O uso da toxina botulínica e ácido hialurônico na odontológica

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Odontologia

Documento 1

Conforme Neville (2016), no que tange o diagnóstico para o sorriso gengival, existem fatores a serem considerados durante a avaliação clínica do paciente com queixa de sorriso gengival, como distância interlabial em repouso, exposição dos incisivos superiores durante o repouso e fala, arco do sorriso; proporção largura/comprimento dos incisivos superiores,e assim por diante. A bactéria Clostridium botulinum que vai produzir 8 tipos de toxinas, também gera a toxina botulínica, que é a mais letal conhecida na humanidade. É uma neurotoxina que paralisa todos os músculos estriados expostos a ela; sendo o sorotipo A o mais potente. FUJITA, 2018). A toxina existe no seu estado natural (150kDa) e uma ou mais proteínas não tóxicas que tem ação protetora para sua molécula, podem, ou não ,ter atividade, como, por exemplo, a hemaglutinina.

Graças à sua vasta hidratação, a matriz extracelular se comporta como um gel, isso permite que os tecidos, possuindo uma elevada proporção de glicosaminoglicanos, resistam a fortes pressões mecânicas e também favorece um alto índice de difusão de substâncias entre as células. OLIVEIRA, 2009). Dentro do grupo dos glicosaminoglicanos, o único não sulfatado é o HA, caso especial, por não formar ligações covalentes com outras moléculas da matriz extracelular, é sintetizado extracelularmente por enzimas localizadas na superfície celular denominadas ácido hialurônico-sintetases. Geralmente está associado ao ácido hialurônico com moléculas de colágeno ou com proteoglicanos, conferindo elasticidade, resistência e lubrificação à matriz extracelular. OLIVEIRA, 2009). O dentista responsável por devolver o sorriso aos seus pacientes está diretamente envolvido na responsabilidade de atender a essa necessidade.

Mais uma vez, a odontologia tem em suas mãos novas ferramentas para ampliar o espectro de ação. SANTOS et al, 2016). A toxina botulínica e o ácido hialurônico são substâncias geralmente associadas aos seus efeitos estéticos, embora também tenham aplicações terapêuticas muito interessantes no planejamento de um plano de tratamento odontológico. NOGUEIRA; LINS; AMORIM, 2020). Para contextualizar o tema de modo adequado e suficiente, desde o ponto de vista dos limites da pesquisa, procedeu-se o método de cruzamento das palavras-chaves associadas à pesquisa e que já foram demonstradas no resumo e abstract respectivamente. Buscou-se a identificação do maior número possível de trabalhos relacionados ao tema proposto; a busca esteve focada no empenho de termos amplos associados à aplicação do ácido hialurônico e da toxina botulínica na odontologia, a partir do que o trabalho deseja dispor.

Esse procedimento tratou de evitar que algum trabalho importante passasse despercebido no momento da pesquisa. Foram deixadas de lado literaturas proveniente de blogs e sites desconhecidos, ou ainda textos produzidos por especialistas de outras áreas que apenas deram suas opiniões mas que não possuem embasamento científico suficiente como para situar-se no quadro de referências deste trabalho. O levantamento da bibliografia teve início em outubro de 2020, e se baseou em critérios de exclusão sistemática. SANTOS, 2018). No que diz respeito ao seu passado histórico, conforme Cereser et al (2008), em 1895, Van Emengem isolou a bactéria Clostridium botulinum pela primeira vez. Em 1946, Edward J. Schantz et al. purificou a toxina botulínica do tipo A em sua forma cristalina (Araújo 2017); anos depois, em 1950, Vernon Brooks descobriu que quando a toxina botulínica do tipo A é injetada em um músculo hiperativo, ela relaxava ao bloquear a acetilcolina.

Tamanhos maiores de moléculas limitam a difusão da toxina dentro do músculo alvo. LEAL, 2016). Sobre o mecanismo de ação da TBA, o resultado da injeção de TBA nos músculos hiperativos é uma diminuição da atividade muscular, isso ocorre porque o TBA inibe a exostose da acetilcolina nas terminações colinérgicas dos nervos motores e, assim, evita a vesícula biliar onde a acetilcolina é armazenada, e pode se ligar à membrana onde o neurotransmissor é liberado. A toxina botulínica atinge esse efeito por meio de sua atividade endopeptidase contra as proteínas SNARE, essenciais para o acoplamento da vesícula de acetilcolina à membrana pré-sináptica. O relaxamento muscular e o enfraquecimento dos potenciais da placa terminal nervosa ocorrem algumas horas após a injeção de TBA.

