O USO DO CELULAR NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA POR MEIO DE APLICATIVO PARA INTERAÇÕES DAS PRÁTICAS DISCURSIVAS

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Lingua Portuguesa

Documento 1

Objetivos Específicos 4 3 JUSTIFICATIVA 4 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 6 4. As Tecnologias e o Ensino da Leitura e Produção de Textos na Escola 6 4. OS Gêneros Digitais e os Multiletramentos 11 5 METODOLOGIA 17 6 CRONOGRAMA 19 7 REFERÊNCIAS 19 1 INTRODUÇÃO Este projeto tem como tema o uso do celular como um dos recursos didáticos tecnológicos que podem ser usados nas aulas de Língua Portuguesa (LP). O celular pode ser uma ferramenta aliada ao trabalho do professor, desmitificando a ideia de que se trata de uma tecnologia que prejudica o andamento das aulas. Esse recurso pode ser utilizado em momentos diferentes na sala de aula e em outros espaços da escola, desde que seja considerado no planejamento de aula do professor e da instituição escolar. JUSTIFICATIVA As tecnologias da informação e comunicação (TIC) se encontram cada vez mais inseridas nos espaços sociais, incluindo a escola.

Nesse contexto, o telefone celular pode ser uma ferramenta importante que pode ser utilizada na sala de aula, principalmente nas aulas de LP, uma vez que ele é um instrumento de comunicação que envolve as habilidades linguísticas na forma de leitura, escrita, audição e fala. Essa tecnologia móvel avançou muito nos últimos anos, tornando-se um objeto necessário para a maioria das pessoas, ele é usado para fazer e receber chamadas, enviar SMS, possibilitando que elas estejam sempre conectadas, atualizadas e interagindo em redes sociais digitais com amigos e colegas de trabalho, bem como contactando com pessoas de outros países, com o mundo inteiro (LEMOS, 2007). De posse de um celular, o indivíduo lê as mensagens que chegam no MSN, no WhatsApp e outros aplicativos e pode responder escrevendo, ouve áudios, recebe telefonemas e responde oralmente.

Razão pela qual, o professor de LP pode planejar aulas com atividades que podem ser realizadas ao telefone, que ainda, podem ser enviadas para o professor avaliar e orientar os estudantes. Dessa forma, os estudantes podem ser direcionados a produzirem textos em consonância com o contexto real de suas vidas, motivando o interesse deles pela produção textual. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4. As Tecnologias e o Ensino da Leitura e Produção de Textos na Escola De acordo com Kenski (2000), a escola possibilita interações por meio da linguagem em seu cotidiano, e é nesse espaço, que ocorre a formação do leitor, por mediar as práticas de leitura e escrita, é onde o educando se torna apto a interagir proficientemente na sociedade. Devido a essas práticas, a escola precisa considerar os avanços dos meios tecnológicos que presentes no mundo da geração de estudantes da contemporaneidade.

Esse cenário exige que a escola utilize a tecnologia como ferramenta para dinamizar o processo de ensino-aprendizagem, fazendo com esse seja significativo, usando as inúmeras possibilidades pertinentes às ações pedagógicas. Por outro lado, a BNCC explicita com clareza as questões gramaticais para cada nível de ensino em que se encontra o estudante. A proposta da BNCC é analisar as estruturas linguísticas contextualizadas com as práticas sociais, substituindo a memorização de regras por atividades que permitam a compreensão das formas e situações de uso. As tecnologias envolvem os espaços de relações, inserindo as pessoas em uma realidade presente permeada pelos recursos tecnológicos e de comunicação. Com elas, as barreiras geográficas desaparecem, facilitando as aproximações culturais, porque as distâncias e os espaços tendem a se reduzir através de um clique ou toque na tela de um celular.

Essa característica contemporânea da tecnologia traz à discussão a velocidade das informações com suas renovações, criações de dados e multiplicações de redes que vão se criando e se interconectando em um movimento praticamente infinito. É importante destacar que a BNCC é uma proposta que visa acabar, com a fragmentação disciplinar do conhecimento, desenvolvendo habilidades para aplicar na vida, a importância do contexto para dar sentido ao aos objetos de aprendizagem do estudante, facilitando a construção de seu projeto de vida. Assim o estudante pode ver sentido naquilo que está aprendendo. Na área de linguagens, a BNCC mantém coerência com os PCN, de que é uma extensão. Desde a publicação desses parâmetros, assumimos oficialmente uma concepção de linguagem: uma forma de ação e interação no mundo.

