O uso da inteligência artificial na educação especial

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Tecnologia da informação

Documento 1

Essas ferramentas dotadas de acessibilidade contribuem para o trabalho com pessoas que são, ao mesmo tempo, diferentes e iguais, isto é, diferente porque possui algumas necessidades específicas de sua condição e igual, por prover condições análogas de oportunidades e de evolução para essas pessoas. As tecnologias assistivas possibilitam maior grau de autonomia e independência para as pessoas com necessidades especiais, tornando a educação mais inclusiva e melhorando a sua autoestima. Palavras-chave: Inteligência Artificial. Educação inclusiva. Necessidades educativas especiais. Accessibility. Assistive technologies. Introdução O presente trabalho discorre acerca da utilização da inteligência artificial na educação inclusiva, trazendo os pressupostos relacionados com estas temáticas, mostrando a importância que a IA tem tido na melhoria das condições de vida dos indivíduos, inclusive para o seu aprendizado.

Este estudo se justifica pela relevância do tema que envolve tecnologia e educação, assim, as tecnologias assistivas têm ocupado cada vez mais o cotidiano das pessoas com necessidades educativas especiais, trazendo maior inclusão e possibilitando a eles, condições semelhantes de acesso e oportunizando melhores condições de vida futura. O presente trabalho traz um levantamento fundamentado nas bibliografias sobre a definição da inteligência artificial que tem suas origens depois da Segunda Guerra, a partir dos estudos publicados por Alan Turing, um matemático inglês, criador da máquina de Turing, que forneceu os pilares para a computação moderna. A pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental nos cursos de graduação, uma vez que constitui o primeiro passo para todas as atividades acadêmicas.

Uma pesquisa de laboratório ou de campo implica, necessariamente a pesquisa bibliográfica preliminar. Seminários, painéis, debates, resumos críticos, monografias não dispensam a pesquisa bibliográfica. Ela é obrigatória nas pesquisas exploratórias, na delimitação do tema de um trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento do assunto, nas citações, na apresentação das conclusões. ANDRADE, 2001, p. Assim, elas podem ser compreendidas como atividades de planejamento, estratégia e percepção (BELLI, 1999). Este campo de estudo cresceu bastante nas últimas décadas e ele foi dividido em diversas ramificações, buscando o melhor entendimento sobre o assunto, sendo que as principais são: redes conexionistas, algoritmos genéricos, lógica fuzzy, sistemas multiagentes, reconhecimento de padrões, conjuntos genéricos e sistemas híbridos. Desde quando o computador começou a existir, o ser humano tenta fazer um sistema que simule o funcionamento do cérebro de uma pessoa, como se fosse uma espécie de imitação dela, como pessoa dotada de razão.

As redes conexionistas, as únicas que serão explicadas aqui, se originam da premissa acima, isto é, diversos pesquisadores tentam desenvolver dispositivos inteligentes com neurônios artificiais, com os efeitos de destaque conseguidos por McCulloch e Pitts (1943), Ashby (1952), Minsky (1954), Selfridge (1961), Block (1962) e Rosenblatt (1962) (BELLI, 1999). O grande problema naquele instante para que estas pesquisas tivessem êxito foi a restrição que os processadores das máquinas possuíam, pois, os moldes fabricados eram muito complicados e pediam muito processamento. O aprendizado pode ocorrer de duas maneiras: supervisionada e não supervisionada. A primeira acontece quando há uma série de dados de entrada e as respectivas saídas e é possível fazer uma checagem. No caso de a saída ser distinta do resultado pretendido, os pesos dos neurônicos são regulados para a correção do erro.

A segunda opção acontece quando o sistema não possui nenhum resultado esperado disponível para análise, dificultando a implementação e precisando de um número grande de dados para treiná-la (BELLI, 1999). As redes conexionistas são dispostas por tipo de entrada e de aprendizado e por forma de conexão. A educação inclusiva é um ramo educacional especializado no ensino de crianças e adolescentes com certas necessidades educativas especiais, como deficiência intelectual, física, motora, surdez, cegueira, superdotação, entre outras. A Constituição (CF) de 1824, deferida por Dom Pedro I, vedava o incapacitado moral ou físico, a possibilidade de exercer o direito político. Apenas com a CF de 1988, os indivíduos com necessidades educacionais especiais (NEE) passaram a gozar de direito a educação, principalmente no ensino regular (SANTOS; POZZEBON; FRIGO, 2013).

Nos dias de hoje, várias legislações regulam os direitos e deveres da educação especial, como o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), o PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação), o PNE (Plano Nacional de Educação), decretos como o 5626 de 2005 (inserção da Libras), entre outros, procuram resguardar os direitos deste público. Caso a deficiência de ajuda aos estudantes portadores de necessidades seja percebida como grande ainda, pior é a inexistência de materiais que contribuem para a sua evolução pedagógica, como programas e equipamentos que otimizem o processo de ensino e aprendizagem dessas pessoas (SANTOS; POZZEBON; FRIGO, 2013). TIC como sistemas auxiliares ou prótese para a comunicação: campo onde o progresso tem sido bastante expressivo.