No contexto histórico, se descobriu que em 1934 Karl Meyer e seu assistente John Palmer isolaram o ácido hialurônico do humor vítreo dos olhos das vacas, uma substância química desconhecida por eles. Esses pesquisadores afirmam que o HA é um componente universal do espaço extracelular e que suas múltiplas propriedades permitem que ele forme uma matriz, apoiando o funcionamento normal de células e tecidos. Além disso, afirmaram que esta substância continha dois resíduos de açúcar, um dos quais era o ácido urônico. PEREIRA; ATRA, 2020). O HA foi utilizado pela primeira vez em 1942 por Endre Balazs, que o utilizou para fornecer clara de ovo na área da pastelaria. CORREÇÃO DO SORRISO GENGIVAL COM TOXINA BOTULÍNICA (TB) Tendo sido visto o que é pertinente aos produtos estudados, aqui se pretende dar sequência à delimitação do tema abordado, naquilo que se refere ao sorriso gengival sob o tratamento de correção com a toxina botulínica (TB).

A superexposição das gengivas ao sorrir, conhecida como sorriso gengival, é um dos problemas que afeta negativamente a estética do sorriso e pode estar relacionada à ação individual e conjunta de diversos fatores etiológicos. A avaliação estética e funcional do paciente neste tipo de caso deve incluir um exame extra oral, labial, dental e periodontal. O sorriso é uma das expressões faciais mais importantes do rosto e, para ser considerado bonito, atraente e saudável, envolve um equilíbrio entre o formato e a simetria dos dentes, lábios e gengivas, bem como a forma de se relacionar e harmonizar com o rosto dos pacientes. NEVILLE, 2016). Os profissionais devem levar em consideração que, no sorriso, o lábio superior deve estar posicionado ao nível da margem gengival dos incisivos centrais superiores, o que é considerado um padrão estético.

NEVILLE, 2016). A variabilidade na exposição gengival pode estar relacionada a fatores musculares, ósseos ou gengivais, ou uma combinação deles. Muitas vezes, o profissional tem dúvidas sobre qual o tratamento mais adequado para cada situação. O sorriso gengival pode ser causado pelo lábio superior curto, pequenas coroas expostas nos dentes superiores, excesso vertical da maxila, hipertrofia gengival ou hiperatividade dos músculos elevadores do lábio superior. É descrito por Russo (2016) que a ação terapêutica máxima da TBA pode ser observada entre 7 e 14 dias e a duração dos efeitos pode chegar a 6 meses. Alguns problemas podem ser relatados em relação à falta de eficácia no relaxamento muscular devido ao uso de doses inadequadas, erros técnicos na aplicação do produto, resistência à TBA, ou a produtos semelhantes e condições inadequadas de armazenamento do TA.

RUSSO, 2016). Embora a TBA forneça apenas uma solução temporária, os benefícios desta intervenção em pacientes com sorriso gengival são muito interessantes, especialmente aqueles associados à satisfação do paciente. A duração do efeito da toxina botulínica nos tecidos, a possível necessidade de repetição do procedimento e as possíveis complicações que podem surgir após a aplicação nos músculos da região oral, como em qualquer procedimento cirúrgico, deve ser levado em consideração. O tratamento com TBA pode ser apresentado como uma opção de tratamento para pacientes com sorriso gengival, desde que realizado por profissional treinado. O paciente deve ser avaliado após 15 dias da aplicação, devendo retornar ao consultório para controle após 3 ou 4 meses da aplicação para nova avaliação e nova aplicação, se necessário.

KAHN, 2017). Portanto, todas as informações sobre o tratamento da toxina botulínica devem ser sempre repassadas ao paciente. O ÁCIDO HIALURÔNICO (HA) NO REJUVENESCIMENTO LABIAL Ao se abordar o assunto do envelhecimento, seja de qual parte do corpo for, a ideia central que surge na cabeça é a de deterioração das células e fragilidade dos tecidos. Uma dieta que promove a formação de radicais livres. Pouco consumo de água. Estresse, tabagismo ou alto consumo de álcool. Lamber os lábios ou dormir sem tirar a maquiagem. Exposição prolongada ao sol. Outra forma de recuperar o ácido hialurônico perdido é injetando-o diretamente sob a derme, para o caso se utiliza o hialurônico biossintético, que é um hialurônico muito puro, sem vestígios de proteína animal.