Essa concepção é tributária dos estudos procedentes do que se convencionou chamar de Linguística da Enunciação (atravessada por algumas posições teóricas procedentes da Análise do Discurso). Somente dessa forma ele pode facilitar a aprendizagem (VALENTE; ALMEIDA, 2008). “A tecnologia está a serviço do conhecimento acadêmico, social e afetivo e deve pautar de forma equilibrada o planejamento da escola”. O uso da inovação tecnológica permite formar leitores críticos. Porém é preciso ter cuidado, pois um museu virtual não substitui o físico, embora o virtual permita realizar estudos sobre museus ou obras de arte que estão guardadas neles. Além disso, é preciso buscar a veracidade e qualidade nas informações coletadas nas buscas (REOLO, 2018, p. Porém, é preciso considerar que o uso da tecnologia requer a busca de sentido, percepções relativas à leitura e à escrita que se desdobram na produção oral e escrita, bem como na interpretação do que se ouve, incorporando as habilidades linguísticas básicas para as práticas discursivas: ler, ouvir, falar e escrever.

Acrescentando a isso que os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem estejam atentos às demandas tecnológicas para o ambiente escolar: Cabe refinar o uso da linguagem oral e escrita tradicionalmente trabalhada em sala de aula, explorando outras linguagens, como a musical, a literária, a expressão corporal, a cinematográfica, a televisual, haja vista o amplo e diversificado leque de linguagens presentes na sociedade atual, que pode colaborar com a abordagem de novos conhecimentos, além de possibilitar e facilitar a comunicação humana, a interação entre os indivíduos e a manifestação de sentimentos e saberes (ALMEIDA, 2020, p. Essa afirmação da autora faz analogia com Bakhtin (2002), que considera a linguagem uma criação cultural viva, que ocorre na interação social, levando-se em consideração, as condições materiais e históricas de cada época.

Isso porque a linguagem possui aspectos dialógicos, sendo carregada de valores que variam segundo o contexto onde a comunicação acontece. Um dos princípios básicos do processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa são as habilidades e competências comunicativas necessárias à produção e compreensão de textos orais e/ou escritos em diferentes contextos sociais de uso (COSTA VAL, 2008, p. Desse modo, os indivíduos aprendem a se comunicar e a falar, através de enunciados concretos que se configuram em gêneros. Nessa linha, a utilização da língua sempre acontece por meio de um gênero determinado, escolhido de acordo a situação de interação e as finalidades discursivas. Assim, há uma grande variedade de gêneros, escritos e orais, relativos à situações cotidianas mais padronizadas (como as saudações, os cumprimentos, etc.

e àquelas mais livres (como as conversas entre amigos, entre familiares, etc. bem como os utilizados em esferas discursivas mais complexas e elaboradas (como a literária, a política, a científica, etc. Segundo ele, esse diálogo é construído histórica e socialmente e é a partir dele que se dá a construção da consciência individual do falante (BAKHTIN, 2003). Em síntese, o enunciado é uma unidade discursiva emitida por um locutor dentro de um contexto histórico e social que provoca uma atitude responsiva por parte do receptor. E, como visto anteriormente, todo enunciado é produzido para alguém e com uma intenção comunicativa pré-definida. Bakhtin (2003) mostra que são justamente essas intenções que fazem parte das condições de produção do enunciado, que determinam os usos linguísticos e que dão origem aos gêneros discursivos.

Assim, os atos de fala se diferenciam nas suas formas, na medida em que se distinguem as intenções comunicativas do locutor. Nessa direção Kress e Van Leeuwen (2010) afirmam que a comunicação humana é fundamentalmente multimodal, devido aos modelos semióticos que não funcionam sem uma interação social, com os significados que fazem parte de seu potencial semiótico. Na concepção de Köche, Marinello e Boff (2012, p. “o aprimoramento da leitura e da escrita é o principal objetivo das aulas de língua portuguesa, e se concretiza através do desenvolvimento das habilidades de compreensão, interpretação e produção de gêneros textuais de circulação social”. Com isso, o é definido como um elemento que sofre diversificação, sendo multimodal que circula em aplicativos de interação social como o WhatsApp, o Twitter, MSNs, os blogs, o Facebook, o Instagram e outros nos quais vários gêneros são compartilhados no dia-a-dia, combinados a textos verbais e não verbais, orais ou escritos, marcados por hipertextos em uma rede onde os textos vão se associando a outros, fazendo seus usuários passar por vários caminhos quase sem fim.

O hipertexto deve ser visto como o locus de processos virtuais que dá vida ao modo de enunciação digital. Alguns tipos de escrita se preocupam com a expressão oral e outros simplesmente com a transmissão de significados específicos, que devem ser decifrados por quem é habilitado (CAGLIARI, 2010, p. Ao se tratar de leitura, sabe-se que ela ocupa um espaço importantíssimo não só no ensino da língua portuguesa, mas também no de todas as disciplinas que têm como finalidade a transmissão de cultura e de valores. O ato de ler é um processo de descoberta, pois leva o leitor a esferas mais amplas e profundas de percepção, contextualizando-o com o tema abordado na produção oral ou escrita. De forma geral a leitura gera conhecimentos, propõe atitudes e analisa valores, estimulando os modos de perceber e sentir a vida por parte do leitor.

