O TRAUMA INFANTIL E OS TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS

Tipo de documento:Resenha Crítica

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Embora as pessoas não saibam, a nossa vida adulta está ligada ao nosso passado, as experiências reforçam atitudes positivas como impes barreiras e limites. Passamos por tantas experiências durante o nosso crescimento que tentamos achar alguma linha de escape como uma fuga para esquecer e apagar os traumas passados. A pessoa experimentou, testemunhou ou foi confrontada com um acontecimento ou vários acontecimentos que envolveram morte ou morte real ou ferimentos graves ou ameaça de integridade física de si mesma ou de outras pessoas; 2. A resposta da pessoa envolveu medo intenso, desespero ou horror; 3. Lembranças angustiantes intrusivas e recorrentes em relação ao acontecimento, incluindo imagens, pensamentos ou percepções. Quando falamos sobre trauma, podemos afirmar que é um dano da nossa mente que ocorre como o resultado de alguma angústia,é muito comum o estresse na vida infantil transcender para a vida adulta e gerar um desequilíbrio,podendo ser exemplificado como uma resiliência e também uma busca ativa por socorro, ou seja, ao sofrer um abuso sexual, físico ou psicológico na infância as repercussões serão duradouras, incluindo predisposição a ter mais frequência de comportamento suicida na idade adulta.

Ainda são insuficientes no Brasil e na América Latina, os estudos de associação de trauma na infância com psicopatologias na vida adulta. Entretanto há uma grande parcela de pesquisas, que enfatizam esta associação nos EUA e na Europa. Vale ressaltar que estes traumas ocorridos na infância levam transtorno de ansiedade para a vida adulta, por exemplo, quando uma criança sofre algum abuso,a uma maior probabilidade que na fase madura venha a desenvolver aflição ao conviver com outras pessoas,resultando em sua exclusão e posteriormente no esgotamento emocional. A psicanálise ajuda-nos a compreender o que ficou guardado no nosso inconsciente na infância e passa a compreender nossos conflitos e a razão dos sintomas,fazendo assim que tais conflitos e sofrimentos sejam cessados ou amenizados.

Freud (1920) afirma que a situação traumática provém do excesso de inquietação que a experiência externa provoca no psique,com o excesso dessa energia associado à incapacidade de liberação do acontecimento instala-se o trauma, levando o sujeito a ativar os mecanismos de defesa que por sua vez impedem que exista uma reorganização saudável na instância psíquica. Neste caso é gerando o transtorno de estresse pós traumático que se manifesta como experiências negativas,dessa forma ao se recorda do fato o indivíduo revive a cena novamente, essa recordação desencadeia alterações neurofisiológicas e mentais, só que algumas pessoas ou seus familiares só procuram ajuda de um profissional especializado quando o caso está em um grau elevado. Eventos estressores traumáticos, podem ser definidos como eventos intensamente perturbadores pelo indivíduo (Friedman, Resick, Bryant & Brewin, 2011), é um dos principais fatores associados ao desenvolvimento de transtornos mentais, como depressão e transtorno de estresse pós-traumático (Ozer, Lipzey & Weiss, 2003).

O doente encontra no profissional, um caminho para superar, combater ou dar vazão aos conflitos internos bem como orientação para auto aceitação ou diminuição do peso que o conflito interno causa na psique do indivíduo. Mesmo que diferentes estudos apontem para uma relação entre trauma na infância e transtornos do humor na fase adulta, ainda se carece de estudos que elucidem as minúcias e consequências que se desencadeiam a partir desta associação e quais a implicações desta (Heim & Nemeroff, 2001). Além disso, segundo os dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS),que trabalha com os países das Américas para melhorar a saúde e a qualidade de vida de suas populações, em 2018 cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio.

O aparelho psíquico seria, portanto, a parte do sistema imunológico constituída, no humano, durante a catástrofe glacial. Trata-se de uma organização soberba do vazio correspondendo à perda do objeto de satisfação. BERLINCK, 2000, p. Partindo deste ponto de vista, a relação entre uma mãe e seu filho no começo da vida, sustenta a crença de que as falhas maternas geram um comportamento imprevisível,ou seja,as reações ao ambiente de falhas da mãe constitui um trauma que resulta em uma grau de distorção do desenvolvimento. No caso da manifestação verbal,na fase final da infância e início da adolescência, o indivíduo vai diretamente ao assunto, confidenciando o quer morrer ou apenas comentando sobre seu desejo de morte com professores e, raramente, com seus familiares.

Neste sentido, o ato suicida pode ser comparado a um momento de decisão do ser de se fazer existir. LACADÉE, 2011) O suicídio, é então, uma tentativa de sair de algo insuportável que na maioria das vezes não se consegue dizer sobre. Mais do que isso, Ansermet aponta como sendo uma: “Tentativa desesperada e extrema de instauração subjetiva, essa resposta no real expõe algo que, via de regra, o próprio sujeito não compreende no momento em que o faz”. Ansermet,2003, p. Considerações sobre a elaboração de um projeto de pesquisa em psicopatologia fundamental. Psicopatologia Fundamental. São Paulo: Escuta, 2000. p. CAMPBELL, M. Luto e melancolia, 1917/ 1915. In: ediÁ„o standard brasileira das obras psicolÛgicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago; 1974.

vol. p. Gender in suicide attempt rates and childhood sexual abuse rates: is there aninteraction? Suicide Life Threat Behav. Jun; 36(3):329-35. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) Folha informativa - Suicídio. Disponível em: <https://www. paho. Bras. Psiquiatr. São Paulo, v. n. p. Terapia cognitivo-comportamental para pacientes suicidas. Porto Alegre: Artmed.

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