NEVILLE, 2016). O preenchimento labial com ácido hialurônico começa com a aplicação de um creme ou anestésico local para minimizar o desconforto. Após meia hora, se prossegue com o tratamento injetando o preenchimento labial de contorno labial uniformemente. Uma pequena agulha ou cânula específica é usada para injetar a quantidade adequada do produto ao longo do contorno do lábio inferior e superior. O rejuvenescimento dos lábios, quer tenha como objetivo o puro embelezamento estético da boca ou o seu rejuvenescimento, não pode ignorar uma avaliação cuidadosa da unidade anátomo-estética oral-perioral e, portanto, dos tecidos ósseo e dentário, músculos adiposos e periorais, a partir de uma avaliação de como essa unidade se encaixa harmoniosamente no terço inferior da face em relação aos dois terços restantes e, finalmente, de um conhecimento aprofundado do tipo de tecido a ser tratado e dos materiais a serem utilizados, em harmonia com o resto do rosto.

OLIVEIRA, 2009). Os resultados obtidos nos lábios com preenchimentos absorvíveis à base de ácido hialurônico são muito bons, mas têm o inconveniente de não ter duração indefinida. Essa desvantagem, certamente não desprezível, leva muitas pessoas a solicitarem a injeção de substâncias mais duradouras que permitam resultados definitivos. SALLES et al, 2011). Em outros casos, é possível recorrer à injeção local de pequenas quantidades de cortisona para reduzir a reatividade do organismo ao corpo estranho. Em alguns casos, porém, isso pode não ser suficiente e é necessário recorrer à cirurgia para tentar retirar o corpo estranho, que também podem ser complexos, envolver grandes demolições e deixar até deformidades secundárias significativas. NEVILLE, 2016). Se o problema for apenas o excesso de volume do lábio sem reações inflamatórias graves, é possível uma redução cirúrgica de seu volume que, entretanto, não consegue eliminar totalmente o corpo estranho e cujos resultados são, portanto, apenas parcialmente previsíveis.

SANTOS, 2018). Embora seja mortal em grandes quantidades, a pequena e regulamentada quantidade de TB administrada tem sido usada com segurança. A TB funciona bloqueando os sinais nervosos nos músculos onde é injetada. Quando esses sinais nervosos são interrompidos, o músculo afetado fica temporariamente paralisado ou congelado. Sem o movimento desses músculos selecionados na face, certas anomalias podem ser suavizadas, reduzidas ou mesmo removidas, como é o caso do sorriso gengival. Pode-se experimentar diferentes indicações que significam o benefício de receber esses tratamentos. São Paulo: Tota, 2018. BORBA, A. MATAYOSHI, S. Técnicas de rejuvenescimento facial: toxina botulínica e MD codes. São Paulo: Buzz, 2018. Mestrado em medicina dentária, Instituto Universitário de ciências e saúde, Gandra, 2018. COUTO, E. Z. Harmonização orofacial.

Rio de Janeiro: Clube de autores, 2016. bras. oftalmol. Rio de Janeiro , v. n. p. CHAPPLE, C. R. Uso da toxina botulínica en el tratamiento de los transtornos del tracto urinario inferior. situación atual. Arch. Dez. NEVILLE, B. Patologia oral e maxilofacial. Rio de Janeiro: GEN, 2016. NOGUEIRA, Lorena Tomé; LINS, Angélica Aline Brito; AMORIM, Jonathan sousa. p. Set. OLIVEIRA, Ângela Zélia Moreira de. Desenvolvimento de formulações cosméticas com ácido hialurônico. f. S; REHER, V. G. S. Anatomia aplicada à odontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. v. n. p. SANTOS, Beatriz Carvalho et al. Odontologia estética e qualidade de vida: revisão integrativa. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Odontologia), Universidade Federal de Porto Alegre, Porto Alegre, 2018. SILVA, Danielle Nunes Moura et al. Características orofaciais de idosos funcionalmente independentes.

CoDAS, São Paulo , v. n. p. Out/2013.

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