Na contemporaneidade, os avanços tecnológicos têm influenciado a leitura e a escrita, porque essas inovações redimensionam a produção e reprodução textual, facilitado o uso das habilidades da língua, demandando novos conhecimentos a respeito das múltiplas formas de realização da língua, facilitando o desenvolvimento das habilidades linguísticas necessárias para as interações que se valem das práticas discursivas. É, portanto, claro que a palavras será sempre o indicador mais sensível de todas as transformações sociais, mesmo daquelas que apenas despontam, que ainda não tomaram forma, que ainda não abriram caminho para sistemas ideológicos estruturados e bem-formados. A palavra constitui o meio no qual se produzem lentas acumulações quantitativas de mudanças que ainda não tiveram tempo de engendrar uma forma ideológica nova e acabada.

A palavra é capaz de registrar as fases transitórias mais íntimas, mas efêmeras das mudanças sociais (BAKHTIN, 1999, p. Essa abordagem sustenta a possibilidade de produzir sentido ideológico, considerando somente o contexto. Nessa perspectiva entende-se que: A linguagem é um instrumento eficaz para atingir objetivos em um mundo marcado pela complexidade de relações humanas. Vale ressaltar que a invenção da imprensa não alterou fundamentalmente a configuração do livro, que antes possuía o formato de cadernos, folhetos e páginas que se reuniam em um mesmo artefato, o livro. No início, os livros se constituíam de rolos manuscritos. Com o avanço tecnológico há uma ruptura entre o modo antigo de tratar os textos e os veículos que os abrigam, surgindo um diálogo entre a prática discursiva e o modo como ela se materializa nos meios digitais, inclusiva no dispositivo celular (CHARTIER, 2010).

As inovações oriundas da tecnologia com seus impactos nas práticas sociais de leitura e de escrita demandam a atenção para o trabalho gêneros digitais na sala de aula, visto que as pessoas compartilham gêneros nas redes digitais Para Marcuschi (2008, p. “há muito mais gêneros na escrita do que na fala, o que é surpreendente, mas se explica pela diversidade linguística que praticamos diariamente através da escrita”. Procura-se com isso a descoberta de novos conceitos, relações e formas inovadoras de entendimento da realidade. A pesquisa de campo será realizada por meio de entrevistas junto com gestores, professores de Língua Portuguesa e questionários aplicados a estudantes para saber sobre a aceitação do uso do telefone celular nas práticas pedagógicas pelos entrevistados.

Após esse levantamento, serão realizadas as leituras, elaboração de resenhas para a elaboração da dissertação de mestrado. CRONOGRAMA O cronograma leva em conta o tempo que falta para terminar o curso e pode ser revisto e reformulado se necessário conforme demandas. Janeiro a Abril Levantamento bibliográfico Maio a Julho Leituras e resumos Agosto Pesquisa de campo Setembro e Outubro Elaboração da Dissertação Novembro Revisão e entrega Dezembro Defesa 7 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Hellen Cristine. Campinas: Papirus,1995. ANTUNES, Irandé. Análise de textos. Fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola, 2010. br/blog/elaineassolini/ linguagem-e-tecnologia-implicacoes/. Acesso em: 13 jan. BAKHTIN, M. M. Marxismo e filosofia da linguagem. M. Gêneros discursivos. In: Estética da criação verbal. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes.

Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. ed. Rio de Janeiro: DP7A, 2000. BRASIL. Ministério da Educação. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008. CHAROUX, Ofélia M. G. Metodologia processo de produção registro e relato do conhecimento. São Paulo: Geração, 2004. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. ed. São Paulo: Cortez, 1989. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. n. p. jul. dez. Multimodal discourse: the modes and media of contemporary communication. London: Arnold, 2010. KLEIMAN, Angela B. Preciso “ensinar” o letramento? Não basta ensinar a ler a e escrever? Revista linguagem e pensamento em foco, Unicamp, 2005. KOCH, I. MARCUSCHI, L. A, XAVIER, A. C. Gêneros Textuais Emergentes no Contexto da Tecnologia Digital. In: Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção de sentido.

ufsc. br/bitstream/handle/123456789/168858/ Acesso em: 09 de janeiro de 2020. POSSENTI. S. Questões para analistas do discurso. A era do hipertexto. Recife: Universitária UFPE, 2009. VALENTE, J. A; ALMEIDA, F. J.

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