saber. BALMANT, 2011, np) Existem, entretanto, correntes de pensamentos que apoiam a inclusão de alunos deficientes auditivos ou surdos em salas de aula regulares, acompanhado por um tradutor e interprete de Libras. A decisão de onde o aluno vai estudar é feita pela família, guiada por profissionais que possam orientar o melhor caminho para a criança. Autores como Fernandes (1990) e Sacks (1998) afirmam que, o aluno surdo deve ser inserido em sala de aula regular para que possa adquirir a linguagem oral como forma de interação e recuperação e reabilitação, nas palavras de Fernandes.

Já Sacks considera calamitosa a situação daqueles que não possuem conhecimento dela, pois, segundo ela, estamos em contato com a nosso estado e cultura humana, graças à linguagem. Intervenção Psicopedagógica Independentemente da escolha feita pela família, sobre qual tipo de escola frequentar, o aluno com deficiência auditiva ou surdez vai precisar de atendimento especializado dentro e fora de sala de aula. br/2009/04/atividades-em-libras. html 3 CONCLUSÃO Estes são alguns dos exemplos de atividades complementares ao conteúdo que é aplicado em sala de aula. Cada profissional vai apoiar sua prática nas necessidades de cada aluno em particular, porém tratamos de mostrar neste estudo que há muito o que ser feito pelo aluno com surdez ou deficiência auditiva. Mesmo diante das dificuldades, percebemos o quão valioso é investir na educação dos surdos ou deficientes auditivos.

Sem desconsiderar que este é um direito deles. Acesso em: 21/07/2017. BARBOSA, Laura Mont Serrat. A Psicopedagogia no âmbito da instituição escolar. Curitiba: Expoente; 2001. BISOL, Claudia. Ed. Rio de Janeiro: Editora Wak, 2011. BOSSA, Nádia A.  A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. RS, Artmed, 2007. Libras em contexto. Curso Básico. Livro do estudante. Brasília. MEC. Disponível em: http://facsaopaulo. edu. br/media/files/2/2_388. pdf. Acesso em: 21/07/2017.

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