Na maioria das ocorrências, a utilização desta tecnologia consiste na única forma que esses indivíduos conseguem se comunicar com as pessoas a sua volta, expressando seus pensamentos e necessidades (DAMASCENO; FILHO, 2012). Elas tem permitido a melhoria no uso de SAAC – Sistemas Alternativos e Aumentativos de Comunicação – tornando os métodos habituais de comunicação alternativa (PCS – Picture Communication Symbols, Bliss, PIC – Pictogram Ideogram Communication) informatizados. No país, já existe uma série de recursos de tecnologia que possibilitam melhorar o trabalho de pessoas relacionadas com a Educação inclusiva, isto é, docentes, estudantes, familiares, médicos e pesquisadores, com o surgimento continuado de iniciativas neste sentido (DAMASCENO; FILHO, 2012). TIC como Tecnologia Assistiva: usadas para controlar ambientes, permitindo que o indivíduo com dificuldades de locomoção possam acionar, à distância, eletrodomésticos, iluminação, portas, cortinas, ou seja, possuir mais controle sobre as tarefas do cotidiano.

É importante fixar certos requisitos para que uma máquina se comporte como uma ferramenta que forneça valor para o aprendizado do discente e esta preocupação pode ser pensada de quatro maneiras: 1) O computador precisará ser usado como uma ferramenta acessória para a evolução global do estudante e não somente como um local para armazenamento de informações (DE LUCA; CARVALHO, 2017). O computador é um dispositivo que amplia o que a inteligência do homem pode realizar, portanto, deverá ser usado como uma ferramenta para o indivíduo aumentar o seu intelecto. O computador precisa ser usado como uma ferramenta capaz de ajudar na transformação do ensino, contribuindo para incrementar os processos de aprendizagem o êxito do sistema de educação (DE LUCA; CARVALHO, 2017). O computador necessita funcionar como um instrumento social, possibilitando a troca de informações entre as pessoas e grupos, diminuindo as distâncias, permitindo assim, o intercâmbio entre grupos que estão longe geograficamente, fomentando a aplicação imediata de várias experiências.

Vários intuitos podem ser atingidos com a utilização da computação na educação inclusiva, sobretudo na aprendizagem, como os que se seguem: I. Gerar o pensar sobre o próprio pensar (DE LUCA; CARVALHO, 2017). VII. Aumentar a faculdade de aprendizagem sem se esquecer de observar o ritmo do estudante. VIII. Aperfeiçoar a criatividade. A expressão tecnologia assistiva, ou de apoio, adaptativa, pode ser conceituada como uma série de equipamentos ou adaptações para equipamentos prontos, visando a melhoria das condições de vida ou ampliação das habilidades de indivíduos com alguma dificuldade. Usando recursos de acessibilidade na educação inclusiva A relevância do uso de tecnologias no que se refere à educação inclusiva é notória e essa fatia da educação vem experimentando a evolução das aplicações que têm atendido as necessidades específicas, sobretudo, com relação às restrições que os indivíduos possuem nos aspectos motor, mental, físico e sensorial, trazendo diversos benefícios no sentido socioafetivo.

Nos trabalhos envolvendo a educação, é possível o uso de adaptações que visam permitir a interação, pelo computador, de estudantes com graus distintos de comprometimento de comunicação, linguagem ou motor, em processos que envolvam o ensino e a aprendizagem (DAMASCENO; FILHO, 2002). Estas adaptações podem ser especiais, que possuem tela sensível ao toque ou sopro, detector de ruídos, varredura automatizada de itens com ajuste de velocidade, mouse que levanta partes do corpo, entre outros, possibilitando que qualquer indivíduo possa usar, independentemente de sua dificuldade motora. Os recursos de acessibilidade podem ser divididos em três classes: 1- Adaptações físicas ou órteses: todas aquelas que estão fixas e que podem ser usadas no próprio corpo do estudante, ajudando na interação dele com o computador.

É uma placa de acrílico ou plástico com um orifício que corresponde a cada tecla presente no teclado, presa sobre o mesmo, com um espaçamento pequeno entre eles, visando que o estudante que tenha problemas com a coordenação motora, aperte mais de uma tecla simultaneamente, sem querer. O estudante precisa achar o orifício que corresponde à tecla que quer e apertar. Figura 3 – Máscara de teclado Fonte: Damasceno; Filho, 2002. Softwares especiais de acessibilidade. Constitui a parte lógica das tecnologias de informação e comunicação que se comportam como tecnologia assistiva, isto é, são programas específicos de computador que permitem ou contribuem para a troca de informações entre estudante com determinada restrição com a máquina. Ele também iniciou o uso do mouse em cima das pernas para algumas movimentações, trazendo novas formas de expressão e evolução para este estudante.

Figura 4 – Microfone fixado à cabeça Fonte: Damasceno; Filho, 2002. Figura 5 – Periféricos reposicionados para ajudar no trabalho Fonte: Damasceno; Filho, 2002. Os simuladores citados podem ser ativados não apenas a partir de sopros, mas por breves ruídos ou movimentos sutis voluntários realizados por várias partes do corpo humano, sendo possível até por movimento dos olhos (DAMASCENO; FILHO, 2002). Figura 6 – Aluno comanda o computador através de sopros Fonte: Damasceno; Filho, 2002. Observa-se que as tecnologias de informação e comunicação, inclusive a partir da inteligência artificial, ofertam diversas chances de ingressar na educação, fazendo realmente diferença no sentido da educação inclusiva. As denominadas tecnologias assistivas são o resultado de que os indivíduos com necessidades educativas especiais podem ser atendidos e apoiados pelas inovações das TICs, dando a eles, uma vida confortável, possibilidades de trabalho e cidadania, rejeitando qualquer possibilidade de exclusão deste público nos diversos setores e momentos.

REFERÊNCIAS BELLI, M. J. Aplicação de tecnologias de inteligência artificial e de realidade virtual para a construção de um ambiente virtual para a alfabetização infantil. DE LUCA, J. P. L. CARVALHO, E. S. FRIGO, L. B. Robótica aplicada à educação. Laboratório de Tecnologias Computacionais. Universidade Federal de Santa Catarina.

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